As vendas de produtos com estampas ou formatos de capivara cresceram mais de 2000% no comércio eletrônico brasileiro no primeiro semestre deste ano. O dado é da Nuvemshop, plataforma de e-commerce que reúne mais de 90 mil lojistas no país.
“Empreendedores atentos às tendências das redes sociais são os que mais vendem”, afirmou Luiz Natal, gerente de desenvolvimento de plataforma da Nuvemshop, em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo o executivo, o fenômeno começou com a popularização do tema em memes e conteúdos de grande alcance, especialmente no Instagram e TikTok. Produtos como camisetas, bolsas, chaveiros e quadros com o animal se tornaram frequentes nas vitrines virtuais. Em outros países, a tendência também se espalhou. “No Japão, já há cafés onde é possível interagir com capivaras”, comentou.
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Agilidade na oferta de produtos
Luiz Natal destacou que acompanhar tendências de forma rápida é essencial no ambiente digital. “O empreendedor precisa ver nas redes sociais o que está em alta e adaptar seus produtos para colocar no ar o quanto antes”, explicou. Além disso, o gerente recomendou a escolha adequada dos canais de divulgação, incluindo as redes sociais da loja e parcerias com influenciadores.
De acordo com o executivo, o movimento das capivaras se assemelha a outros comportamentos já observados no comércio eletrônico. Em 2023, produtos com temática rosa registraram aumento nas vendas com o lançamento de um filme de grande bilheteria. “A dinâmica é a mesma. Surgem tendências que podem se tornar hábitos ou se manter por tempo limitado, mas a reação rápida é o fator determinante”, avaliou.
Crescimento regional e novos mercados
A Nuvemshop lidera o setor de e-commerce na América Latina e já conta com mais de 160 mil clientes na região. A expansão se concentra em países como Argentina, México, Colômbia e Chile. Segundo Natal, a empresa avançou no atendimento a negócios de médio porte nos últimos anos. “Nossa plataforma foi pensada para acompanhar lojistas em qualquer momento da jornada”, disse.
Atualmente, o comércio eletrônico representa 10% do varejo na América Latina, número inferior ao de mercados mais consolidados como Estados Unidos, onde o índice ultrapassa 35%, e China, com mais de 50%. Para Natal, esse cenário representa uma oportunidade. “O potencial é enorme e o comércio eletrônico segue em expansão na região”, concluiu.
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