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GWM, BYD e mais: montadoras e marcas chinesas ampliam presença na indústria automotiva brasileira
Publicado 23/07/2025 • 16:58 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 23/07/2025 • 16:58 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Divulgação BYD.
Fábrica da BYD
Montadoras e marcas chinesas estão acelerando a presença no Brasil. Até o fim de 2025, o mercado deve reunir diversas empresas ativas no país, seja por meio da importação ou com fábricas em operação e em implantação.
Há 16 anos, a Chery foi a pioneira nesse movimento. A empresa começou a importar veículos em 2009 e, em 2014, inaugurou sua fábrica em Jacareí (SP), tornando-se a primeira montadora chinesa a produzir no Brasil. Três anos depois, a operação se transformou em uma joint venture com o Grupo Caoa, nascendo a Caoa Chery, que hoje fabrica veículos em Anápolis (GO).
Também veterana, a JAC Motors chegou em 2011 com foco em importação e, mais recentemente, passou a investir em carros elétricos. No passado, a empresa planejou construir uma fábrica em Camaçari, Bahia, mas não foi adiante. Atualmente, revisita sua estratégia no país com modelos como o e-JS1 e o e-JS4.
Leia também: Conheça o Keeta, aplicativo chinês de delivery que chega ao Brasil com investimento de R$ 5,6 bilhões
Segundo a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), as tensões comerciais nos mercados da Europa e dos EUA têm impulsionado a busca por diversificação na estratégia de expansão global das montadoras chinesas, que agora miram a internacionalização da produção.
Agora, o novo ciclo de expansão das montadoras chinesas no Brasil inclui nomes como BYD e GWM (Great Wall Motors), que darão início à fabricação de veículos elétricos e híbridos no Brasil, com incentivos do Programa Mover. Segundo a Apex, a expectativa é que esse movimento reduza gradualmente a necessidade de importação desses veículos.
A BYD, que já tinha presença industrial no país com ônibus e baterias, passou a vender carros em 2022 e, em 2024, entrou para o Top 10 do mercado, com 76.811 unidades emplacadas, um salto de 328% em relação ao ano anterior. A montagem local de veículos começou neste mês de julho.
Com fábricas em Campinas (SP) e Manaus (AM), empresa agora conta com uma fábrica em Camaçari (BA) e planeja vender 350 mil carros por ano até 2028. Em 2024, a gigante chinesa de carros elétricos registrou um crescimento expressivo de 320% no Brasil, consolidando o país como o segundo mercado mais significativo para a empresa, atrás apenas da China.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC em janeiro deste ano, Alexandre Baldy, vice-presidente sênior da BYD no Brasil, afirmou que, no período, foram comercializados quase 80 mil veículos no país, refletindo a adaptação da empresa à cultura local e ao ambiente de negócios brasileiro.
A BYD, inclusive, atingiu a marca de 180 concessionárias abertas no território brasileiro. O vice-presidente sênior da BYD, Alexandre Baldy, disse que todas as capitais do Brasil já tem pelo menos uma concessionária da empresa.
A montadora chinesa GWM vai investir mais R$ 6 bilhões no Brasil, ampliando o total já comprometido no país para R$ 10 bilhões. “O Brasil passou a ser uma casa para a GWM”, afirmou Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC em maio deste ano. “É o número um na nossa lista de investimentos fora da China.”
A fábrica da empresa em Iracemápolis (SP) deve começar a produzir os primeiros protótipos a partir de agosto. “Vamos produzir o Haval H6 e mais dois veículos, uma picape e um SUV, anunciados com o presidente Lula”, disse Bastos.
A inauguração oficial está prevista para o fim de julho, e a unidade também abrigará um centro de pesquisa, desenvolvimento e capacitação.
A montadora já atua há mais de dois anos no Brasil com carros importados e vendeu cerca de 30 mil unidades em 2024. Com a nova fase, os veículos passarão a ser fabricados localmente, com expectativa de chegar rapidamente a 50 mil unidades por ano. Além de atender o mercado interno, o plano é exportar para toda a América Latina. “O Brasil será a base exportadora para a América do Sul”, destacou o executivo.
Enquanto isso, outras montadoras e marcas chinesas do setor automotivo, entre montadoras tradicionais, divisões especializadas e novas marcas, estão acelerando sua presença no Brasil. Entre eles, está a Geely, um conglomerado que controla a Volvo, Lotus, Zeekr, Riddara e Polestar, que confirmou seu retorno ao país, inclusive com uma parceria com a Renault. No entanto, ainda não têm fábricas próprias ou projetos concretos anunciados de instalação local.
A Zeekr, sua marca de carros elétricos de luxo, iniciou operações discretas em 2024, oferecendo SUVs e peruas com preços entre R$ 272 mil e R$ 495 mil.
Por sua vez, a Polestar, especializada em veículos elétricos de alta performance, planeja começar as vendas no Brasil entre 2025 e 2026, com oferta de modelos customizados via plataforma online. O grupo também prepara a expansão da Riddara, focada em picapes elétricas, com o lançamento da caminhonete RD6 e planos de crescimento no interior do país.
Já a Leapmotor, montadora focada em elétricos de entrada apoiada pela Stellantis, deve lançar seus primeiros modelos no primeiro semestre de 2025, mirando o segmento de elétricos de entrada. Além disso, a Omoda Jaecoo, braço do grupo Chery, já iniciou vendas recentemente e avalia produção local.
A GAC Motor, uma das maiores montadoras chinesas, lançou cinco modelos eletrificados no Brasil, com preços entre R$ 169.990 e R$ 349.990.
Além disso, a MG, que atuou no país entre 2013 e 2014, estuda retornar em 2025, apostando em carros híbridos e elétricos.
O interesse dos brasileiros pelos veículos das montadoras de origem chinesa aumentou significativamente nos últimos 12 meses. Um estudo da Webmotors revelou que, entre março de 2024 e março de 2025, os modelos das quatro fabricantes chinesas mais vendidas no país (BYD, CAOA Chery, GWM e JAC Motors) tiveram crescimento de 51,4% no número de visitas registradas na plataforma em comparação com o ano anterior.
No total de visitas, a CAOA Chery, embora seja brasileira, lidera com 47,9%, seguida pela BYD (31,9%), GWM (12,5%) e JAC Motors (7,59%). Na comparação ano a ano, os modelos da BYD registraram o maior aumento no interesse dos consumidores, com crescimento de 134,5% nas visitas, seguidos pela GWM (+88,31%), CAOA Chery (+24,7%) e JAC Motors (+3,2%).
“Os investimentos que as fabricantes chinesas têm feito tanto em produto quanto em estrutura para ter uma produção local no País têm despertado o interesse do brasileiro, que também é atraído pela equação custo-benefício que os modelos dessas marcas oferecem”, comenta Mariana Perez, CPO da Webmotors.
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