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EXCLUSIVO CNBC: UniCredit propõe comprar o rival Banco BPM por US$ 10,5 bilhões

Publicado 25/11/2024 • 08:10

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O banco italiano UniCredit anunciou uma oferta de cerca de 10 bilhões de euros (R$ 61 bilhões) para adquirir o concorrente Banco BPM.
  • A instituição ressaltou que a proposta é independente de sua negociação em andamento para a compra do banco alemão Commerzbank. 
  • Se concluído, o acordo uniria dois dos maiores bancos da Itália.
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O banco italiano UniCredit anunciou nesta segunda-feira (25) uma oferta de cerca de 10 bilhões de euros (equivalente a US$ 10,5 bilhões – R$ 61 bilhões) para adquirir seu concorrente doméstico Banco BPM. A instituição ressaltou que a proposta é independente de sua negociação em andamento para a compra do banco alemão Commerzbank. 

Se concluído, o acordo uniria dois dos maiores bancos da Itália. Em um comunicado divulgado na manhã de segunda-feira, o UniCredit afirmou que está oferecendo 6,657 euros (cerca de R$ 38) por cada ação — um leve prêmio em relação ao preço de fechamento de sexta-feira (22), de 6,644 euros.

A empresa ainda disse que a aquisição, que seria um negócio exclusivamente em ações, permitiria ao banco “fortalecer ainda mais seu papel como um grupo bancário líder pan-europeu.”

Nesta manhã, as ações do UniCredit caíram 1,7%, enquanto as do Banco BPM dispararam 5%.

A notícia segue uma série de anúncios de fusões e aquisições no setor bancário europeu neste ano. O setor tem sido considerado maduro há anos, com o UniCredit, que possui forte posição financeira, frequentemente apontado como um possível comprador.

Em setembro, o UniCredit aumentou sua participação no credor alemão Commerzbank para cerca de 21% e apresentou uma solicitação para aumentar a participação para até 29,9%. No início daquele mês, o banco italiano havia adquirido uma participação de 9%, com metade dessa participação acionária adquirida do governo alemão.

O governo alemão ainda precisa “abençoar” a potencial união, com o chanceler Olaf Scholz afirmando que “ataques hostis e aquisições hostis não são uma coisa boa para os bancos”, em comentários do final de setembro divulgados pela Reuters.

O maior acionista do Commerzbank, a administração de Berlim, mantém uma participação de 12% após resgatar o banco durante a crise financeira de 2008 e vender 4,5% de sua posição inicial no início de setembro. As ações do Commerzbank caíram cerca de 6% nesta segunda-feira.

“É uma surpresa”, disse Kian Abouhossein, chefe de pesquisa de ações de bancos europeus e cobertura global de IB no JP Morgan, ao programa Squawk Box Europe da CNBC. “É improvável que ele [o CEO do UniCredit, Andrea Orcel] consiga realizar ambas as transações ao mesmo tempo. Isso transmite a mensagem de que talvez o Commerzbank seja um pouco mais difícil do que inicialmente esperado.”

No início deste mês, entretanto, o próprio Banco BPM fez uma oferta pela gestora de ativos Anima em um possível acordo de 1,6 bilhão de euros (R$ 9,6 bilhões), e poucos dias depois comprou uma fatia de 5% da estatal Monte dei Paschi di Siena (MPS) .

Em 6 de novembro, o UniCredit divulgou um aumento de 8% no lucro líquido trimestral em relação ao ano anterior para 2,5 bilhões de euros (R$ 15 bilhões), em comparação com uma previsão de 2,27 bilhões de euros (R$ 13 bilhões) relatada pela Reuters. Ele também aumentou sua orientação de lucro líquido para o ano inteiro para mais de 9 bilhões de euros (R$ 54 bilhões), de uma perspectiva anterior de 8,5 bilhões de euros (R$ 51 bilhões). As ações subiram cerca de 55% até agora neste ano.

Abouhossein disse que, mesmo que os acordos do Commerzbank e do Banco BPM fossem escalonados por, por exemplo, nove meses, esse ainda seria um prazo irreal para as transações.

April Roach e Ruxandra Iordache, da CNBC, contribuíram para este artigo.

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