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Huawei lança supercluster de inteligência artificial e aumenta pressão sobre a Nvidia
Publicado 18/09/2025 • 13:59 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 18/09/2025 • 13:59 | Atualizado há 2 horas
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Divulgação
Estande da Huawei no MWC Barcelona 2025.
PEQUIM — A gigante chinesa de telecomunicações Huawei anunciou nesta quinta-feira (18) novos sistemas de computação para inteligência artificial usando seus chips próprios Ascend, aumentando a pressão sobre a rival norte-americana Nvidia.
A empresa afirmou que pretende lançar já no próximo ano o novo “Atlas 950 SuperCluster”.
Os Estados Unidos têm buscado cortar o acesso da China aos semicondutores mais avançados para treinar modelos de IA. Para contornar isso, empresas chinesas passaram a agrupar grandes quantidades de chips menos eficientes, muitas vezes produzidos localmente, para alcançar capacidades de computação semelhantes.
A Huawei anunciou que lançará três novas versões de seus chips Ascend até o final de 2028, com o objetivo de “dobrar a capacidade de computação” a cada nova versão.
Os chips formam a base da infraestrutura de computação de IA da Huawei, na qual um supercluster se conecta a múltiplos superpods, que, por sua vez, são formados por múltiplos supernós. Os supernós, que constituem a base, são construídos com chips Ascend, utilizando design de sistema para superar limitações técnicas impostas pelas sanções dos EUA.
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A Huawei disse que seu novo supernó Atlas 950 suportará 8.192 chips Ascend, e que o Atlas 950 SuperCluster usará mais de 500 mil chips.
Uma versão mais avançada, o Atlas 960, prevista para lançamento em 2027, suportará 15.488 chips Ascend por nó. O supercluster completo teria mais de 1 milhão de chips Ascend, segundo a Huawei.
Ainda não estava claro como os sistemas se comparam aos equipados com chips da Nvidia. Em comunicado à imprensa, a Huawei afirmou que os novos supernós seriam os mais poderosos do mundo em termos de capacidade de computação por vários anos.
Em discurso nesta quinta-feira, Eric Xu, vice-presidente e presidente rotativo da Huawei, afirmou que o futuro supernó Atlas 950 entregará 6,7 vezes mais capacidade de computação que o sistema NVL144 da Nvidia, também previsto para lançamento no próximo ano.
Xu chegou a prever que o produto da Huawei “ficaria à frente em todos os aspectos” em comparação a outro sistema da Nvidia planejado para 2027 — e afirmou que o Atlas 950 SuperCluster teria 1,3 vez a capacidade de computação do supercomputador xAI Colossus, de Elon Musk.
“O anúncio da Huawei sobre seu avanço em computação ocorre em um momento oportuno, com o crescente foco do governo chinês na autossuficiência em tecnologias de chips próprias”, disse George Chen, sócio e co-presidente da prática digital do The Asia Group.
Embora tenha alertado que a Huawei poderia exagerar suas capacidades técnicas, Chen destacou que a ambição da empresa chinesa de se tornar líder global em IA “não pode ser subestimada”.
A empresa de pesquisa SemiAnalysis constatou em abril que o sistema CloudMatrix, desenvolvido internamente pela Huawei, teve desempenho superior ao da Nvidia — mesmo cada chip Ascend entregando apenas cerca de um terço do desempenho de um processador Nvidia. A Huawei compensou isso usando cinco vezes mais chips.
“A capacidade de computação tem sido e continuará sendo a chave para a IA”, afirmou Xu em comunicado nesta quinta-feira, traduzido pela CNBC, durante a abertura do evento anual Huawei Connect, em Xangai. O evento vai até sábado.
Há dois anos, no mesmo evento, a Huawei anunciou o Atlas 900 SuperCluster. Atualmente, a empresa comercializa o “Atlas 900 AI Cluster”, com milhares de chips Ascend.
A Huawei informou que já implantou mais de 300 supernós Atlas 900 A3 em mais de 20 clientes de telecomunicações, manufatura e outros setores.
O anúncio da Huawei ocorre em um momento em que a China promove alternativas nacionais à Nvidia. No início desta semana, os dois países encerraram negociações comerciais na Espanha, que incluíram um caminho para resolver as operações nos EUA do aplicativo TikTok, da startup chinesa ByteDance.
Em outro sinal agressivo, a China anunciou na segunda-feira a extensão de uma investigação sobre a Nvidia por supostas práticas monopolistas.
A pressão sobre a fabricante americana de chips só aumentou. As ações da Nvidia caíram mais de 2% na quarta-feira, após o Financial Times, citando fontes, informar que a China ordenou que gigantes locais de tecnologia interrompessem testes e pedidos do chip Nvidia RTX Pro 6000D.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse a repórteres estar “decepcionado” com a notícia do suposto bloqueio. Ele já havia descrito a Huawei como uma concorrente formidável.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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