O Flamengo apresentou os números do primeiro ano da gestão do presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap, com destaque para uma receita recorde de R$ 2,1 bilhões em 2025. Até então, o maior faturamento da história do clube havia sido registrado em 2023, com R$ 1,3 bilhão. Em 2024, a arrecadação foi de R$ 1,28 bilhão.
O resultado superou em cerca de 30% a previsão orçamentária, que estimava receitas de R$ 1,6 bilhão. Segundo a diretoria, o desempenho foi impulsionado por um novo contrato de patrocínio master, vendas de atletas e metas esportivas superadas ao longo da temporada.
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Em agosto, o clube anunciou acordo com a Betano, considerado o maior patrocínio master do futebol brasileiro. O contrato prevê pagamento de R$ 268,5 milhões por ano e inclui, além do futebol profissional masculino e feminino, modalidades olímpicas, vôlei, basquete e ações de conteúdo na FlamengoTV.
No campo esportivo, o Flamengo superou as metas traçadas no planejamento. O clube havia projetado terminar o Campeonato Brasileiro entre os dois primeiros colocados e chegar à semifinal da Libertadores, mas acabou conquistando os dois títulos.
As vendas de jogadores também ficaram bem acima do esperado. A projeção inicial era arrecadar R$ 228 milhões, mas o valor final se aproximou de R$ 545 milhões. Entre as principais negociações estão Wesley, vendido à Roma por 25 milhões de euros; Gerson, negociado com o Zenit pelo mesmo valor e Alcaraz, transferido ao Everton por 15 milhões de euros.
Com esse desempenho, o Flamengo encerrou o ano com caixa livre de R$ 218 milhões, ante expectativa de R$ 161 milhões. O indicador representa os recursos disponíveis após o pagamento de despesas operacionais, como salários e impostos.
Para 2026, a diretoria sinaliza uma postura mais conservadora em relação a negociações de atletas. “A gente não precisa vender. Vamos manter o elenco e reforçar o que for necessário, mas precisamos reduzir a idade média para sustentar um calendário de 60 a 70 partidas por ano”, afirmou Bap durante a apresentação.
O presidente também atualizou informações sobre o novo estádio do clube. Segundo ele, foi renegociado com a prefeitura um prazo maior para o cumprimento das obras de contrapartida no entorno do terreno, adquirido ainda na gestão anterior, de Rodolfo Landim. Além disso, o Flamengo buscou apoio da Fundação Getulio Vargas para revisar o projeto e reduzir o custo estimado de R$ 3 bilhões para R$ 2,2 bilhões.
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Na avaliação de riscos, a gestão destacou o avanço das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) no Brasil. O clube projeta que, em 2029, pode ser a única associação entre os participantes do Campeonato Brasileiro. Segundo o material apresentado, a entrada de capital externo amplia a pressão por eficiência máxima na gestão.
Bap também citou como riscos potenciais mudanças regulatórias que afetem direitos de transmissão, tributação e apostas esportivas, além da possibilidade de ingresso de recursos ilegais no futebol e da ausência de uma reforma estatutária que impeça gestões consideradas pouco responsáveis.
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