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Vendas da Tesla despencam 40% na Europa em meio ao crescimento do mercado
Publicado 28/08/2025 • 08:49 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 28/08/2025 • 08:49 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Foto por KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
O CEO da Tesla, Elon Musk, ouve o presidente dos EUA, Donald Trump, falar com repórteres no Salão Oval da Casa Branca, em 30 de maio de 2025, em Washington, DC.
As vendas da Tesla na Europa caíram 40% em julho, somando 8.837 novos registros de emplacamentos, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). Este foi o sétimo mês consecutivo de queda para a montadora de Elon Musk, que retornou ao controle da empresa após deixar o governo Donald Trump, em maio.
No mesmo período, a chinesa BYD avançou com força. A companhia registrou 13.503 novas matrículas em julho, alta de 225% em relação a 2024, consolidando sua expansão no continente.
Apesar do tombo da Tesla, os dados da ACEA mostram que as vendas gerais de carros elétricos a bateria continuam crescendo na Europa. Entre janeiro e julho de 2025, foram 1.011.903 novos registros desse tipo de veículo, equivalente a 15,6% do mercado, acima dos 12,5% de 2024.
A participação de modelos híbridos foi ainda maior, com 2.255.080 unidades no período, representando 34,7% do total. Já os híbridos plug-in chegaram a 561.190 unidades, ampliando sua fatia para 8,6%. Por outro lado, os carros a gasolina e diesel perderam espaço: juntos, caíram para 37,7% de participação, contra 47,9% um ano antes.
Os carros a combustão seguem em retração no mercado europeu. Até julho de 2025, as vendas de veículos a gasolina caíram 20,1%, somando 1,83 milhão de unidades e reduzindo sua participação de mercado de 35,1% para 28,3%, em um ano. A França liderou a queda, com recuo de 33,6%, seguida por Alemanha (-25,9%), Itália (-17,8%) e Espanha (-12,6%).
O movimento foi ainda mais acentuado no caso dos veículos a diesel. Os novos registros recuaram 26,4% nos sete primeiros meses do ano, levando a participação para apenas 9,5% do mercado europeu. Considerando apenas julho, a queda foi de 12% para carros a gasolina e 15,2% para os modelos a diesel, reforçando a transição em curso para tecnologias elétricas e híbridas.
A Alemanha foi destaque entre os maiores mercados da região, com crescimento de 38,4% nos registros de elétricos a bateria até julho. Bélgica (+17,6%) e Holanda (+6,5%) também avançaram, enquanto a França teve queda de 4,3% no acumulado do ano, apesar da alta de 14,8% apenas em julho.
Nos híbridos, França (+30,5%), Espanha (+30,2%), Alemanha (+10,7%) e Itália (+9,4%) impulsionaram o crescimento. Já os híbridos plug-in tiveram expansão expressiva na Espanha (+94,5%), Alemanha (+59,2%) e Itália (+60,3%).
Além da concorrência acirrada, a Tesla enfrenta também desgaste de imagem de Elon Musk, com suas declarações públicas e participação no governo Trump. A empresa também sofre com a falta de renovação em sua linha de veículos.
Segundo a própria companhia, um modelo elétrico mais acessível deve entrar em produção em larga escala ainda no segundo semestre de 2025, em tentativa de reverter a tendência de queda.
A BYD lidera a ofensiva das fabricantes chinesas na Europa, com showrooms inaugurados em diversos países e preços competitivos. Segundo a JATO Dynamics, marcas chinesas já alcançaram mais de 5% do mercado europeu no primeiro semestre de 2025, o maior patamar da história.
Além da Tesla, outras montadoras também recuaram em julho, como Stellantis (dona da Jeep), Hyundai, Toyota e Suzuki. Em contrapartida, Volkswagen, BMW e Renault registraram alta nas matrículas de novos veículos.
A Xiaomi se consolidou como um novo player no mercado de elétricos. O SU7, sedã esportivo lançado em 2024, rapidamente se tornou um dos mais vendidos na China, atrás apenas do Model Y da Tesla entre os modelos premium. Em junho de 2025, o lançamento do SUV YU7 atraiu 200 mil pré-encomendas em apenas três minutos, evidenciando o apetite do consumidor pela marca e impulsionando as ações da companhia em quase 200% no último ano.
Para sustentar essa expansão, a empresa investiu em escala industrial. Sua fábrica de carros elétricos em Pequim é hoje a maior do mundo, com capacidade para produzir 300 mil veículos por ano. O projeto simboliza a transição da Xiaomi de montadora dependente de fornecedores para potência industrial integrada, com desenvolvimento próprio de materiais, softwares e equipamentos de produção.
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