Publicado 26/11/2024 • 07:25
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A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que finalizou um investimento de US$ 7,9 bilhões (R$ 45,8 bilhões) na Intel, fortalecendo sua estratégia de trazer a produção de semicondutores para o país. Este movimento ocorre pouco antes da posse de Donald Trump.
Os EUA buscam reduzir a dependência da China e de outros países asiáticos para esses dispositivos, essenciais em diversas tecnologias, de eletrodomésticos a sistemas de defesa.
O Departamento de Comércio informou que o investimento na Intel apoiará a fabricação e o empacotamento avançado de chips de ponta em projetos localizados no Arizona, Novo México, Ohio e Oregon.
O financiamento direto de até US$ 7,9 bilhões será liberado conforme a Intel atinge marcos específicos nos projetos. A expectativa é que a Intel invista quase US$ 90 bilhões nos EUA até o final da década, como parte de um plano maior de expansão.
Os chips de ponta são cruciais para tecnologias como inteligência artificial e capacidades militares. A Intel anunciou sua expansão após a administração Biden firmar acordos semelhantes com a gigante taiwanesa TSMC e a fabricante GlobalFoundries, permitindo que os fundos comecem a ser direcionados para essas empresas.
Embora bilhões em subsídios tenham sido anunciados através do CHIPS And Science Act, muitos fundos ainda não foram liberados.
A secretária de Comércio, Gina Raimondo, afirmou que, com o anúncio, mais de US$ 19 bilhões dos US$ 39 bilhões destinados a incentivos de manufatura já foram concedidos. “Este é o nosso sexto prêmio, e mais estão a caminho nas próximas semanas”, disse ela.
Em outra declaração, Raimondo destacou que o prêmio CHIPS está permitindo à Intel liderar uma das maiores expansões de manufatura de semicondutores na história dos EUA.
O plano de expansão da Intel deve gerar cerca de 10 mil empregos na manufatura nos quatro estados, além de muitos outros empregos na construção. Atualmente, os EUA produzem cerca de 10% do suprimento global de chips, enquanto o Leste Asiático representa 75%.
No entanto, “estamos no caminho para produzir 30% dos chips de ponta do mundo até 2032”, afirmou a vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Natalie Quillian.