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Ibovespa B3 tem queda de quase 4 mil pontos; dólar sobe

Publicado 16/12/2025 • 18:18 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • O Ibovespa B3 teve um dia de forte correção e recuou 2,41%, aos 158.568 pontos, devolvendo parte dos ganhos recentes.
  • O pregão foi marcado por aversão ao risco, realização de lucros e leitura cautelosa da ata do Copom.
  • O movimento foi generalizado, com pressão maior sobre ações ligadas à economia doméstica e ao mercado de capitais, em meio à incerteza sobre o início do ciclo de cortes da Selic.
Movimentação na Bolsa de Valores, B3, no centro de São Paulo, em 14 de maio de 2025.

CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Ibovespa

O Ibovespa B3 teve um dia de forte correção e recuou 2,41%, aos 158.568 pontos, devolvendo parte dos ganhos recentes em um pregão marcado por aversão ao risco, realização de lucros e leitura cautelosa da ata do Copom.

O movimento foi generalizado, com pressão maior sobre ações ligadas à economia doméstica e ao mercado de capitais, em meio à incerteza sobre o início do ciclo de cortes da Selic.

Entre os pesos-pesados, B3SA3 caiu 4,58%, refletindo o ajuste nas expectativas de juros, enquanto Cosan (CSAN3) recuou 6,10%, acompanhando a queda do petróleo no exterior. O setor de aviação teve desempenho misto: GOL (GOLL54) avançou 3,08%, enquanto Azul (AZUL4) cedeu 1,19%, em um dia ainda marcado por elevada volatilidade no segmento.

Também pesaram no índice as quedas de Intelbras (INTB3) e Tronox (CRPG3), ambas com perdas de dois dígitos.

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Na ponta positiva, ações menos correlacionadas ao ciclo doméstico se destacaram. Baumer (BALM3) subiu 9,18%, Grazziotin (CGRA3) avançou 5,09%, e Metalúrgica Gerdau (GOAU3) ganhou 4,92%, ajudando a limitar uma queda ainda mais intensa do índice.

Ainda assim, o dia foi marcado por vendas mais amplas, com o Ibovespa VIX permanecendo em patamar elevado, refletindo maior percepção de risco.

O pano de fundo do mercado foi a ata do Copom, que reconheceu a desinflação em curso e sinais iniciais de moderação no mercado de trabalho, mas manteve um discurso vigilante, com alerta fiscal e a indicação de juros elevados por um período bastante prolongado. A leitura dividiu o mercado: parte dos analistas ainda vê espaço para cortes em janeiro, enquanto outros empurram o início do afrouxamento para março ou abril, o que aumentou a volatilidade dos ativos locais.

Dólar avança e chega a R$ 5,46

O dólar avançou 0,73%, negociado a R$ 5,46, em linha com a queda das commodities e a demanda sazonal por moeda estrangeira para remessas de fim de ano.

A alta também refletiu o clima defensivo nos mercados domésticos, apesar do recuo da divisa americana frente a alguns pares no exterior.

Investidores seguem atentos aos próximos dados de inflação e emprego nos Estados Unidos e à evolução das expectativas sobre os juros no Brasil, que continuam sendo o principal vetor para câmbio e ativos locais.

Análise

Na leitura da Galapagos Capital, o mercado de trabalho americano segue em um processo gradual de enfraquecimento, mas ainda distante de um quadro de crise que justificaria novos cortes de juros no curto prazo.

Segundo a economista-chefe Tatiana Pinheiro, os dados mais recentes do payroll mostraram recuperação em novembro, impulsionada pelo setor privado, após as distorções causadas pelo shutdown do governo. “Os dados de novembro foram melhores do que o esperado, com criação líquida de vagas puxada pelo setor privado, especialmente em construção civil, educação e serviços”, afirma.

Ainda assim, a avaliação estrutural é mais cautelosa: “Quando a gente olha o ano inteiro, o emprego cresceu basicamente via vagas part-time, enquanto o emprego full-time teve demissão líquida, o que é uma fotografia clássica de um mercado de trabalho enfraquecido”.

Tatiana ressalta que esse quadro ajuda a explicar a sinalização mais dura do Federal Reserve após o último corte de juros. “O mercado de trabalho está enfraquecendo, mas não a ponto de justificar a continuidade dos cortes no começo do ano, ainda mais com a inflação acima da meta de 2%”, diz.

Para a economista, o próprio mercado já precifica uma pausa prolongada: “As probabilidades de corte em janeiro, março e abril são baixas, e só em junho o mercado passa a ver uma chance mais relevante de redução dos juros”.

No Brasil, a avaliação é que o ciclo de política monetária seguirá guiado majoritariamente por fatores domésticos. “A decisão do Copom vai depender muito mais da desaceleração da atividade e da queda da inflação aqui dentro do que do que o Fed fizer lá fora”, conclui.

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