Conheça a história da startup bilionária de ‘carro voador’ que já foi promissora e, hoje, está à beira da falência
Publicado 12/11/2024 • 13:00 | Atualizado há 5 meses
Especialistas veem riscos maiores de estagflação. Veja o que isso significa para o bolso americano
Leia a carta do CEO da Hertz aos funcionários sobre a participação ‘significativa’ de Bill Ackman na locadora de veículos pós-falência
Fusão entre Capital One e Discover é aprovada pelo Fed em transação de mais de US$ 35 bi
Pré-venda do Nintendo Switch 2 nos EUA começa em 24 de abril após atraso causado por tarifas
Onde o ‘Made in China 2025’ falhou
Publicado 12/11/2024 • 13:00 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Imagem de pátio da empresa Lilium mostra fuselagem de modelo da companhia
Reprodução Instagram
A startup alemã Lilium já foi considerada uma das maiores promessas do setor de táxi aéreo, mas agora enfrenta a possibilidade de insolvência, caso não receba dinheiro do governo do estado da Baviera, na Alemanha.
A Lilium chegou a ser considerada a empresa europeia com mais chance de criar um “carro voador”. A companhia é de um grupo que trabalha no desenvolvimento de veículos eVTOL (elétricos de decolagem e pouso vertical), conhecidos popularmente como “carros voadores”.
No entanto, a empresa luta para garantir financiamento público na Alemanha, e até agora não teve sucesso.
A Lilium desenvolve uma aeronave de decolagem e pouso vertical para transportar pessoas entre cidades, aliviando o congestionamento nas estradas.
No plano inicial, a empresa queria que os usuários pudessem solicitar corridas nesses jatos a partir de bolsões designados para decolagem e pouso.
No entanto, a Lilium decidiu mudar seu modelo de negócio, e optou por parcerias com companhias aéreas e operadores de aeroportos, que seriam responsáveis pela construção do produto e da infraestrutura necessários.
Os jatos da Lilium podem custar até US$ 9 milhões, e a empresa também estava desenvolvendo uma versão para seis passageiros, que teria um custo de aproximadamente US$ 7 milhões.
Fundada por quatro estudantes universitários em 2015, a Lilium rapidamente se destacou como uma das startups de táxi aéreo mais bem financiadas da Europa. A empresa conseguiu levantar centenas de milhões de dólares de investidores, inclusive de fundos famosos, como Tencent, Atomico e Earlybird.
Em setembro de 2021, a companhia abriu capital na Nasdaq. Em seu auge, a Lilium foi avaliada em US$ 3,3 bilhões, mas suas ações despencaram para menos de US$ 0,50 — uma queda de mais de 95% desde sua estreia no mercado.
A startup negocia uma injeção de capital de emergência do governo federal alemão e do governo da Baviera. A empresa havia solicitado um empréstimo de 50 milhões de euros (cerca de R$ 307 milhões) do governo federal, mas o pedido foi rejeitado pelos deputados alemães.
A Lilium informou que continua as discussões com o Estado da Baviera.
Um porta-voz da Lilium declarou à CNBC que a empresa não planeja comentar além do que foi exposto em seu comunicado.
Em resposta à negativa do apoio estatal a Lilium, Hubert Aiwanger, ministro da Economia da Baviera, criticou a decisão, afirmando que era “lamentável” que o governo federal optasse por não apoiar a empresa.
Danijel Višević, cofundador do World Fund, uma firma de investimento em tecnologia sediada em Berlim, afirmou que, apesar de ser “compreensível” que os legisladores negassem apoio devido a preocupações sobre beneficiar uma única empresa em detrimento de outra, havia uma noção equivocada entre os políticos de que os táxis aéreos são um “brinquedo para milionários”.
Višević sugeriu que era injusto que a fabricante de carros elétricos Tesla, que teve prejuízos de bilhões antes de conseguir lucro, fosse capaz de receber um empréstimo do governo dos EUA, enquanto a Lilium não conseguiu apoio semelhante.
Mais lidas
Recuperando-se de pneumonia, Papa Francisco acena para fiéis na Praça de São Pedro e faz apelo por paz
Rússia e Ucrânia se acusam de violar trégua de Páscoa
OMS anuncia acordo histórico para prevenir e combater futuras pandemias
Diversas cidades dos EUA promovem protestos anti-Trump
Bolsonaro tem alteração de pressão arterial e segue internado na UTI, diz boletim médico