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Trump diz que EUA e China podem fechar acordo comercial antes de encontro e decisão sobre TikTok

Publicado 27/10/2025 • 19:32 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Trump assinou acordos comerciais e de minerais separados com seus homólogos da Malásia e do Camboja, além de marcos para futuros pactos comerciais com a Tailândia e o Vietnã.
  • A Malásia concordou em não impor proibições nem cotas às exportações de minerais críticos destinadas aos Estados Unidos.
  • Wendy Cutler, vice-presidente sênior do Asia Society Policy Institute, destacou que os acordos se concentraram em “cooperação, e não em compromissos rígidos.”

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Bandeiras dos EUA e da China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que Washington e Pequim estão prestes a “chegar a um acordo comercial”, antes de seu esperado encontro com o líder chinês Xi Jinping.

Falando a bordo do Air Force One, a caminho do Japão após deixar a Malásia, Trump acrescentou que pode assinar um acordo final sobre o TikTok já na quinta-feira. “Tenho muito respeito pelo presidente Xi, e vamos chegar ao acordo”, disse Trump.

Ele iniciou sua intensa viagem de uma semana pela Ásia no domingo, com uma série de acordos comerciais e um tratado de paz, numa tentativa de fortalecer sua posição antes da reunião com Xi.

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Durante sua primeira parada, na Malásia, Trump assinou acordos comerciais e de minerais separados com seus homólogos da Malásia e do Camboja, além de marcos para futuros pactos comerciais com a Tailândia e o Vietnã.

Os quatro países, integrantes de um bloco regional de 11 membros chamado Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), se comprometeram a remover barreiras comerciais, oferecer acesso preferencial a produtos norte-americanos e aumentar as compras de produtos agrícolas, de energia e aeronaves dos Estados Unidos.

Eles também concordaram em cooperar com Washington em controles de exportação, sanções e acesso a minerais críticos, compromissos que parecem reforçar a posição de Trump em uma região onde Pequim exerce influência crescente.

Wendy Cutler, vice-presidente sênior do Asia Society Policy Institute, afirmou que os acordos se concentraram mais em “cooperação do que em compromissos rígidos”, com muitos pontos importantes “consideravelmente mais curtos” que em acordos comerciais anteriores dos EUA.

“Os Estados Unidos podem impor tarifas ou encerrar o acordo se considerarem que a Malásia violou seus compromissos”, acrescentou Cutler.

No Japão, Trump deve se reunir com a primeira-ministra Sanae Takaichi e com o imperador, antes de seguir para a Coreia do Sul, encerrando a viagem com a participação na cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que também viajou à Malásia para a 28ª Cúpula China-ASEAN, fez uma parada em Singapura, onde testemunhou a assinatura de oito acordos nas áreas de comércio e economia digital.

Poucos detalhes

Apesar do forte impulso diplomático, poucos detalhes foram divulgados sobre o alcance dos novos marcos comerciais.

Segundo comunicados conjuntos da Casa Branca, os EUA manterão uma tarifa de 19% sobre a maioria das exportações da Malásia, Camboja e Tailândia, enquanto alguns produtos estarão isentos de taxas.

As tarifas sobre o Vietnã permanecerão em 20%, com determinados bens elegíveis para isenção tarifária. O país, que registrou superávit comercial de US$ 123 bilhões com os EUA no ano passado, também prometeu aumentar as compras de produtos norte-americanos para reduzir o desequilíbrio.

A Malásia concordou em não impor proibições ou cotas às exportações de minerais críticos destinados aos EUA e em acelerar o desenvolvimento de seus projetos de terras raras, necessários para empresas americanas.

O país, que possui cerca de 16,1 milhões de toneladas estimadas de depósitos de terras raras, mantém desde o ano passado uma moratória nacional sobre a exportação de materiais não processados, com o objetivo de desenvolver suas indústrias de beneficiamento e evitar a exploração excessiva de recursos.

A Tailândia vai reduzir barreiras tarifárias a produtos norte-americanos, aceitando veículos, dispositivos médicos e medicamentos fabricados nos EUA, além de importar etanol para combustível. Também se comprometeu a flexibilizar restrições de propriedade estrangeira para investidores americanos no setor de telecomunicações.

Os acordos deixaram em aberto a possibilidade de novas isenções de produtos, a serem decididas posteriormente, afirmou Michael Wan, economista do MUFG Bank. Ele observou que tarifas setoriais sobre produtos farmacêuticos e eletrônicos continuarão centrais, assim como questões sobre a legalidade do uso, por Trump, de uma lei de poderes emergenciais para aplicá-las.

Acordo de paz

Além dos acordos comerciais, Trump anunciou a formalização de uma trégua ampliada entre Tailândia e Camboja, com base em um cessar-fogo que ele mesmo intermediou em julho, após confrontos violentos na fronteira entre os dois países neste verão.

Trump, que se apresenta como um mediador global da paz, disse que o acordo mostra que sua administração conseguiu “algo que muita gente dizia ser impossível, e talvez tenhamos salvado milhões de vidas”.

“Meu governo começou imediatamente a trabalhar para evitar que o conflito se agravasse”, afirmou. “Todo mundo ficou meio surpreso por termos conseguido resolver tão rápido.”

Reunião Trump-Xi em Seul
Enquanto Trump se reunia com outros líderes na Malásia, negociadores americanos e chineses se encontraram paralelamente à cúpula da ASEAN, onde as conversas bilaterais resultaram em um esboço de acordo antes do esperado encontro entre Trump e Xi na Coreia do Sul, na quinta-feira.

“Os mercados estão cada vez mais acostumados a uma abordagem de ‘golpear primeiro e negociar depois’ em relação às tarifas”, disse John Woods, diretor de investimentos da Lombard Odier.

O principal negociador comercial da China, Li Chenggang, afirmou no domingo que foi alcançado um consenso preliminar após “discussões muito intensas” sobre diversos temas, incluindo controles de exportação, fentanil e taxas de transporte marítimo.

O próximo passo, disse ele, é que ambos os lados concluam seus processos internos de aprovação.

Em entrevista à CBS no domingo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou que a ameaça de tarifas de 100% “está efetivamente fora de cogitação” após uma “ótima reunião de dois dias” com autoridades chinesas.

Em conversa separada com o programa This Week, da ABC News, Bessent disse que as negociações resultaram em um “marco substancial”, capaz de aliviar preocupações entre produtores americanos de soja diante do boicote chinês.

A China comprou mais da metade da soja dos EUA em 2023 e 2024, totalizando quase US$ 12,8 bilhões em 2024. No entanto, Pequim interrompeu as compras no início deste ano depois que Trump iniciou uma guerra comercial.

Bessent também disse à ABC News que espera que a China adie em um ano o início de seus controles sobre exportações de terras raras, previsto para as próximas semanas. Trump e Xi poderiam “formalizar” um acordo que permita ao TikTok continuar operando nos Estados Unidos, acrescentou.

“Acreditamos que ambos os lados, depois de testar os limites um do outro, provavelmente farão novas concessões”, afirmou Ting Lu, economista da Nomura na China, que prevê que as tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses “certamente não serão implementadas”, com ambos os países devendo estender a trégua tarifária atual.

Em troca, acrescentou Lu, Pequim pode retomar as compras de soja americana e flexibilizar a aplicação de seus controles de exportação de terras raras.

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