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Índia supera China e se torna a maior exportadora de smartphones para os EUA
Publicado 29/07/2025 • 09:56 | Atualizado há 11 horas
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Publicado 29/07/2025 • 09:56 | Atualizado há 11 horas
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A Índia ultrapassou a China e se tornou o maior exportador de smartphones para os EUA, segundo a empresa de pesquisa Canalys, refletindo a mudança na cadeia de suprimentos de fabricação para longe de Pequim em meio à incerteza alimentada por tarifas.
Smartphones montados em território indiano responderam por 44% das importações feitas pelos EUA no segundo trimestre, uma alta considerável em comparação aos 13% do mesmo período do ano passado. O volume total de aparelhos produzidos na Índia disparou 240% em relação ao ano anterior, segundo a Canalys.
Em contrapartida, a participação dos smartphones chineses exportados para os EUA despencou para 25% no trimestre encerrado em junho, contra 61% há um ano, conforme dados divulgados pela Canalys na segunda-feira (28). O Vietnã também se destacou, ficando à frente da China, com 30% das exportações de smartphones para o mercado americano.
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De acordo com Sanyam Chaurasia, analista principal da Canalys, o crescimento acelerado dos embarques indianos foi puxado principalmente pela mudança estratégica da Apple para a Índia, num momento de tensão comercial entre Estados Unidos e China. É a primeira vez que a Índia exporta mais smartphones para os EUA do que a China.
Segundo informações, a Apple tem acelerado os planos para fabricar a maioria dos iPhones vendidos nos Estados Unidos em fábricas indianas ainda este ano. A meta é que, nos próximos anos, cerca de um quarto de todos os iPhones sejam produzidos no país asiático.
Trump ameaçou impor tarifas adicionais à Apple e pressionou o CEO Tim Cook para que os iPhones sejam fabricados dentro dos Estados Unidos. Especialistas dizem que isso seria praticamente impossível, pois faria os preços dos iPhones dispararem.
Mesmo com isenções temporárias das “tarifas recíprocas” de Trump para produtos como iPhones e notebooks Mac, autoridades alertam que esse alívio pode ser apenas passageiro.
Outras gigantes globais, como Samsung e Motorola, também têm buscado transferir a montagem de smartphones destinados ao mercado americano para a Índia. Porém, esse movimento dessas empresas ainda é bem mais lento e em escala muito menor do que o da Apple, segundo a Canalys.
Muitos fabricantes globais estão transferindo, cada vez mais, a etapa final de montagem para a Índia e investindo em ampliar a capacidade no país para atender ao mercado dos Estados Unidos, afirma Renauld Anjoran, CEO da Agilian Technology, que atua na China.
A empresa, sediada em Guangdong, está reformando uma unidade na Índia, com planos de transferir parte da produção para lá. “Estamos avançando o mais rápido possível com o projeto para a Índia”, diz Anjoran. A expectativa é começar a produzir em fase de testes em breve, para depois ampliar a produção em larga escala.
Vale lembrar que os embarques — ou seja, o número de aparelhos enviados para o varejo — não equivalem às vendas finais, mas servem como um termômetro da demanda do mercado.
No geral, os embarques de iPhones caíram 11% em relação ao ano passado, chegando a 13,3 milhões de unidades no segundo trimestre. O movimento foi contrário ao crescimento de 25% registrado no trimestre anterior, informa a Canalys.
As ações da Apple já recuaram 14% neste ano, em parte devido à preocupação com a forte exposição da empresa à instabilidade causada pelas tarifas e à concorrência cada vez mais acirrada no setor de smartphones e inteligência artificial.
Ainda que a Apple já tenha iniciado a montagem do iPhone 16 Pro na Índia, a empresa continua bastante dependente da infraestrutura chinesa, bem mais madura, para abastecer a demanda americana pelo modelo premium, segundo a Canalys.
Em abril, Trump impôs uma tarifa de 26% sobre produtos importados da Índia — valor bem menor do que as tarifas de três dígitos aplicadas à China na época —, mas suspendeu essas cobranças até o prazo final de 1º de agosto.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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