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‘Batalha dos ricos’ na final da Libertadores; veja valores do duelo entre Flamengo e Palmeiras
Publicado 20/11/2025 • 07:00 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 20/11/2025 • 07:00 | Atualizado há 3 horas
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Reprodução/X/Flamengo
Flamengo e Palmeiras vão se enfrentar na final em Lima
O Estádio Monumental “U”, em Lima, no Peru, recebe no dia 29 de novembro, às 18h (de Brasília) a final da Libertadores com o capítulo mais valioso da rivalidade interestadual que redesenhou a geopolítica do futebol sul-americano na última década.
Flamengo e Palmeiras decidem a Copa Libertadores de 2025 em um confronto que opõe estilos de gestão distintos, modelos de investimento agressivos e duas das cinco maiores torcidas do Brasil, em uma final que vai decidir o primeiro brasileiro a ser tetracampeão do torneio.
Confira o raio-x econômico detalhado da decisão, mostrando como o dinheiro entrou em campo para formar as potências que vão duelar no Peru:
A disparidade financeira da dupla em relação ao restante do continente é explicada pelo poder de compra e capacidade de pagamento à vista. Desde 2019, Flamengo e Palmeiras quebraram sucessivos recordes de transferência, inflacionando o mercado interno.
Confira as maiores aquisições de cada clube no período (os valores estão convertidos com a cotação da época da contratação):
Palmeiras e Flamengo desembarcam em Lima com os dois elencos mais caros do futebol sul-americano.
O Alviverde apresenta um valor de mercado estipulado em € 212,15 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão, na cotação atual). A folha salarial do clube paulista oscila em torno de R$ 26 milhões mensais, com destaque para atletas como Vitor Roque (R$ 1,9 milhão por mês), Andreas Pereira (R$ 1,7 milhão), Paulinho (R$ 1,6 milhão) e Felipe Anderson (R$ 1,4 milhão + bônus).
A estratégia alviverde foca na mescla entre a base vitoriosa (que tem custo salarial inicial menor, mas alto valor de revenda) e contratações pontuais de alto custo. Nas últimas temporadas, Endrick, Estêvão e Allan são exemplos de jogadores formados dentro do clube que se destacaram dentro de campo.
Já o Rubro-Negro tem o elenco avaliado em € 195,5 milhões (R$ 1,2 bilhão), com uma folha salarial que supera os R$ 36 milhões mensais (o maior valor do continente). Os principais destaques são Jorginho (R$ 2,9 milhões), Alex Sandro (R$ 1,8 milhão), Bruno Henrique (R$ 1,8 milhão) e Saúl (R$ 1,4 milhão).

O clube mantém uma estratégia de retenção de talentos que inflaciona a folha, mas preserva o valor técnico e de mercado do ativo a longo prazo.
No acumulado dos últimos cinco anos (2020-2025), as duas equipes ultrapassam a marca de R$ 1,5 bilhão investidos apenas na aquisição de direitos federativos, um montante que supera o orçamento anual de qualquer outro clube brasileiro.
A Conmebol pagará ao vencedor da final a quantia recorde de US$ 24 milhões (R$ 127,9 milhões), enquanto o vice vai receber mais US$ 7 milhões (R$ 37,17 milhões). Somado às cotas acumuladas nas fases de grupos e mata-mata, o campeão da Libertadores encerrará o torneio com uma receita de premiação superior a US$ 33 milhões (R$ 175,2 milhões).
Até o momento, o Palmeiras já recebeu US$ 10,23 milhões (R$ 54,32 milhões) em premiações na competição, enquanto o Flamengo faturou US$ 9,57 milhões (R$ 50,82 milhões). A pequena diferença se deve às duas vitórias que os paulistas conquistaram a mais que os cariocas na fase de grupos da competição.
Este valor representa a maior premiação nominal paga por uma confederação a um clube na história do futebol mundial em uma única competição anual, superando proporcionalmente até torneios europeus em termos de ROI (Retorno sobre Investimento).
Financeiramente, a temporada de 2025 já garantiu receitas extraordinárias independentemente do resultado de sábado. Pela participação garantida no Super Mundial de Clubes FIFA, estima-se que cada clube tenha recebido uma cota de entrada de € 50 milhões (R$ 308 milhões).
No cenário nacional, ambos disputam o título do Brasileirão ponto a ponto, cuja premiação para o campeão é projetada em R$ 50 milhões, o que mitiga o impacto financeiro das eliminações precoces de ambos na Copa do Brasil.
O clube que vencer a Libertadores deverá fechar o exercício fiscal de 2025 com faturamento bruto superior a R$ 1,5 bilhão, estabelecendo um novo patamar para o futebol latino.
