Fifa confirma Arábia Saudita como sede da Copa do Mundo de 2034
Publicado 11/12/2024 • 14:14 | Atualizado há 6 meses
Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos
Musk volta a atacar projeto de Donald Trump: ‘Eliminem a conta’
OpenAI alcança 3 milhões de assinantes corporativos e lança novos recursos para o ambiente de trabalho
Jim Cramer: chips da Nvidia podem dar vantagem aos EUA na guerra comercial com a China
IA, comércio e meias de R$ 120: por dentro do South by Southwest em Londres
Publicado 11/12/2024 • 14:14 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
A Arábia Saudita vai sediar a Copa do Mundo de 2034, confirmando sua influência crescente no esporte — apesar das críticas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11) pelo presidente do Congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino, por meio de videoconferência.
A Arábia será o segundo país do Oriente Médio a sediar a competição após o Qatar em 2022. A decisão de concentrar a edição na Ásia ou Oceania foi anunciada em 2023, com apoio da Confederação Asiática de Futebol à candidatura saudita.
O processo de escolha não foi unânime. A Federação Norueguesa de Futebol criticou a Fifa, classificando o processo de candidatura como “falho e inconsistente”.
Ao mesmo tempo, a Fifa confirmou que Marrocos, Espanha e Portugal serão os anfitriões conjuntos da Copa do Mundo de 2030, com três partidas também programadas para acontecer na América do Sul. “Aumentamos o alcance do futebol para mais países, sem comprometer a qualidade. Pelo contrário, isso amplia as oportunidades”, disse Infantino.
A candidatura saudita foi aprovada por aclamação durante a reunião das 211 associações nacionais membros da Fifa, sem concorrentes.
“É um dia de orgulho, de celebração, um dia em que convidamos o mundo inteiro para a Arábia Saudita”, disse Abdulaziz bin Turki bin Faisal al Saud, ministro do Esporte saudita. “Nossa intenção é realizar uma versão extraordinária da Copa do Mundo”.
No entanto, houve condenação imediata de grupos de direitos humanos, que alegaram que conceder o torneio ao país coloca em risco a vida de trabalhadores da construção civil e representa “um momento de grande perigo”.
A Fifa invocou seu princípio de rodízio entre continentes, o que restringiu as candidaturas de 2034 a países da Ásia ou da Oceania.
A organização inédita do torneio de 2030 envolverá três confederações continentais: Europa, África e América do Sul. Já a próxima edição, em 2026, será a primeira com 48 equipes e ocorrerá na América do Norte.
Controversamente, a Fifa deu aos potenciais candidatos apenas um mês para apresentarem suas candidaturas no ano passado.
Austrália e Indonésia rapidamente desistiram, deixando a Arábia Saudita como única candidata, pavimentando o caminho para o retorno da Copa à região do Golfo, pouco tempo após o Catar sediar o evento em 2022.
O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, governante de fato da Arábia Saudita, tem usado o esporte para aumentar sua influência global e melhorar a imagem do país. Críticos, porém, afirmam que ele utiliza o esporte para “lavar a imagem” do histórico de direitos humanos do reino.
A escolha da Arábia Saudita como sede reacende debates sobre direitos humanos, assim como ocorreu dois anos atrás.
“Somos inclusivos e não discriminatórios, e buscamos gerar impacto social positivo”, afirmou Gianni Infantino, presidente da Fifa, em seu discurso de encerramento.
“Estamos cientes das críticas e preocupações, e confio totalmente em nossos anfitriões para abordar todas as questões pendentes e entregar uma Copa do Mundo que atenda às expectativas.”
Infantino também destacou que “melhorias sociais e impactos positivos nos direitos humanos” são responsabilidades de quem organiza o torneio.
Grupos de direitos humanos denunciam execuções em massa, acusações de tortura e restrições às mulheres sob o sistema de tutela masculina na Arábia Saudita, além de limitações severas à liberdade de expressão.
A Anistia Internacional e outras 20 organizações emitiram uma declaração conjunta criticando a decisão da Fifa. “Com base em evidências claras, a Fifa sabe que trabalhadores serão explorados e até morrerão sem reformas fundamentais na Arábia Saudita, mas decidiu seguir em frente, independentemente disso”, disse Steve Cockburn, chefe de Direitos Trabalhistas e Esporte da Anistia.
A edição de 2030 marcará o centenário da primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai – o país sediou o primeiro Mundial em 1930. Por isso, a candidatura conjunta de Marrocos, Espanha e Portugal incluirá um jogo no país sul-americano, além de partidas na Argentina e Paraguai.
A Fifa já havia confirmado há mais de um ano que a proposta liderada por Marrocos, Espanha e Portugal era a única concorrente para 2030, após o abandono de outras candidaturas.
Quatro países sul-americanos lançaram uma candidatura conjunta em 2019, defendendo que o torneio do centenário fosse realizado inteiramente no continente onde começou.
Marrocos substituiu a Ucrânia como parceiro de Espanha e Portugal, enquanto a América do Sul aceitou ceder espaço em troca de sediar três jogos.
Após essas “celebrações do centenário”, no inverno do hemisfério sul, as seis equipes envolvidas viajarão para a Europa para disputar o restante do torneio.
A Espanha, que sediou a Copa do Mundo de 1982, deve ser o principal palco do evento, com 11 dos 20 estádios propostos.
O Marrocos, após cinco tentativas fracassadas de sediar o torneio, se tornará o segundo país africano a organizar a competição, depois da África do Sul em 2010.
Possíveis locais para a final em 21 de julho incluem o Santiago Bernabéu, em Madri, o Camp Nou renovado, em Barcelona, e o planejado Estádio Hassan II, entre Casablanca e Rabat, com capacidade para 115 mil pessoas.
Mais lidas
Brasil espera declarar fim de surto de gripe aviária em aves comerciais em 18 de junho, diz Fávaro, da Agricultura
Donald Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos
Ministério interrompe produção no Ceará da 2ª maior fabricante de Coca-Cola do Brasil
Revisão de isenções tributárias é vista como principal alternativa para alta do IOF
SBT corta investimento em plataforma de streaming e acaba com mais dois canais