‘Joint venture’ entre Volkswagen e montadora de carros elétricos cresce para até R$ 33,4 bi
Publicado 16/11/2024 • 14:44 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 16/11/2024 • 14:44 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
A montadora Rivian prega um estilo de vida aventureiro
Divulgação
A Rivian Automotive, grupo automobilístico especializado em carros elétricos, e o Grupo Volkswagen anunciaram que o tamanho do acordo de ‘joint venture’ (associação temporária entre sociedades) entre as duas empresas aumentou para até US$ 5,8 bilhões (R$ 33,4 bilhões), um aumento em relação ao valor inicialmente previsto de até US$ 5 bilhões (R$ 28,8 bilhões). As duas fabricantes também informaram que os primeiros modelos da Volkswagen, com a tecnologia de software e a arquitetura elétrica da Rivian, devem chegar ao mercado já em 2027.
O aumento do investimento foi explicado pelas empresas como resultado de uma antecipação de capital futuro por parte da Volkswagen, além de mudanças na estrutura do acordo, incluindo um aumento no investimento em ações, de acordo com uma conferência com investidores realizada na terça-feira.
As ações da Rivian tiveram uma alta de mais de 6% durante o pregão após o fechamento do mercado.
Oliver Blume, CEO do Grupo Volkswagen, afirmou em coletiva de imprensa que a montadora alemã planeja usar as tecnologias da Rivian em uma ampla gama de modelos, com diferentes faixas de preço, mercados internacionais e marcas. A integração do software da Rivian começará com a marca Volkswagen, seguida pela Audi e pela futura marca Scout da VW, acrescentou Blume.
Ele ainda mencionou que “carros esportivos” poderiam ser incluídos, embora não tenha especificado qual marca seria responsável por esses veículos. O portfólio de marcas do Grupo Volkswagen inclui também Bentley, Porsche e Lamborghini, entre outras.
“Estamos muito entusiasmados em ver nossa tecnologia sendo integrada a veículos fora da Rivian, e estamos animados com o futuro”, afirmou RJ Scaringe, CEO da Rivian, em comunicado.
Tanto Scaringe quanto Blume destacaram que qualquer plano futuro envolvendo módulos de bateria, produção conjunta de veículos ou compartilhamento de outros componentes de hardware seria considerado adicional ao acordo de joint venture já anunciado.
O nome dessa associação das marcas será Rivian e VW Group Technology, LLC, e o fechamento do acordo está previsto para ocorrer no quarto trimestre de 2024.
Até o momento, a Volkswagen já fez um investimento inicial de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) na forma de uma nota conversível. Com o fechamento da joint venture, a VW deverá investir aproximadamente US$ 1,3 bilhão (R$ 7,4 bilhões) como pagamento por licenças de propriedade intelectual e uma participação de 50%.
O restante do valor, que pode chegar a US$ 3,5 bilhões (R$ 20,1 bilhões), deve ser aportado até 2027, por meio de ações, notas conversíveis e dívidas, com base em marcos claramente definidos pelas duas empresas.
Este acordo foi inicialmente anunciado em junho, quando a Rivian buscava levantar capital adicional para lançar seus novos modelos e preparar a produção de veículos “R2” a partir de 2026.
Scaringe afirmou que o capital da Volkswagen ajudará a Rivian a expandir a produção de seus SUVs menores da linha R2, com início previsto para 2026, na fábrica de Normal, Illinois, nos Estados Unidos.
Além disso, vai contribuir para a produção de uma plataforma de veículos elétricos de porte médio em uma planta na Geórgia, onde a Rivian interrompeu a construção no início deste ano.
A sociedade será liderada por Wassym Bensaid, diretor de software da Rivian, e Carsten Helbing, engenheiro-chefe do Grupo Volkswagen. As empresas informaram que equipes de desenvolvedores e engenheiros de software de ambas as partes farão parte da joint venture, com equipes inicialmente localizadas em Palo Alto, Califórnia, além de três outros centros que estão em desenvolvimento na América do Norte e Europa.
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