Além da premiação da Conmebol, o campeão aciona gatilhos contratuais com seus patrocinadores máster (Sportingbet para o Palmeiras e Betano para o Flamengo). Estima-se que esses bônus por performance esportiva girem entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões imediatos, entrando diretamente no caixa como receita de marketing.
Os ingressos para a final única foram precificados pela Conmebol e disponibilizados nos últimos dias. Os valores variam de US$ 95 (R$ 504,45) nas categorias destinadas às equipes (Norte e Sul) a US$ 320 (R$ 1.699,20) nas tribunas centrais (Oeste), com os ingressos intermediários (Leste) sendo vendidos a US$ 200 (R$ 1.062).
A Conmebol projeta uma arrecadação bruta de US$ 8 milhões (R$ 42,4 milhões), considerando a venda total dos 80 mil lugares do Estádio Monumental, a maior capacidade disponível para uma final única até hoje.
No Brasil, Flamengo e Palmeiras sustentaram os tickets médios mais caros da temporada, explorando a fidelidade de seus programas de sócio. O Palmeiras operou com ticket médio de aproximadamente R$ 85 no Allianz Parque, enquanto o Flamengo manteve média próxima a R$ 70 no Maracanã, gerando as duas maiores rendas brutas anuais do país.
Para a final em Lima, o mercado paralelo está aquecido: sites de revenda registram ingressos sendo negociados por até US$ 1.000 (R$ 5.310) devido ao esgotamento quase instantâneo da carga oficial dos clubes.
A logística para Lima impôs uma barreira financeira significativa para grande parte dos torcedores.
Passagens aéreas diretas ou com escalas, que custavam em média R$ 2.500 em dias normais, saltaram para a faixa de R$ 8.000 a R$ 12.000 imediatamente após a definição dos finalistas, devido à aplicação de tarifas dinâmicas e à baixa oferta de voos diretos do Brasil para o Peru.
A rede hoteleira de Lima, operando com 95% de ocupação, reajustou diárias de US$ 80 (R$ 424) para médias de US$ 300 (R$ 1.593).
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Final da Libertadores 2025: quanto custa assistir a um jogo no camarote?
O custo total estimado para um torcedor brasileiro assistir ao jogo in loco oscila entre R$ 10.000 e R$ 15.000 (englobando aéreo, hospedagem, ingresso, deslocamento local e alimentação).
O valor é nominalmente superior ao registrado na final da Libertadores de 2024 em Buenos Aires, onde, além da menor distância, a desvalorização cambial argentina favoreceu o turista brasileiro, e assemelha-se aos custos proibitivos da final de 2022 em Guayaquil, reforçando o caráter elitizado do formato de jogo único.
A final deve injetar cerca de US$ 75 milhões (R$ 398,2 milhões) na economia de Lima, segundo projeções do Ministério de Comércio Exterior e Turismo (Mincetur) do país. O montante engloba gastos diretos em turismo, transporte, gastronomia e varejo.
Em comparação, a final de 2019 (Flamengo x River Plate), também em Lima, gerou um impacto de US$ 62 milhões (ajustado pela inflação), impulsionada pelo ineditismo do formato ‘final única’ e pela gigantesca massa de torcedores argentinos que viajaram em caravanas, dinâmica menos comum para os brasileiros.
A projeção do Mincetur estima um gasto médio de US$ 1.000 (R$ 5.310) por turista, valor maior do que os US$ 794 (R$ 4.216,1) registrados em 2019
A final de 2024 em Buenos Aires (Botafogo x Atlético-MG) teve impacto menor, estimado em US$ 40 milhões, reflexo da crise argentina. Lima 2025 recupera o volume financeiro em moeda forte devido à estabilidade do Sol peruano e ao alto poder de consumo das classes A e B das torcidas envolvidas.
O confronto pela Libertadores marca também o duelo das duas maiores casas de apostas atuantes no mercado regulado brasileiro.
O Palmeiras é patrocinado pela Sportingbet, com contrato assinado neste ano e que rende cerca de R$ 100 milhões anuais fixos aos cofres alviverdes, além de bonificações e adicionais que podem chegar a R$ 70 milhões.
Já Flamengo exibe a marca da Betano, detentora do maior contrato de patrocínio máster da história do futebol nacional, avaliado em R$ 220 milhões anuais, além de bonificações agressivas.

Além dos valores fixos repassados aos clubes, a exposição de marca na final é o principal ativo buscado. O jogo será transmitido para mais de 150 países.
As empresas investiram em ações de marketing em Lima, montando Fan Zones e promovendo ativações com influenciadores, disputando a atenção do consumidor em um mercado de apostas que deve movimentar mais de R$ 500 milhões em volume total de apostas apenas com este evento único, um recorde para o setor no Brasil.
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