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CNBC Risco de recessão não desapareceu apesar da redução das tarifas, afirma economista-chefe global do Morgan Stanley

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Dólar recua em linha com exterior após rebaixamento dos EUA e fecha a R$ 5,65

Publicado 19/05/2025 • 19:20 | Atualizado há 3 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • O rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Moody's, reflexo do endividamento crescente da maior economia do mundo, diminuiu o apetite por ativos norte-americanos e beneficiou divisas emergentes.
  • Embora o real tenha apresentado desempenho inferior nesta segunda-feira aos de pares latino-americanos, operadores afirmam que as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando a expectativa de manutenção de taxa de juros alta por período prolongado, contribuem para ancorar a taxa de câmbio.
Notas de dólar

Notas de dólar

Pixabay

O dólar apresentou queda moderada na sessão desta segunda-feira (19), em linha com o comportamento da moeda norte-americana no exterior. O rebaixamento do rating dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Moody’s, reflexo do endividamento crescente da maior economia do mundo, diminuiu o apetite por ativos norte-americanos e beneficiou divisas emergentes.

Embora o real tenha apresentado desempenho inferior nesta segunda-feira aos de pares latino-americanos, operadores afirmam que as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçando a expectativa de manutenção de taxa de juros alta por período prolongado, contribuem para ancorar a taxa de câmbio.

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O que o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s afeta os americanos

Afora uma alta moderada nas primeiras horas de negócios, quando o petróleo recuava mais de 1%, a moeda norte-americana operou em baixa no restante da sessão.

Com máxima a R$ 5,6913 e mínima a R$ 5,6339, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,25%, a R$ 5,6552. Em maio, recua 0,38%. No ano, as perdas são de 8,49%.

A liquidez foi bem moderada, típica de início de semana, o que sugere ausência de alterações relevantes de posições por parte de investidores. Os temores ficais relacionados a possível pacote de estímulos para recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que provocaram estresse no mercado cambial no fim da semana passada, ficaram nesta segunda-feira em segundo plano.

O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, afirma que o rebaixamento da classificação do risco americano pela Moody’s na última sexta-feira, de Aaa para Aa1, somando ao receio de desaceleração da economia dos EUA em razão das incertezas provocadas pelo vaivém das tarifas de Trump, tira parte da atratividade do dólar.

“Obviamente, o real está surfando hoje essa perspectiva de um dólar um pouco mais fraco em relação a todas as moedas após o rebaixamento do rating. Os investidores estão mais reticentes com os EUA, o que abre espaço para alocação maior em ativos emergentes”, afirma Veloni.

O índice DXY – que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisa fortes, em especial euro e iene – recuava cerca de 0,70% no fim da tarde, ao redor dos 100,300 pontos, com mínima aos 100,064 pontos. Entre pares do real, os maiores ganhos foram do peso chileno, seguido pelo peso colombiano. No ano, o Dollar Index cai mais de 7%.

Incerteza para o mercado

O economista Vladimir Caramaschi, sócio-fundador da +Ideas Consultoria Econômica, lembra que a Moody’s foi a última das três agências de classificação de risco a rebaixar os EUA. Caramaschi ressalta que a agência alterou a expectativa para a nota americana de negativo para estável, o que sugere que não haverá novo rebaixamento no curto prazo.

“A decisão traz impactos limitados para os ativos, dado que as fragilidades dos EUA já são conhecidas”, afirma Caramaschi. “Ainda assim, ela ocorre em um momento de grande incerteza para o mercado e de questionamento sobre a manutenção e o alcance do papel do dólar como moeda de reserva”.

Investidores também monitoram a tramitação de pacote fiscal administração Trump, que estende redução de imposto adotada em 2017 e promove cortes adicionais, observa Caramaschi. Aprovado no comitê de Orçamento da Câmara dos Representantes, pode ir ao plenário ainda nesta semana.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta segunda-feira, em live, que o dólar deve manter seu papel de referência no comércio internacional por um bom tempo, embora seja razoável imaginar que negociações bilaterais entre países vão se tornar mais frequentes.

David reiterou que o regime de câmbio brasileiro é flutuante e afirmou que “não existe um nível de câmbio que faça o Banco Central ter vontade de comprar ou de vender” dólares.

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