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Braza Bank fecha parceria e passa a oferecer Pix em Portugal.
Divulgação/Braza Bank.
O Braza Bank, especializado em câmbio e pagamentos globais, fez uma joint venture com a Unicre, considerada uma das maiores adquirentes portuguesas. Com isso, o Pix começou a ser oferecido diretamente no caixa de lojas de Portugal.
A ideia com o negócio é facilitar as compras de mais de 1,1 milhão de brasileiros que fazem turismo todos os anos no país, assim como os quase 380 mil moradores de Portugal nascidos no Brasil, além dos brasileiros que possuem dupla nacionalidade.
A vantagem para o consumidor é que, pelo fato de o Pix ser gerido pelo Banco Central, a operação financeira nasce e morre no Brasil. Com isso, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é de 0,38% sobre o valor da operação, contra 1,10% de uma remessa para contas no exterior ou de 4,38% no cartão de crédito – sem contar com o “spread” (diferença pelo custo do dinheiro) cobrado pelas administradoras de cartão. O modelo de remuneração do Braza é baseado no “spread” cambial, além de uma taxa cobrada em Portugal.
“Também tem a questão da instantaneidade e de saber o valor exato que foi pago pelo produto ou serviço na hora da compra”, afirma Marcelo Sá, diretor de negócios do Braza Bank, que oferece o Pix também no Paraguai. Segundo ele, a chegada em Portugal pode ser apenas a porta de entrada para outros países europeus que tenham grande população brasileira, como Itália e Espanha.
Com cerca de 150 funcionários, o Braza transacionou pouco mais de US$ 67 bilhões (R$ 353,2 bilhões) em operações de câmbio entre janeiro e novembro, segundo o Banco Central. Além do banco de câmbio no Brasil, também tem uma instituição de moeda eletrônica em Londres. Atua no mercado interbancário (com a prestação de serviços de câmbio a outros bancos), com empresas importadoras e exportadoras, bem como com pessoas físicas, no caso do Pix. “Nosso negócio é levar dinheiro de e para qualquer lugar do mundo”, diz ele.