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Bolsas disparam e dólar cai após Powell indicar corte de juros nos EUA

Publicado 22/08/2025 • 13:38 | Atualizado há 2 horas

Allan Ravagnani

KEY POINTS

  • Powell sinaliza maior peso dos dados de emprego nas decisões do Fed, reforçando apostas de corte de juros em setembro.
  • Dólar cai frente ao real e outras moedas, refletindo movimento global de enfraquecimento após expectativas de redução dos juros nos EUA.
  • Analistas veem espaço para revisões nas projeções da Selic no Brasil, diante da combinação de dólar fraco e juros em queda no exterior.
Operadores trabalham em frente a um quadro exibindo o gráfico do índice de ações alemão DAX na bolsa de valores de Frankfurt am Main, oeste da Alemanha, em 7 de abril de 2025. Os mercados em todo o mundo despencaram depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na semana passada novas tarifas abrangentes, incluindo uma taxa de 20% sobre as exportações da União Europeia. O índice DAX, o índice de ações bluechip das maiores empresas da Alemanha, chegou a cair 10% na manhã de segunda-feira, 7 de abril de 2025, antes de se recuperar ligeiramente e registrar queda de 5,3% às 09h45 GMT. (Foto de Daniel ROLAND / AFP)

Operadores trabalham em frente a um quadro exibindo o gráfico do índice de ações alemão DAX na bolsa de valores de Frankfurt am Main, oeste da Alemanha, em 7 de abril de 2025.

Daniel Roland/AFP

O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, nesta sexta-feira (22), provocou forte reação nos mercados. Ao admitir a possibilidade de reduzir os juros na reunião de setembro, mesmo sem se comprometer com a decisão, Powell desencadeou movimento de alta nas bolsas e queda do dólar frente ao real.

Às 13h23, o dólar comercial recuava 1,01%, cotado a R$ 5,422. A moeda chegou a abrir em leve alta, mas inverteu o sinal pouco antes da fala de Powell e ampliou perdas na sequência. O Ibovespa, por sua vez, opera em forte alta, acumulando valorização de 2,11% no mesmo horário, aos 137.319 pontos.

Em Nova York, os principais índices acionários também avançaram após o discurso em Jackson Hole, refletindo a expectativa majoritária de corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros norte-americana, atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano.

O índice Dow Jones avança quase 2% e chega a máxima histórica do índice. S&P500 e Nasdaq Composite também sobem e se aproximam das máximas.

Gráfico aponta máxima histórica do DJIA – Fonte: google finance

O mercado de derivativos, medido pela ferramenta CME FedWatch, precifica 91% de probabilidade para a redução e 9% para manutenção.

Para o economista Maykon Rodrigues, a fala de Powell reforça a leitura de que o mercado de trabalho americano passou a ganhar maior peso nas decisões do Fed. “O payroll de julho pode ter sido um turning point para o que os diretores pretendem fazer. Na ata, a maioria do Comitê enxergava que os riscos altistas sobre a inflação eram maiores que os riscos baixistas sobre o emprego. A fala de hoje cita uma assimetria menor, haja vista que esses riscos para o mercado de trabalho estão aumentando devido a um pior equilíbrio entre oferta e demanda”, avaliou.

Rodrigues pondera, no entanto, que o cenário ainda exige cautela. “Mantenho a visão de que há boas chances de que o repique inflacionário causado pelas tarifas possa surpreender para cima nos próximos meses, e que, portanto, seria mais prudente reforçar a cautela do que contratar uma queda de juros no curtíssimo prazo. No entanto, o discurso de Powell vem mais dovish e sugere um peso maior para os dados de emprego a serem vistos até a reunião de setembro”, disse.

Impacto no Brasil

Analistas ressaltam que a combinação de dólar enfraquecido e perspectiva de juros menores nos EUA pode levar a revisões nas projeções de Selic no Brasil.

“O dólar é movimentação externa, não interna. Mais uma vez: não é o real que está forte, é o dólar que está fraco. Os juros nos EUA despencam na perspectiva de cortes por lá e o efeito está sendo imediato nas moedas mundiais”, afirmou André Perfeito, economista.

Ele destacou que, às 11h28, o dólar caía 0,59% contra o real, 0,55% contra o peso mexicano e 0,74% frente ao DXY, cesta de moedas de economias industriais. “O conjunto de dólar fraco e juros em queda nos EUA abre espaço para revisões nas projeções de Selic dos economistas no Focus, algo que pode acontecer já nas próximas semanas. Uma vez que isso acontecer, o Copom inicia os cortes de juros no país”, disse.

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