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Em discurso, presidente do Fed sinaliza corte de juros em setembro, mas alerta para riscos na inflação e desemprego
Publicado 22/08/2025 • 11:43 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 22/08/2025 • 11:43 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, enviou nesta sexta-feira (22) o sinal mais forte até agora de que o banco central americano pode iniciar em breve uma nova rodada de cortes de juros.
Em discurso no tradicional simpósio anual de Jackson Hole, realizado pelo Fed de Kansas City, Powell afirmou que a “balança de riscos” na economia dos Estados Unidos começou a mudar. Segundo ele, os custos de financiamento estão pesando, o mercado de trabalho dá sinais de enfraquecimento e as pressões inflacionárias continuam, mas parecem contidas.
“Esse equilíbrio pode justificar o ajuste da nossa posição de política monetária”, disse Powell, em sua última participação no evento como presidente do Fed.
Minutos antes de Powell iniciar sua fala, o índice Ibovespa/B3 passou a subir com maior vigor e o dólar a cair.
Às 11h30 (Brasília), o principal índice da bolsa brasileira subia 2% e dólar caia quase 1%, para R$ 5,43. Nos EUA, a índice Dow Jones Industrial Average avança quase 2% e chega a máxima histórica do índice.
O dirigente destacou a desaceleração recente na criação de empregos mensais, mas ponderou que ainda não está claro se o movimento decorre da menor demanda das empresas ou da queda na oferta de trabalhadores, após as restrições à imigração impostas pelo governo Trump.
Powell classificou a situação como um “curioso equilíbrio” e alertou: “Os riscos de queda para o emprego estão aumentando. E, se se materializarem, podem aparecer rapidamente na forma de demissões em massa e alta do desemprego.”
Apesar de reconhecer o arrefecimento dos riscos de preços, Powell voltou a afirmar que a inflação continua elevada. Ele minimizou, no entanto, o impacto persistente das tarifas comerciais aplicadas pelo governo Trump, avaliando que devem provocar apenas uma “mudança pontual no nível de preços”.
A projeção dos analistas antes da fala de Powell apontavam para corte de juros na próxima reunião do Fed, marcada para setembro.
A sinalização, no entanto, é de que os ajustes deverão ser graduais.
Powell frisou que a política monetária está hoje apenas “moderadamente restritiva” e que o objetivo é chegar a uma taxa “neutra”, que não acelere nem desacelere a economia.
O discurso aconteceu em meio a ataques da Casa Branca ao Fed. Nesta semana, o presidente Donald Trump pediu a renúncia da diretora Lisa Cook, após acusações de suposta falsificação de documentos bancários antes de sua nomeação para o Fed — caso que foi encaminhado pelo órgão regulador de habitação ao Departamento de Justiça.
O presidente americano faz reiteradas críticas à política monetária e ao presidente Jerome Powell em sua rede social “Truth”.
Depois do discurso, o mercado passou a ‘apostar’ em um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião do FOMC (comitê federal de mercado aberto), em 17 de setembro. Agora, como mostra o gráfico abaixo, 91% acredita no corte, enquanto 9% espera pela manutenção da taxa entre 4,25% e 4,50% ao ano.
O mercado de derivativos nos EUA usa contratos chamados Fed Funds Futures, negociados na CME Group (Chicago Mercantile Exchange). Esses contratos refletem as expectativas dos investidores sobre qual será a taxa efetiva dos Fed Funds em datas futuras, ou seja, qual será a decisão de juros do Federal Reserve (Fed).

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