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Super Bowl: marcas pagam até US$8 milhões por 30 segundos no evento mais assistido do ano

Publicado 06/02/2025 • 08:12 | Atualizado há 5 meses

Jaqueline Neves, do Times Brasil

Quando Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles entrarem em campo no Super Bowl LIX, no dia 9 de fevereiro, em Nova Orleans, a disputa não acontecerá apenas dentro das quatro linhas. Fora do gramado, as maiores marcas do mundo estarão em uma competição à parte, disputando a atenção de mais de 200 milhões de espectadores com comerciais cada vez mais ousados e custosos.

A Publicidade no Super Bowl: Um Investimento Bilionário

O Super Bowl é o evento televisivo mais assistido dos Estados Unidos e um dos mais assistidos globalmente. Com essa visibilidade incomparável, o preço da publicidade atinge patamares recordes: o custo de um comercial de 30 segundos no Super Bowl LIX varia entre US$ 7 e 8 milhões (cerca de R$ 47 milhões). Algumas marcas também desembolsaram até US$ 4,5 milhões por espaços comerciais no pré-jogo, segundo a Variety.

Em um momento em que o streaming fragmenta a audiência e a publicidade digital desafia a televisão tradicional, o Super Bowl se firma como um dos últimos grandes bastiões da propaganda de massa. Como disse Mark Evans, vice-presidente executivo de vendas de publicidade da Fox Sports, em entrevista à CNBC: “Estamos em um período em que eventos esportivos ao vivo são ainda mais cobiçados. Ainda há espaço para crescimento”.

Celebridades e Estratégias de Marketing de Alto Impacto

Com um investimento tão alto, os anunciantes sabem que cada segundo precisa causar impacto. Para isso, recorrem a estratégias que vão desde o uso de celebridades de renome até teasers e campanhas multiplataforma.

Entre os comerciais mais aguardados deste ano, destacam-se:

  • Budweiser: A marca lançou um teaser de 15 segundos intitulado “Something Big is Coming”, sugerindo um comercial de alto impacto emocional.
  • Dunkin’: Os irmãos Ben e Casey Affleck se unem a Jeremy Strong em um comercial que promete humor e autenticidade.
  • Bud Light: Post Malone e Shane Gillis dão sequência à parceria com a marca, trazendo elementos de entretenimento e continuidade.
  • Hellmann’s: Billy Crystal e Meg Ryan recriam a icônica cena de “Harry e Sally – Feitos um para o Outro”, agora com Sydney Sweeney.
  • Uber Eats: Dois comerciais estrelados por grandes nomes: Matthew McConaughey como Mike Ditka e uma parceria inusitada entre Martha Stewart e Charli XCX.
  • FanDuel: Peyton e Eli Manning reforçam a conexão entre esportes e apostas esportivas em um comercial repleto de humor.
  • Michelob Ultra: Willem Dafoe e Catherine O’Hara entram na febre do pickleball, reforçando a tendência esportiva.
  • Taco Bell: Doja Cat invade os bastidores da marca para garantir sua participação.
  • Stella Artois: David Beckham busca seu “irmão gêmeo perdido”.
  • Squarespace: Barry Keoghan enfrenta o estresse de criar um site para seu burro.
  • Hims & Hers: A marca aposta no segmento de bem-estar com foco na perda de peso.
foto: redes Hellmann´s

O Impacto no Mercado Publicitário e nos Negócios

A eficiência desses comerciais é comprovada por pesquisas: um estudo da Ipsos mostrou que 80% dos telespectadores assistem aos comerciais do Super Bowl, e 11% afirmam que só assistem ao jogo por conta dos anúncios.

Para as marcas, o Super Bowl representa um momento-chave para construção de marca, reforço de identidade e ampliação do alcance. Empresas de alimentos, bebidas, tecnologia e serviços financeiros dominam a grade de anúncios, aproveitando o evento para consolidar produtos e lançar novidades.

Apesar do alto custo, os retornos podem ser massivos. Análises indicam que campanhas bem-sucedidas no Super Bowl podem gerar um impacto publicitário que se prolonga por semanas, alcançando audiências globais por meio de compartilhamentos nas redes sociais e discussões na mídia.

O Futuro dos Comerciais do Super Bowl

A tendência é que os comerciais do Super Bowl se tornem cada vez mais integrados a estratégias digitais, com ativações em redes sociais e colaborações com influenciadores antes, durante e depois do evento.

Além disso, o crescimento do streaming e a fragmentação da audiência podem levar a novas abordagens na comercialização dos espaços publicitários. O streaming do jogo pelo Tubi, plataforma da Fox, já é um indício dessa transição.

Independentemente das transformações no mercado, uma coisa é certa: enquanto o Super Bowl continuar sendo o maior evento esportivo dos Estados Unidos, seus comerciais continuarão a ser um dos investimentos publicitários mais cobiçados e comentados do mundo dos negócios.

Juliana Colombo

Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.

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