Decisão do Carrefour de sair da B3 é um ‘ganha-ganha’ para empresa e acionistas, analisa economista

O economista Roberto Troster avaliou como positiva a decisão do Carrefour de deslistar sua operação brasileira da B3. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC nesta sexta-feira (16), Troster destacou que a medida representa um “ganha-ganha” tanto para a empresa quanto para os acionistas.

“A empresa reduz custos, simplifica a governança e ganha eficiência. Já o investidor poderá ter ações de uma empresa maior, com menos volatilidade local e exposição em euros”, explicou.

O especialista também ressaltou que a baixa liquidez dos papéis na bolsa brasileira foi um dos principais fatores que motivaram a decisão, além de citar movimentos semelhantes feitos por outras empresas, como EDP e AES Brasil.

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“Você não tem um mercado com o dinamismo desejado. Centralizar tudo lá fora simplifica a vida da empresa e, nesse caso, também beneficia o investidor”, disse.

Para os acionistas, o economista comentou sobre a possibilidade de conversão total das ações brasileiras em papéis da matriz francesa, em vez de optar pelo recebimento em dinheiro.

“É uma diversificação inteligente. A Europa tem boas perspectivas de crescimento, diferentemente do Brasil, que ainda enfrenta juros altos, inadimplência e crédito travado. Trocar por ações lá fora é uma boa escolha, a um preço justo”, disse.

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