Santander aconselha varejistas a utilizarem o TikTok para o e-commerce
Publicado 02/02/2025 • 16:12 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 02/02/2025 • 16:12 | Atualizado há 4 meses
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Está na hora de o varejo enxergar o TikTok muito além de um aplicativo para gravar dancinhas. Esse foi o recado deixado pelo Santander para o varejo brasileiro no relatório divulgado segunda-feira (26), assinado pelos analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo. “Marcas e varejistas não podem se dar ao luxo de não dominar o TikTok”, afirmaram no documento.
O banco espanhol apurou também que, com o possível lançamento até 2026 no Brasil do TikTok Shop – experiência completa da jornada de compra, da publicidade à finalização da venda –, a rede pode ocupar de 5% a 9% do e-commerce brasileiro até 2028, totalizando um GMV (volume geral de vendas) de R$ 25 bilhões R$ 39 bilhões.
No Brasil, segundo dados da Data.ai, Kepios e Meltwater, cruzados pelo Santander, o TikTok no Brasil têm atualmente 111 milhões de usuários – é o terceiro maior mercado global, atrás de Indonésia (161 milhões) e Estados Unidos (138 milhões e onde pode ser banido). Um mito que os varejistas devem ter em mente é que não se trata de uma plataforma de perfil juvenil: 51% dos usuários têm entre 25 e 44 anos, então a percepção de que no app só tem a Geração Z está desatualizada (33% dos usuários têm entre 18 e 24 anos).
Cada brasileiro utiliza o aplicativo em média por uma hora diariamente (33% a mais do que no Instagram) e no TikTok há de três a quatro vezes mais engajamento do que no Instagram.
Além da grande audiência, a oportunidade está no fato de que no TikTok Shop 71% das descobertas de produtos são convertidas em compras. “Pode ser a maior disrupção do varejo desde a pandemia.” Por enquanto, a plataforma completa do TikTok Shop só está disponível em sete países, além dos Estados Unidos – Filipinas, Indonésia, Malásia, Reino Unido, Singapura, Tailândia e Vietnã. Ela inclui funcionalidades que possibilitam exibir o catálogo de produtos das varejistas sem sair do aplicativo, reduzindo as interrupções da experiência de compra.
O próximo país que receberá essas ferramentas será o México, em fevereiro deste ano – ainda não há data de lançamento para o Brasil.
Com o possível banimento do aplicativo nos EUA – caso não venda para uma empresa americana até 5 de abril deste ano – o próximo país a receber a plataforma completa deve ser o Brasil. O Santander também descobriu que 41% das vagas abertas pelo TikTok no Brasil são relacionadas as atividades de comércio. “Acreditamos que isso pode indicar um potencial lançamento iminente”, afirmaram os autores do documento.
O Santander também analisou as métricas de engajamento e as estratégias de mídias sociais de 28 varejistas listadas em Bolsa para entender o quão prontas elas estão para um possível lançamento do TikTok Shop no Brasil.
Segundo o Santander, liderando o grupo estão empresas “que já adotam estratégias nativas de plataforma e que produzem maior engajamento e menores custos de aquisição de clientes”. Por outro lado, os players tradicionais de lojas físicas, ou aqueles com dedicação limitada à plataforma, “enfrentam maior ameaça de perda de participação de mercado.”
Neste campo, abaixo do ideal apesar de elevada exposição, foram incluídas Azzas 2154 (OP), Guararapes (N), SBF (N) e Vulcabras (OP). Em relação a plataformas como Magalu e Mercado Livre, o Santander acredita em parcerias estratégicas, como ocorreu entre Amazon e TikTok Shop nos EUA.
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