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Parceria entre Caoa e Hyundai pode estar perto do fim; grupo brasileiro terá outra marca chinesa

Publicado 20/06/2025 • 19:16 | Atualizado há 5 horas

Redação Times Brasil com Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Após 26 anos de parceria, Caoa e Hyundai não dividem mais a mesma fábrica de veículos.
  • O fim do casamento (muitas vezes conturbado) entre o grupo brasileiro e a marca sul-coreana ocorre pouco mais de um ano depois do anúncio de mudanças nos termos da aliança.
  • Em fevereiro de 2024, as duas empresas informaram que iriam iniciar uma sinergia inédita. No entanto, isso não aconteceu
Apesar de uma parceria de quase três décadas, a relação entre a Caoa e a Hyundai não foi exatamente um mar de rosas.

Apesar de uma parceria de quase três décadas, a relação entre a Caoa e a Hyundai não foi exatamente um mar de rosas.

Divulgação

Após 26 anos de parceria, Caoa e Hyundai não dividem mais a mesma fábrica de veículos. O fim do casamento entre o grupo brasileiro e a marca sul-coreana ocorreria pouco mais de um ano depois do anúncio de mudanças nos termos da aliança.

Em fevereiro de 2024, as duas empresas informaram que iriam iniciar uma sinergia inédita. Com isso, a expectativa era de que a fábrica da Caoa em Anápolis (GO) recebesse ferramental e investimentos para produzir novos carros da Hyundai. Porém, isso nunca ocorreu.

O fim da parceria para produção de veículos da Hyundai pela Caoa foi anunciado pela Autoesporte, e confirmado pelo Jornal do Carro, do Estado de São Paulo, com pessoas a par do assunto. Porém, nenhuma das duas empresas chancelou oficialmente a informação.

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Procurada pela reportagem do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC e do Jornal do Carro, a Hyundai disse que, “conforme suas políticas globais de governança corporativa e confidencialidade, não comenta estratégias comerciais ou de produção nos mercados em que está presente”.

Da mesma forma, a Caoa se esquivou de comentar o tema. Também em comunicado, afirmou que mantém “uma política de sigilo judicial que não nos permite comentar planos de negócios, futuros lançamentos ou tratativas de projetos subsequentes”. O mesmo comunicado foi enviado em ambas solicitações.

A produção do SUV Tucson e do caminhão leve HR em Anápolis foi encerrada em abril — quando começaram as férias coletivas dos operários da fábrica da Caoa. Passados pouco mais de 40 dias, as atividades da planta foram retomadas, mas apenas os carros da Caoa Chery voltaram a ser feitos (os SUVs Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8).

Vale dizer que continua de pé o acordo de distribuição de carros nacionais e importados da Hyundai pela rede de concessionárias da Caoa.

Justiça

Apesar de uma parceria de quase três décadas, a relação entre a Caoa e a Hyundai não foi exatamente um mar de rosas. Em 2018, o grupo brasileiro iniciou uma disputa judicial com a marca sul-coreana. A Hyundai pretendia assumir todas as operações ligadas à empresa no País.

Isso incluía a importação de carros, então sob responsabilidade da Caoa. Além disso, a produção do Tucson e do HR em Anápolis era prerrogativa da companhia brasileira.

O julgamento do caso, a cargo de um tribunal de arbitragem na Alemanha, foi concluído em 2021 a favor da Caoa. Porém, embora o contrato de representação tenha sido renovado, o imbróglio criou um impasse entre as duas empresas. Ou seja, a Hyundai não liberava a produção de novos carros no Brasil.

Por sua vez, a Caoa impedia a parceira de importar modelos de sucesso em outros mercados, caso do Kona, assim como o Ioniq 5N e o Palisade, por exemplo.

Um novo passo até chegou a ser dado no ano passado: a Hyundai passaria a ser responsável pela importação e distribuição de seus veículos no País. E a Caoa produziria em Goiás novos modelos da Hyundai de maior valor agregado. Na ocasião, o presidente da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, disse que a rede de concessionárias seria unificada.

Já o CEO da Hyundai para as Américas Central e do Sul, Airton Cousseau, que estava junto de Andrade Filho, afirmou que a mudança seria positiva não apenas para as empresas, mas também para o consumidor brasileiro.

Nova marca chinesa no portfólio

Apesar do divórcio com a Hyundai, a Caoa já prepara outro acordo e com outra marca chinesa de automóveis. Depois da Chery, o grupo brasileiro vai montar carros da Changan na antiga fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo (SP). Embora ainda não se saibam quais modelos serão feitos, é certo que o enfoque estará nos SUVs compactos. 

De acordo com informações obtidas pelo Jornal do Carro, a Changan deverá lançar SUVs “mais baratos que os da Chery”. A Changan, inclusive, já esteve no Brasil entre 2006 e 2016 com pequenos veículos comerciais sob a marca Chana. Em 2011, a empresa trocou o nome, mas sem grandes resultados práticos sobre as vendas. A companhia interrompeu a operação por aqui no final de 2016.

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