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Sob ameaça de rompimento de contrato, Enel se diz disposta a enterrar fios em São Paulo
Publicado 17/12/2025 • 19:29 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 17/12/2025 • 19:29 | Atualizado há 9 horas
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Wikimedia Commons
Escritório administrativo da Enel no bairro do Tamboré, cidade de Barueri, SP
Após a pressão federal, estadual e municipal para o rompimento da concessão da Enel, a empresa afirmou nesta quarta-feira (17) estar disposta a substituir em larga escala a fiação elétrica aérea de São Paulo por uma rede subterrânea.
O enterramento dos fios é uma das principais soluções apontadas por especialistas para diminuir apagões causados por tempestades e ventanias. Mas acarreta altos custos, que podem impactar no preço da tarifa de energia.
Dos mais de 20 mil km de extensão de fiação na capital paulista, menos de 1% da rede está debaixo do chão. Um programa criado em 2017 pela Prefeitura para acelerar o processo, o SP Sem Fios, só enterrou 46,5 km até agora. Em 2022, a promessa da gestão Ricardo Nunes (MDB) era chegar a 65,2 km até 2024.
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A declaração da Enel nesta quarta é a primeira após o ministro de Minas e Energia, o governador de São Paulo e o prefeito da capital dizerem que vão acionar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para romper o contrato com a Enel.
“A solução necessária exige investimentos maciços em redes resilientes e digitalizadas, além da implantação em larga escala de uma rede de distribuição subterrânea. A empresa está disposta a realizar esses investimentos como parte de uma estratégia compartilhada com todas as instituições envolvidas”, afirmou a Enel, em nota divulgada à imprensa.
A companhia, porém, destaca que a medida “requer um plano estruturado e coordenado com as autoridades públicas”. Também defende ser necessário definir “as modalidades mais apropriadas para uma remuneração adequada desse investimento”.
No dia 10, um apagão deixou cerca de 2,3 milhões de imóveis na Grande São Paulo no escuro após ventania recorde, e a região viu se repetirem episódios de blecaute que já haviam ocorrido em 2024 e 2025. A Enel diz que todos os problemas da semana passada foram resolvidos, mas até terça, 16, ainda havia clientes que reclamavam da falta do serviço.
A concessionária frisou nesta quarta que cumpre todos os indicadores previstos no contrato. Também alega “avanços consistentes em todos os índices relacionados à qualidade do serviço, conforme comprovado pelas fiscalizações recentemente realizadas pela agência reguladora”.
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“A Enel Brasil reafirma sua confiança no sistema jurídico e regulatório brasileiro para garantir segurança e estabilidade aos investidores com compromissos de longo prazo no país”, concluiu.
A concessionária tem citado investimento recorde para modernizar a rede desde que assumiu a concessão, em 2018. Entre este ano e 2027, o plano prevê R$ 10,4 bilhões. A empresa também diz ter intensificado manutenções preventivas e duplicado o número de podas de árvores em contato com a rede.
A Enel destaca que os ventos na semana passada atingiram quase 100 km/h, o que resultou em centenas de árvores caídas. Diz ainda ter mobilizado até 1,8 mil equipes para reparos na região, onde moram 18 milhões de pessoas.
Esse número é contestado por Nunes, que diz ter identificado uma quantidade bem menor de veículos da empresa nas ruas por meio do sistema municipal de câmeras.
Nove dias antes do blecaute, a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) já havia recomendado que a Aneel avaliasse a possibilidade de intervenção federal na Enel.
A auditoria destacou que a concessionária não teria cumprido sete dos onze Planos de Resultados firmados. E apontou baixa eficácia das punições, diante da judicialização das multas aplicadas pela Aneel (de mais de R$ 260 milhões).
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