Empresas dos EUA exigem que funcionários dominem o uso da inteligência artificial: “Não dá mais para ignorar”
Publicado 30/05/2025 • 12:18 | Atualizado há 4 dias
Publicado 30/05/2025 • 12:18 | Atualizado há 4 dias
KEY POINTS
Segundo o Cetic.br, Apenas uma em cada 10 empresas adotam tecnologias emergentes, como inteligência artificial
Pixabay
O uso da inteligência artificial no ambiente de trabalho está se tornando cada vez mais comum nos Estados Unidos. Em algumas empresas de tecnologia, o domínio da IA já é exigido de parte ou de todos os funcionários.
É o caso da gigante do e-commerce Shopify, cujo cofundador e CEO, Tobias Lütke, afirmou em um memorando interno, publicado na rede social X em 7 de abril, que todos os colaboradores devem usar IA no desempenho de suas funções.
“Usar IA de forma eficaz passou a ser uma expectativa fundamental para todos na Shopify. É uma ferramenta essencial hoje — e sua importância só vai crescer”, escreveu Lütke. “Sinceramente, não acho viável optar por não aprender a aplicar IA na sua área. Você pode tentar, mas, sendo honesto, não vejo como isso pode dar certo agora, e muito menos no futuro.”
Em um tom semelhante, Micha Kaufmann, CEO da plataforma de freelancers Fiverr, orientou colaboradores e prestadores de serviço a “estudar, pesquisar e dominar as soluções de IA mais recentes” em suas áreas. Em e-mail interno, também compartilhado no X, ele alertou:
“A IA está vindo para tomar os seus empregos. E, francamente, também está vindo para tomar o meu. Isso é um alerta.”
O CEO da Duolingo, Luis von Ahn, também entrou na onda: “A Duolingo será uma empresa com foco prioritário em IA”, escreveu em comunicado postado no LinkedIn da empresa em 28 de abril. Ele afirmou que a empresa vai deixar de contratar prestadores de serviço para tarefas que possam ser automatizadas por IA e que novas contratações só ocorrerão quando for impossível automatizar o trabalho da equipe.
Esse movimento parece alinhado com previsões de nomes como Bill Gates e Mark Cuban, que acreditam que a IA vai transformar profundamente o modo como vivemos e trabalhamos — possivelmente ainda na próxima década.
Mas, segundo especialistas em liderança, simplesmente exigir o uso de IA não garante que ela será utilizada de forma útil e produtiva. Para isso, os líderes precisam agir com estratégia.
A principal lição para qualquer líder, segundo Rohan Verma, da consultoria Arbor Advisory, é: se for exigir o uso de IA, ofereça treinamento prático e adaptado às necessidades do negócio.
Verma, que ajudou a implementar o GitHub Copilot na empresa controladora Microsoft, explica que a companhia fez isso com treinamento formal, materiais de apoio e onboarding estruturado. “Eles não apenas disseram ‘usem a ferramenta’. Apresentaram opções reais sobre como ter sucesso com ela.”
Kalifa Oliver, diretora global de experiência do funcionário na Ford e autora especializada em gestão, recomenda que o primeiro passo seja entender o quanto sua equipe já sabe sobre IA. Em seguida, invista — se possível — em capacitação e recursos, como cursos online, programas de mentoria ou avaliações, para identificar lacunas de conhecimento.
Ela também alerta: não use a IA apenas para cortar custos ou substituir pessoas. Mesmo os modelos mais avançados cometem erros, e a ausência de revisão humana pode causar problemas graves.
“Acho que muitos CEOs adotam um discurso ‘all in’ sobre IA porque soa bem. Mas isso não significa que seja, de fato, a postura mais responsável”, diz Oliver.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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