Yara inicia produção da primeira amônia renovável do Brasil
Publicado 06/12/2024 • 15:23 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 06/12/2024 • 15:23 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Yara Fertilizantes.
Foto: Reprodução Yara.
A Yara, especializada em nutrição de plantas, é a primeira empresa no Brasil a produzir amônia renovável, um insumo com redução de 75% na pegada de carbono, em comparação ao mesmo produto de matriz energética fóssil.
Isso porque a empresa passa a utilizar o biometano em sua operação, um biogás purificado e originado com resíduos de cana-de-açúcar, que pode substituir o uso do gás natural e dar origem a fertilizantes nitrogenados e soluções industriais com uma menor pegada de carbono.
O Complexo Industrial da Yara em Cubatão (SP) é hoje o maior consumidor de gás natural do Estado de São Paulo e o principal produtor de amônia do país, e já está pronto para trabalhar com o biometano.
“Isso é resultado do conhecimento, inovação e tecnologia da Yara aplicados com foco na descarbonização, e representa um grande marco para a indústria nacional e, principalmente, para o polo de Cubatão, que além de símbolo mundial de recuperação ambiental, agora tem potencial para liderar a transição energética que o Brasil precisa”, afirma Daniel Hubner, vice-presidente de Soluções Industriais da Yara International.
A partir da amônia renovável, a Yara descarboniza parte de sua operação e portfólio e, consequentemente, tem potencial para impactar toda a cadeia que faz uso dos fertilizantes nitrogenados de menor pegada de carbono e de soluções industriais, assim que ela ganhar escala.
“O nitrogênio é utilizado em inúmeras indústrias, incluindo a de alimentos e mineração, assim como no setor de transporte, tanto onshore quanto offshore. Para o agronegócio, o impacto é enorme. Ao combinar esta nova geração de fertilizantes com menor pegada de carbono ao nosso conhecimento agronômico, traremos ainda mais valor para o agricultor – abrindo novos mercados e fontes de receita”, afirma Marcelo Altieri, presidente da Yara Brasil. “Na cadeia do café, por exemplo, a expectativa é de uma
redução de até 40% na pegada de carbono do grão colhido”, diz.
Globalmente, a Yara desenvolve outros projetos de amônia renovável baseados em energias solar e hídrica. No entanto, esta é a principal iniciativa da empresa utilizando o biometano – considerado a base para uma economia circular – já que o Brasil está entre as maiores potências agropecuárias do mundo, o que resulta na produção de uma enorme quantidade de resíduos orgânicos, vital para uma transição energética rápida e justa.
“Nosso país pode desempenhar um papel de destaque no cenário internacional. O planeta não pode esperar, e o Brasil não pode esperar. Precisamos acelerar, ampliar e mudar o foco de metas para incentivos, permitindo que produtos baseados em energias renováveis ganhem escala e se tornem acessíveis e viáveis para todos. Não podemos mais dar passos pequenos e trabalhar de forma isolada. Devemos trabalhar juntos ao longo das cadeias de valor, por meio de parcerias públicas e privadas. Dessa forma, podemos tornar a indústria e a agricultura brasileiras competitivas e sustentáveis”, comenta Daniel Hubner.
Produzido em Piracicaba (SP) a partir da vinhaça, um resíduo da cana-de-açúcar na fabricação de etanol e da torta de filtro, um resíduo da produção de açúcar, o biometano é disponibilizado na rede de distribuição de gás pela Raízen e utilizado pela Yara em seu Complexo Industrial de Cubatão – que já vem reduzindo as emissões de gases do efeito estufa (GEE) com a instalação de uma tecnologia pioneira de catalisadores, que filtram o Óxido Nitroso (N2O – e em projetos de eficiência energética.
Produtos que utilizam captura e armazenamento de carbono (CCS), além das fontes de energia renovável, também farão parte significativa do portfólio da Yara daqui para frente. Comemorando seu 120º aniversário no próximo ano, o objetivo da companhia norueguesa é alcançar a neutralidade de carbono até 2050, além da missão de alimentar o mundo e proteger o planeta continua cada vez mais relevante.
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