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Impostos, cripto, tarifas: como o governo Trump pode afetar finanças dos americanos

Publicado 12/11/2024 • 18:54 | Atualizado há 4 meses

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Donald Trump e J.D. Vance agora precisam trabalhar para cumprir suas promessas eleitorais, com o apoio de um Congresso republicano.
  • Entre as principais propostas estão a preservação dos cortes de impostos, uma tarifa universal sobre importações que pode encarecer produtos para os consumidores, e a redução da regulamentação para criptomoedas, visando tornar os EUA um líder global no setor.
  • As mudanças propostas geram expectativa entre os eleitores, especialmente em relação ao impacto nas finanças pessoais e na economia do país.
O candidato do partido republicano à Casa Branca, Donald Trump, discursa ao participar de uma noite de observação da eleição no Centro de Convenções de Palm Beach, em West Palm Beach, na Flórida, nesta quarta-feira, 6 de novembro de 2024. Segundo projeção da Fox News, Trump derrotou nas urnas a vice-presidente do país, Kamala Harris, e voltará à Casa Branca em 2025.

Donald Trump durante discurso

Evan Vucci/Associated Press/Estadão Conteúdo

Após meses de campanha nos Estados Unidos, Donald Trump e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, agora precisam pensar em como implementar as promessas eleitorais, com a ajuda de um Congresso dominado pelo Partido Republicano.

O eleitorado está ansioso para saber qual será o impacto das medidas em suas finanças pessoais: cerca de 57% dos investidores relataram angústia ou medo pelo resultado, de acordo com uma pesquisa recente da Betterment.

Inflação, aumentos de impostos e uma potencial recessão são suas preocupações mais comuns.

Um presidente não pode promulgar unilateralmente uma pauta legislativa, mesmo com uma legislatura de apoio. No entanto, a CNBC lista três políticas que Trump apresentou que podem afetar o dinheiro dos americanos — caso se tornem realidade.

Trump e a revisão do código tributário

Trump tentará preservar os cortes de impostos aprovados na medida que ele já implementou em 2017 e, atualmente, tem validade prevista para o final de 2025.

Além disso, Trump planeja promulgar uma ampla reforma tributária, incluindo isenções para cerca de 93 milhões de americanos.

O presidente eleito propôs oficialmente eliminar o imposto de renda que incide sobre gorjetas, horas extras e benefícios da Previdência Social, e sugeriu a ideia de isenções para bombeiros, policiais, militares e veteranos.

Trump expressou descontentamento em relação ao Imposto de Renda federal em geral e propôs a transição para um sistema financiado por tarifas. 

Preços mais altos nas importações

Trump propôs uma tarifa universal de 10% ou 20% sobre todas as importações com taxas mais altas — até 60% ou 100%. Ele já citou que isso atingiria produtos da China e do México. Trump caracterizou o plano como uma forma de extrair dinheiro de nações rivais.

“Outros países vão, finalmente, depois de 75 anos, nos retribuir por tudo o que fizemos pelo mundo”, disse ele durante o debate presidencial de setembro.

No entanto, por mais que uma tarifa seja um imposto sobre importações, ela é paga pelas empresas importadoras, e não pelos países exportadores.

Como as empresas geralmente repassam os custos, os economistas tendem a concordar que as tarifas equivalem a um imposto para o consumidor.

“No fim das contas, o custo das tarifas será pago por nós”, disse George Ball, presidente da empresa de gestão de investimentos Sanders Morris, à CNBC. “Eles comprarão coisas a preços mais altos do que comprariam de outra forma.”

Menos regulamentação para criptomoedas

Durante a campanha, tanto Trump como Kamala Harris disseram que apoiam as moedas digitais. 

O candidato vitorioso falou sobre os planos na trilha da campanha para tornar os EUA “a capital cripto do planeta” e uma “superpotência bitcoin”.

Em setembro, o analista do Standard Chartered Geoff Kendrick previu que as criptomoedas teriam altas em qualquer um dos cenários, mas com um impulso maior caso Trump fosse o vencedor, porque ele é visto pelos investidores como mais propenso a flexibilizar a regulamentação de ativos digitais.  

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