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Impacto da IA no mercado de trabalho: jovens do setor de tecnologia são os primeiros afetados, diz economista do Goldman Sachs
Publicado 05/08/2025 • 16:04 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 05/08/2025 • 16:04 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Um telão exibe o logo do Goldman Sachs no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE)
Brendan McDermid | Reuters
Mudanças no mercado de trabalho americano causadas pela chegada da inteligência artificial generativa já aparecem nos dados de emprego, segundo um economista do Goldman Sachs.
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A maioria das empresas ainda não usa inteligência artificial em larga escala nas operações, o que significa que, até agora, o impacto da IA no mercado de trabalho como um todo ainda não foi tão grande, afirmou Joseph Briggs, economista global sênior da divisão de pesquisa do Goldman, em um episódio de podcast divulgado primeiro à CNBC.
Mas já existem sinais de desaceleração nas contratações no setor de tecnologia, prejudicando principalmente os funcionários mais jovens, disse Briggs.
“Se você olhar para as tendências de emprego no setor de tecnologia, elas vinham crescendo de forma praticamente linear como proporção do emprego total nos últimos 20 anos”, comentou Briggs no episódio do ‘Goldman Sachs Exchanges’ que vai ao ar na terça-feira (5). “Nos últimos três anos, na verdade, vimos uma queda nas contratações em tecnologia, ficando abaixo da tendência histórica.”
Desde o lançamento do ChatGPT da OpenAI, em novembro de 2022, houve um impulso para o crescimento da Nvidia — hoje a empresa mais valiosa do mundo — e outros setores precisaram correr atrás para lidar com os impactos da tecnologia. Os modelos de IA generativa estão cada vez mais eficientes para executar tarefas rotineiras, e alguns especialistas dizem que eles já conseguem atuar no mesmo nível que programadores humanos, por exemplo.
Esse movimento já preocupa: embora a automação torne as empresas mais produtivas e beneficie acionistas, uma boa parcela do mercado de trabalho pode ser afetada nos próximos anos.
Líderes do setor de tecnologia têm falado com mais clareza sobre o impacto da IA nos empregos. Empresas como Alphabet e Microsoft afirmam que a IA já é responsável por cerca de 30% do código em alguns projetos, e Marc Benioff, CEO da Salesforce, disse em junho que a IA faz até metade do trabalho na empresa dele.
Segundo Briggs, os profissionais de tecnologia mais jovens — cujas funções são mais fáceis de automatizar — são a primeira amostra concreta de substituição. A taxa de desemprego entre trabalhadores do setor de tecnologia de 20 a 30 anos subiu 3 pontos percentuais desde o início do ano, destacou. Briggs é coautor de um relatório chamado “Quantificando os Riscos da Substituição de Empregos Relacionada à IA”, que usa dados do IPUMS e do Goldman Sachs Global Investment Research.
“Esse aumento é bem maior do que o registrado no setor de tecnologia como um todo, ou do que vimos em outros grupos de jovens trabalhadores”, afirmou.
George Lee, ex-banqueiro de tecnologia e hoje co-líder do Goldman Sachs Global Institute, disse que a estratégia dos CEOs do setor tem sido adiar a contratação de profissionais iniciantes à medida que começam a implementar IA.
“Como faço para simplificar minha empresa, ser mais flexível e adaptar rápido, sem perder a competitividade?”, questionou Lee no podcast. “Neste momento, os funcionários mais jovens acabam sendo os mais prejudicados.”
Com o tempo, de 6% a 7% de todos os trabalhadores podem perder seus empregos por causa da automação via IA, segundo Briggs, no cenário de base.
Essa transição pode ser mais difícil, tanto para os trabalhadores quanto para a economia dos EUA em geral, caso as empresas adotem a tecnologia mais rápido do que o período de cerca de dez anos que ele prevê, disse Briggs.
Isso pode acontecer tanto por avanços rápidos na tecnologia como por uma desaceleração econômica que faça as empresas buscarem cortar custos, avaliou.
Se os pesquisadores de IA chegarem à chamada AGI — inteligência artificial geral, capaz de aprender e se adaptar em várias áreas, como uma pessoa —, em vez de atuar apenas de forma restrita, o impacto nos trabalhadores deve ser ainda maior.
“Nossa análise não considera a possibilidade do surgimento da AGI”, explicou Briggs. “É difícil até começar a imaginar o impacto disso no mercado de trabalho, mas acredito que, nesse cenário, haveria muito mais espaço para substituição de mão de obra e um efeito ainda mais disruptivo.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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