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Fabricantes de chips enfrentam pressão de Wall Street, apesar de bons resultados

Publicado 07/03/2025 • 11:46 | Atualizado há 2 dias

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Mais de dois anos após o início do boom da inteligência artificial generativa, Wall Street tem imposto um nível de exigência cada vez maior às fabricantes de chips.
  • Quando se trata de balanços financeiros – como o mais recente da Marvell Technology –, simplesmente apresentar bons resultados já não é suficiente.
  • Os investidores apostaram pesado nas empresas responsáveis pela infraestrutura e pelos dispositivos que sustentam a economia da IA, elevando suas ações a patamares historicamente altos. Agora, cobram desempenho à altura.
Fabricantes de chips enfrentam pressão em Wall Street.

Fabricantes de chips enfrentam pressão em Wall Street.

Pixabay.

Mais de dois anos após o início do boom da inteligência artificial generativa, Wall Street tem imposto um nível de exigência cada vez maior às fabricantes de chips.

Quando se trata de balanços financeiros — como o mais recente da Marvell Technology —, simplesmente apresentar bons resultados já não é suficiente. Isso porque os investidores apostaram pesado nas empresas responsáveis pela infraestrutura e pelos dispositivos que sustentam a economia da IA, elevando suas ações a patamares historicamente altos. Agora, cobram desempenho à altura.

As ações da Marvell despencaram 20% na quinta-feira (6), marcando sua maior queda desde 2001, após a empresa divulgar projeções abaixo das expectativas do mercado. Apesar de os resultados do último trimestre e a previsão de receita superarem a média das estimativas dos analistas, Wall Street esperava ainda mais, especialmente depois da valorização de 83% da empresa em 2024.

“Embora a Marvell tenha apresentado números um pouco acima do esperado, a projeção ficou bem abaixo das expectativas dos investidores institucionais”, apontaram analistas em um relatório pós-balanço.

A Nvidia enfrentou uma reação semelhante no fim de fevereiro. Mesmo reportando receitas e lucros muito acima das previsões, a líder em processadores para IA viu suas ações caírem 8,5% no dia seguinte ao anúncio dos resultados. Já os papéis da Advanced Micro Devices (AMD) recuaram mais de 6% no início de fevereiro, após superar as estimativas, mas decepcionar no desempenho do segmento de data centers.

Outras empresas do setor também sofreram com a reação negativa do mercado. A fornecedora de componentes ópticos Credo Technology caiu 14% após divulgar seus números na quarta-feira (6) e perdeu mais 10% na quinta-feira (7), mesmo com um crescimento expressivo na receita e projeções otimistas.

O VanEck Semiconductor ETF, fundo que reúne gigantes do setor como Nvidia, Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. e Broadcom, acumulou uma queda de quase 6% nesta semana, após recuar 7% na anterior. O ETF havia subido 72% em 2023 e quase 39% no ano passado.

A pressão de Wall Street sobre as fabricantes de chips reflete a exigência por resultados ainda mais robustos à medida que a infraestrutura da IA entra no seu quarto ano de expansão. Além disso, tarifas impostas pelo governo Trump e restrições à exportação de semicondutores têm aumentado a preocupação dos investidores.

No entanto, nem todas as empresas do setor sofreram o mesmo impacto. As ações da Broadcom recuaram 6% na quinta-feira, antes da divulgação de seus resultados trimestrais, mas dispararam 12% no after-market, impulsionadas pelo desempenho acima do esperado, especialmente nas áreas de infraestrutura e semicondutores.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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