A gigante chinesa de tecnologia Xiaomi anunciou na terça-feira (18) um aumento na receita anual, impulsionada por fortes vendas de smartphones, juntamente com um impulso contínuo no setor de veículos elétricos.
A empresa, com sede em Pequim, fabrica uma gama diversificada de artefatos tecnológicos, desde smartphones e laptops até panelas elétricas de arroz e purificadores de ar.
Seu desempenho é considerado um termômetro para o sentimento do consumidor na China, onde as autoridades têm procurado nos últimos meses estabilizar uma economia instável.
A receita total da empresa no ano passado foi de 365,9 bilhões de yuans (cerca de US$ 50,6 bilhões), um aumento de 35% em relação ao ano anterior, de acordo com um comunicado no site da Bolsa de Valores de Hong Kong.
A receita aumentou 48,8% em relação ao ano anterior no quarto trimestre de 2024, mostrou o comunicado.
O rápido crescimento trimestral superou a previsão da Bloomberg, que previa um aumento de 43% na receita durante o período.
A Xiaomi entrou no altamente competitivo mercado de veículos elétricos da China no ano passado com o lançamento de seu sedã SU7, para conquistar compradores com uma variedade de recursos de alta tecnologia.
“Em 2024, as entregas da série Xiaomi SU7 atingiram 136.854 veículos”, disse o comunicado.
A empresa acrescentou que “continuaria a aumentar a produção e garantir a entrega, esforçando-se para atingir a meta de entregar 350 mil veículos durante todo o ano de 2025”.
A receita de veículos elétricos (EVs) e “outras novas iniciativas” atingiu 32,8 bilhões de yuans no ano passado, mostrou o documento da bolsa de valores.
Mas a força tradicional da Xiaomi — outro segmento de negócios que inclui smartphones — ainda foi responsável pela maior parte das vendas, com receita atingindo 333,2 bilhões de yuans no ano passado.
Fundada em 2010, a Xiaomi inicialmente alcançou um rápido crescimento por meio de sua estratégia de comercialização de dispositivos de última geração a preços acessíveis. Desde o outono passado, Pequim anunciou várias medidas em uma tentativa de reviver a confiança na economia e aumentar os gastos do consumidor.
Uma dessas iniciativas envolve subsídios estatais para compras de certos eletrônicos pessoais e eletrodomésticos — categorias de produtos nas quais a Xiaomi tem forte presença.
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