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Bitcoin dispara em 2024, mas especialistas alertam para volatilidade

Publicado 11/01/2025 • 14:13

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A criptomoeda mais famosa do mundo registrou um crescimento de cerca de 125% ao longo do ano, encerrando 2024 valendo aproximadamente US$ 94 mil.
  • A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos impulsionou a valorização, com a expectativa de políticas desregulamentadoras que favorecem o mercado cripto.
  • A BlackRock, gigante da gestão de ativos, sugere que uma alocação de 1% a 2% em Bitcoin é "razoável" para investidores que aceitem o risco de quedas rápidas de preço.
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O preço do Bitcoin disparou em 2024, mas especialistas alertam que é preciso cautela antes de embarcar em compras por impulso.

Apesar do desempenho, as criptomoedas, por sua volatilidade extrema, devem ocupar uma pequena fatia no portfólio de investimentos — no máximo 5%, segundo analistas financeiros.

A criptomoeda mais famosa do mundo registrou um crescimento de cerca de 125% ao longo do ano, encerrando 2024 valendo aproximadamente US$ 94 mil.

No mesmo período, o índice S&P 500 subiu 23%, enquanto o Nasdaq cresceu 29%. A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos impulsionou a valorização, com a expectativa de políticas desregulamentadoras que favorecem o mercado cripto.

Outro fator foi a aprovação, pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, dos primeiros ETFs que investem diretamente em Bitcoin e Ethereum, facilitando o acesso de investidores de varejo.

Riscos para Bitcoin permanecem altos

Por outro lado, especialistas alertam para a volatilidade das criptomoedas.

Desde 2015, o Bitcoin foi quase cinco vezes mais instável que ações de empresas americanas, e o Ethereum, cerca de dez vezes mais. Amy Arnott, estrategista da Morningstar, reforça: “Altos retornos vêm com altos riscos”.

Para ela, limitar a exposição a 5% do portfólio é prudente — e, em muitos casos, ignorar criptomoedas pode ser a decisão mais sensata.

BlackRock defende alocação moderada

A BlackRock, gigante da gestão de ativos, sugere que uma alocação de 1% a 2% em Bitcoin é “razoável” para investidores que aceitem o risco de quedas rápidas de preço. Um exemplo citado é que uma alocação de 2% em Bitcoin representa 5% do risco total de uma carteira tradicional 60/40. Ao aumentar para 4%, esse risco sobe para 14%.

Já a Vanguard, concorrente da BlackRock, adota outra abordagem. Em nota, afirmou que considera criptomoedas mais uma especulação do que um investimento devido à falta de fluxo de caixa e valor econômico intrínseco.

Estratégia de longo prazo

Para quem decide investir, especialistas recomendam estratégias de compra gradual, como o “dollar-cost-averaging”, que consiste em adquirir pequenas parcelas ao longo do tempo, reduzindo a exposição a grandes oscilações.

Também é indicado manter a alocação por um período mínimo de 10 anos, assim como outros ativos financeiros.

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