A nova corrida tecnológica impulsionada pela Inteligência Artificial redefiniu o equilíbrio entre lucro e investimento das gigantes da tecnologia. As cifras bilionárias aplicadas em data centers e infraestrutura levantam um questionamento: os ganhos acompanham o ritmo dos gastos?
Segundo a Reuters, as chamadas “Sete Magníficas” — Microsoft, Amazon, Meta, Alphabet, Apple, Nvidia e Tesla — seguem lucrando em patamares históricos. Ao mesmo tempo, enfrentam a pressão de justificar investimentos crescentes em inteligência artificial e computação em nuvem.
Investimento em expansão
Só as quatro principais — Microsoft, Amazon, Meta e Alphabet — devem investir US$ 350 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão). A Goldman Sachs projeta que o total global em infraestrutura de IA alcance US$ 4 trilhões (R$ 22 trilhões) até 2030.
Os aportes gigantescos em centros de dados e chips elevam as expectativas de retorno, mas também ampliam o risco de decepção dos investidores.
De acordo com a Reuters, a Apollo Global Management mostra que o investimento de capital de Amazon, Google, Microsoft, Meta e Oracle atingiu um recorde de 60% do fluxo operacional de caixa.
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Apesar do crescimento da receita, o fluxo de caixa livre da Amazon caiu 70% no último ano. Analistas projetam que o resultado combinado dos hiperescaladores nos primeiros meses de 2025 será 40% menor que no mesmo período de 2024.
A Meta planeja investir US$ 70 bilhões (R$ 385 bilhões), mas sua receita cresceu apenas entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões (R$ 16 bilhões a R$ 27 bilhões) no período.
Esses números evidenciam que as gigantes estão gastando mais rápido do que suas receitas avançam, um alerta para investidores e fundos expostos a essas empresas.
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A Nvidia, por exemplo, já representa 8% da capitalização total do S&P 500, enquanto as “Mag 7” somam 37% do índice. Essa concentração aumenta o impacto de qualquer mudança brusca no desempenho das ações.
Enquanto isso, um estudo da Wharton Business School revela que 74% das pequenas e médias empresas já registram retornos positivos com o uso de Inteligência Artificial generativa, especialmente nos setores de tecnologia e finanças.
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