Vendas da Unilever ficam ligeiramente abaixo das expectativas
Publicado qui, 13 fev 2025 • 9:03 AM GMT-0300 | Atualizado há 5 horas
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Publicado qui, 13 fev 2025 • 9:03 AM GMT-0300 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
A gigante de bens de consumo Unilever divulgou, nesta quinta-feira (13), um crescimento de vendas um pouco abaixo do esperado e indicou um início mais fraco para 2025, embora espere que isso se reverta na segunda metade do ano.
A empresa também forneceu uma atualização sobre a separação de sua unidade de sorvetes, que inclui marcas como Ben & Jerry’s e Magnum, informando que a divisão será realizada por meio de uma listagem tripla.
A fabricante dos sabonetes Dove e da maionese Hellmann’s registrou um aumento de 4% nas vendas subjacentes no quarto trimestre, ligeiramente abaixo do aumento de 4,1% projetado em uma estimativa compilada pela empresa.
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As vendas subjacentes do ano completo cresceram 4,2%, em comparação com o consenso dos analistas compilado pela empresa, de 4,3%. Esse crescimento foi liderado por um aumento de 2,9% no volume.
As margens operacionais subjacentes ficaram em 18,4%, em comparação com os 18,3% estimados. Ambos os números estavam dentro das previsões anuais da empresa.
As ações da Unilever caíram 7,1% até às 11h08, horário de Londres.
O CEO Hein Schumacher afirmou à CNBC, na quinta-feira, que o crescimento foi impulsionado pelas 30 chamadas “marcas poderosas” da empresa — que incluem Dove, Comfort, Vaseline e Liquid I.V. — e foram destacadas como um foco central do plano de ação de crescimento da empresa, anunciado em novembro.
“As 30 marcas poderosas cresceram, de fato, à frente da média da empresa novamente no quarto trimestre, com um crescimento de 5,3%”, disse Schumacher a Julianna Tatelbaum.
Ao compartilhar suas perspectivas para 2025, a empresa britânica informou que espera um crescimento de vendas anual dentro da faixa de 3% a 5%, projetada para vários anos. Também mencionou uma “melhora modesta” na margem operacional subjacente, que deverá ser alcançada na segunda metade do ano.
“Estamos vendo os mercados desacelerarem. Esperamos que isso continue no primeiro trimestre. Apesar dos mercados… nosso objetivo é crescer à frente da concorrência. Sinto que foi isso que fizemos em 2024 e queremos fazer o mesmo no primeiro trimestre, mas vemos circunstâncias mais desafiadoras no geral”, afirmou Schumacher.
As empresas de bens de consumo têm enfrentado pressão nos últimos trimestres, com o aumento dos custos dos insumos, que elevou os preços e levou os consumidores a optarem por alternativas de marca própria mais baratas.
No entanto, em entrevista à CNBC na quarta-feira (12), Jon Cox, chefe de ações de consumo europeu da Kepler Cheuvreux, disse que agora parece que as perspectivas para o setor podem estar melhorando.
“Talvez a situação tenha mudado após o que foi um período bastante dramático para o setor de consumo”, disse Cox à CNBC no programa “Street Signs Europe”, na quarta-feira.
“Entrando neste ano, devemos ver um ambiente de preços mais normalizado, mas além disso, muitas dessas empresas estão agora investindo mais no desenvolvimento de novos produtos, inovações maiores e mais ousadas, e, ao mesmo tempo, estão investindo mais em marketing do que antes.”
Cox acrescentou que esses desenvolvimentos poderiam reverter algumas das perdas de participação para produtos de marca própria e acelerar ainda mais o crescimento do volume.
A Nestlé, maior empresa de alimentos embalados do mundo, também divulgou, nesta quinta-feira, um crescimento de vendas anual dentro das expectativas, embora tenha sido inferior ao do ano anterior. A empresa suíça também indicou um aumento nas vendas em 2025, a menos que ocorram desafios macroeconômicos significativos.
Schumacher, da Unilever, reconheceu uma “bifurcação” no mercado consumidor, mas afirmou que a empresa está otimista quanto à recuperação da participação de mercado, especialmente em sua linha de produtos premium.
“Os consumidores, sim, compram valor, mas também tendem a comprar produtos mais premium”, disse ele.
A Unilever, que possui cerca de 400 marcas, está buscando vender várias linhas de alimentos com vendas combinadas de cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,04 bilhão), disse Schumacher ao jornal financeiro holandês FD em dezembro.
Schumacher não mencionou as marcas específicas, mas isso segue um anúncio feito em março de que a Unilever estava desmembrando sua unidade de sorvetes.
Em uma atualização nesta quinta-feira, a empresa informou que a unidade será separada por meio de um desmembramento, com listagens em Amsterdã, Londres e Nova York — as mesmas três bolsas nas quais as ações da Unilever estão atualmente negociadas — e que a separação deve ser concluída até o final de 2025.
“O desmembramento está no cronograma”, disse Schumacher à Julianna Tatelbaum, acrescentando que Amsterdã será a principal bolsa de listagem dos negócios.
Questionado se a Unilever ainda estava considerando a venda de sua unidade de sorvetes, Schumacher disse que a empresa está “absolutamente focada em concluir o desmembramento de maneira bem-sucedida. Esse é o objetivo de todas as nossas ações.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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