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Dólar recua para R$ 5,40 e fecha no menor nível em mais de um ano

Publicado 03/07/2025 • 18:45 | Atualizado há 6 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Operadores relatam possível entrada de fluxo para a bolsa e para a renda fixa domésticas
  • A liquidez mais reduzida, na véspera do feriado de 4 de julho nos EUA, onde os mercados estarão fechados deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a transações pontuais.

Após rondar a estabilidade ao longo da tarde, o dólar à vista se firmou em baixa na última hora de negócios, encerrando a sessão desta quinta-feira (3) em queda de 0,28%, a R$ 5,4050, perto da mínima do dia (R$ 5,4040). Trata-se do menor valor de fechamento desde 24 de junho (R$ 5,3904).

Operadores relatam possível entrada de fluxo para a bolsa e para a renda fixa domésticas. A liquidez mais reduzida, na véspera do feriado de 4 de julho nos EUA, onde os mercados estarão fechados deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a transações pontuais.

Dados fortes do mercado de trabalho americano esfriaram as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve já neste mês, levando ao fortalecimento do dólar ante pares, como o euro e o iene, e à alta das taxas dos Treasuries. Boa parte das divisas emergentes, contudo, subiu em relação ao dólar, apoiada pela valorização de commodities, como o minério de ferro, na esteira de dados positivos da economia chinesa.

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“O real e o peso mexicano se fortaleceram com provável entrada de recursos. No Brasil, vimos isso nitidamente na bolsa, que teve um dia muito bom, quase atingindo os 141 mil pontos. E temos um carrego muito positivo para a moeda”, afirma o economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa, que vê continuidade do movimento de giro global de carteiras em favor de emergentes.

Analistas apontam que, apesar da postergação do corte de juros pelo Fed, a redução de temores de recessão nos EUA estimula o apetite ao risco, o que favorece outras moedas. Outro ponto é a perspectiva de que a administração de Donald Trump firme acordos comerciais com seus principais parceiros antes de 9 de julho, prazo final para retorno das tarifas recíprocas.

“Nos últimos dias, começou uma história de que o Fed poderia cortar os juros agora em julho. Mas com o mercado de trabalho forte e dados ok de serviços, o Fed tem tempo para avaliar os efeitos das tarifas na atividade e na inflação”, afirma o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima.

O relatório de emprego (payroll) mostrou geração de 147 mil vagas em junho nos EUA, acima da mediana de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (110 mil). Houve queda surpreendente da taxa de desemprego (de 4,2% para 4,1%) e aumento do salário médio por hora, embora abaixo do estimado pelo mercado.

Já o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM), subiu de 49,9 em maio para 50,8 em junho, pouco abaixo das previsões (51). Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade.

O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou hoje que “há espaço para esperar antes de mexer na política monetária”, diante do ambiente de incertezas em torno das tarifas e da política fiscal americana. A Câmara dos Representantes aprovou hoje o projeto de lei orçamentária de Trump, que pode resultar em aumento de US$ 3 trilhões no déficit americano.

Lima, da Western, afirma que, mesmo com a postergação do corte de juros pelo Fed, o quadro é de continuidade da perda de força global do dólar, embora de maneira mais gradual. Ele ressalta que o índice DXY – que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes – já caiu mais de 10% neste ano.

“Com crescimento menor dos EUA e diversificação de portfólios, o processo de enfraquecimento do dólar em relação às demais moedas vai continuar. O real deve se beneficiar desse movimento”, afirma Lima, acrescentando que o Brasil ainda tem uma taxa de juros “extremamente atrativa”.

A XP Investimentos reduziu sua projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano, de R$ 5,80 para R$ 5,50. A economista Luíza Pinese afirma que o real se beneficiou ao longo do primeiro semestre da depreciação global do dólar, da “postura rápida e incisiva” do Banco Central no processo de alta de juros e da “expectativa de reformas fiscais a partir de 2027”, após as eleições presidenciais de 2026.

“Acreditamos que esse cenário permanecerá. No entanto, riscos persistem. É possível haver alguma reversão na desvalorização global do dólar se as incertezas geopolíticas voltarem a se intensificar. No Brasil, persistem riscos fiscais que podem tornar a dinâmica da dívida pública insustentável”, afirma a economista da XP, em relatório, acrescentando que “o balanço de pagamentos não está tão saudável como no passado recente”.

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