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CNBC Empresas da Europa soam alarme com impacto de tarifas enquanto correm por acordo com os EUA

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Cautela com Trump e minério derrubam Ibovespa, mesmo com alta em NY e Europa

Publicado 24/07/2025 • 12:36 | Atualizado há 1 dia

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Incertezas sobre negociação entre Brasil e EUA impedem o Ibovespa de acompanhar alta das bolsas em NY e Europa.
  • Cautela de estrangeiros e queda do minério pressionam ações ligadas à exportação e à indústria pesada.
  • Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros deve entrar em vigor em 1º de agosto e já afeta o apetite por risco.
B3 - Ibovespa

Centro de operações da B3

Divulgação

O Ibovespa/B3 opera em queda na metade desta quinta-feira (24), pressionado por incertezas sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos e pela queda no preço do minério de ferro na China, mesmo com o cenário positivo nos mercados globais.

Às 12h25, o índice recuava 0,92%, aos 134.126 pontos, após atingir mínima de 133.647 pontos. No dia anterior, havia fechado em alta de 0,99%.

Apesar da alta das bolsas europeias e dos índices em Nova York, impulsionadas pela expectativa de acordo comercial entre os Estados Unidos e União Europeia, o mercado brasileiro não acompanha o otimismo global. Por aqui, persiste o temor de que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente Donald Trump, entre em vigor em 1º de agosto sem avanços diplomáticos.

“É um momento crítico para o Brasil. Não há visibilidade sobre uma solução no curto prazo, e isso pesa no apetite por risco”, afirma João Piccioni, CIO da Empiricus Asset.

Pressão sobre exportadoras

A tensão comercial afeta principalmente empresas exportadoras, como mineradoras e siderúrgicas, além de todo o setor de commodities. O minério de ferro caiu 0,55% em Dalian, o que ajudou a puxar o Ibovespa para baixo. Enquanto isso, o petróleo Brent subia até 1,36%, impulsionado pelo cenário internacional mais otimista.

“Se o tarifaço se confirmar, o impacto pode ser amplo. Afeta exportações, enfraquece os setores mais relevantes da B3 e compromete o fluxo estrangeiro”, analisa Charo Alves, da Valor Investimentos.

Embora os efeitos diretos das tarifas possam ser limitados inicialmente, os impactos indiretos – como a retração do comércio global e o aumento da aversão ao risco – já são sentidos nos mercados emergentes, com destaque negativo para o Brasil.

Cautela no exterior e agenda esvaziada no Brasil

No exterior, os mercados reagem à possibilidade de trégua tarifária entre EUA e Europa, após acordo recente entre Washington e Tóquio. O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas nesta manhã, como esperado, enquanto investidores acompanham os balanços de big techs como Tesla, IBM, Alphabet e Intel, além dos PMIs preliminares dos EUA.

No Brasil, a agenda econômica está esvaziada, com destaque apenas para a arrecadação federal de junho, que somou R$ 234,59 bilhões, alta real de 6,62% sobre junho de 2024 — número próximo ao teto das projeções do mercado.

Enquanto isso, o governo brasileiro tenta construir uma estratégia de resposta à política comercial americana. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que ele, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, e o chanceler Mauro Vieira estão elaborando cenários para fazer frente à medida.

Mesmo assim, o clima entre os investidores segue de expectativa e retração, à medida que o fluxo estrangeiro que sustentava o Ibovespa começa a diminuir.

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