Ações de montadoras de veículos caem com tarifas globais de Trump em vigor
Publicado 09/04/2025 • 08:55 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 09/04/2025 • 08:55 | Atualizado há 1 uma semana
KEY POINTS
Gigantes automotivas europeias ampliam perdas após entrada em vigor das tarifas globais de Trump
Picture Alliance | Picture Alliance | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
As gigantes do setor automotivo europeu recuaram nesta quarta-feira (10), ampliando perdas recentes com a entrada em vigor das tarifas globais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — incluindo uma taxa de impressionantes 104% sobre a China.
As novas medidas comerciais de Trump, que começaram a valer às 5h do horário de Londres, incluem uma tarifa de 20% sobre a União Europeia (UE), 24% sobre o Japão e 49% sobre o Camboja.
Essas tarifas “recíprocas” serão aplicadas separadamente e não se somam às tarifas automotivas já existentes nos EUA, segundo a S&P Global.
Na quinta-feira passada, a administração Trump impôs uma tarifa de 25% sobre todos os carros estrangeiros importados pelos EUA. A Casa Branca afirmou que também pretende tarifar peças automotivas até, no máximo, 3 de maio.
As ações da fornecedora francesa de autopeças Valeo caíram 5,5% nesta quarta-feira, ficando entre os piores desempenhos do índice pan-europeu Stoxx 600. Na Alemanha, Volkswagen, Mercedes-Benz Group e BMW chegaram a cair até 3% antes de reduzir as perdas, com a BMW renovando sua mínima em 52 semanas.
Na Ásia, a japonesa Nissan caiu 7% e a Toyota, 2,6%.
Analistas alertam que as montadoras alemãs devem ser as mais expostas às medidas tarifárias dos EUA. “As tarifas são um golpe especialmente para os fabricantes alemães, que exportam centenas de milhares de unidades para os EUA anualmente (749 mil em 2024) e produzem muitos carros nos EUA com peças europeias”, disse Rico Luman, economista sênior de transporte e logística do banco holandês ING, à CNBC por e-mail.
“É difícil contornar essas tarifas, e elas parecem permanecer por um tempo, então as montadoras terão de se adaptar, repensando preços, portfólio e fábricas”, completou.
O Ministério das Relações Exteriores da China reagiu nesta quarta-feira prometendo tomar medidas “resolutas e vigorosas” para proteger seus próprios interesses.
A escalada da guerra comercial deve ter um impacto profundo na indústria automotiva global, especialmente por conta da alta globalização das cadeias de suprimento e da dependência das operações de manufatura na América do Norte.
Desde que as tarifas de Trump entraram em vigor, montadoras anunciaram aumentos de preços, sobretaxas de importação, suspensão de embarques, paralisações de fábricas e até demissões.
Luman disse ainda que, apesar da queda nas vendas de veículos nos EUA prejudicar os fabricantes alemães — já afetados por desafios complexos —, a situação “ainda não parece dramática”. Para ele, “a China é ainda mais importante e o mercado interno precisa de mais atenção. O foco será reforçar a competitividade e vender mais na Europa, além de desenvolver outros mercados.”
Exposição tarifária
“BMW e Mercedes estão entre os maiores exportadores de veículos dos EUA em valor, portanto são os mais expostos às tarifas de retaliação entre as montadoras europeias”, afirmou Rella Suskin, analista de ações da Morningstar, à CNBC por e-mail.
Ela acrescentou que ambas podem enfrentar tarifas duplas sobre veículos produzidos no México e no Canadá. No entanto, segundo a analista, “a maioria dos modelos fabricados no México ou no Canadá pode ser facilmente substituída por veículos importados da Europa, que enfrentam somente a tarifa automotiva global de 25%”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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