Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Nos EUA, fase de alta rotatividade nos empregos fica para trás
Publicado 25/12/2024 • 16:54 | Atualizado há 8 meses
Sam Altman, da OpenAI, diz que EUA subestimam avanço da China em inteligência artificial
Depois de reunião com Zelensky, Trump diz que vai ligar para Putin: ‘Se tudo correr bem, teremos uma reunião trilateral’
Modi anuncia corte de impostos e anima economia indiana em meio à tensão com tarifas de Trump
Assessor de Trump, Peter Navarro, critica compras “oportunistas” de petróleo russo pela Índia
Investidores esperam que a guerra na Ucrânia possa terminar em breve; especialistas dizem que não há uma “solução rápida”
Publicado 25/12/2024 • 16:54 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
O mercado de trabalho dos EUA passou por uma transformação significativa.
Unsplash.
Nos últimos anos, o mercado de trabalho dos EUA passou por uma transformação significativa, saindo de um período de alta rotatividade de empregados para um cenário de pouca movimentação.
O que era chamado de “grande renúncia” em 2021 e 2022 deu lugar ao que alguns economistas, agora, denominam “grande permanência” – um mercado de trabalho com baixos índices de contratações, demissões e poucos pedidos de demissão.
“A turbulência do mercado de trabalho na era da pandemia está cada vez mais ficando para trás”, afirma Julia Pollak, economista-chefe do ZipRecruiter.
Com a reabertura da economia dos EUA após a pandemia de Covid-19, os empregadores competiam intensamente para contratar. As vagas de emprego alcançaram níveis históricos, o desemprego caiu para o patamar mais baixo desde os anos 1960, e os salários cresceram em ritmo acelerado, resultado da disputa por talentos.
Em 2022, mais de 50 milhões de trabalhadores pediram demissão nos EUA, atraídos por melhores oportunidades. No entanto, esse mercado aquecido foi esfriando gradualmente.
Segundo Allison Shrivastava, economista do site Indeed, a taxa de pedidos de demissão, que atingiu um pico em 2022, está agora “abaixo do nível pré-pandemia”. Além disso, o ritmo de contratações caiu para o nível mais baixo desde 2013, com exceção do início da pandemia, enquanto as demissões permanecem baixas historicamente.
Essa combinação – menos demissões e mais pessoas mantendo seus empregos – sugere que “os empregadores estão retendo sua força de trabalho, enquanto os funcionários permanecem em seus postos atuais”, afirma Shrivastava.
Uma das razões para essa mudança é o chamado “efeito cicatriz” entre os empregadores, de acordo com Julia Pollak. Empresas que enfrentaram dificuldades para contratar e reter trabalhadores nos últimos anos agora hesitam em demitir.
Além disso, a redução no número de vagas disponíveis nos EUA também contribui para a diminuição dos pedidos de demissão, já que os trabalhadores têm menos confiança em encontrar uma nova posição. Essa dinâmica está ligada, em grande parte, às medidas do Federal Reserve, que aumentou as taxas de juros entre 2022 e 2023 para conter a alta inflação.
Com o aumento do custo do crédito, muitas empresas reduziram suas expansões e novos empreendimentos, freando as contratações. Apesar de o Federal Reserve ter começado a reduzir as taxas de juros em setembro, a instituição indicou que pretende agir com cautela em cortes futuros.
De forma geral, os especialistas acreditam que o mercado de trabalho está se estabilizando, embora ainda carregue as lições dos choques recentes. “A ‘Grande Permanência’ oferece aos trabalhadores empregados uma segurança inédita no emprego”, diz Pollak.
No entanto, aqueles que estão à procura de uma vaga – como recém-formados ou profissionais insatisfeitos com seus papéis atuais – podem enfrentar dificuldades. Pollak recomenda ampliar o escopo das buscas e investir em novas habilidades para superar os desafios do mercado.
Mais lidas
99 processa Keeta por suposta concorrência desleal e violação de marca no Brasil
Compra do Master pelo BRB é essencial para o setor bancário
EXCLUSIVO: Presidente do BRB diz que, com aquisição do Banco Master, conglomerado deve atingir '25 milhões de clientes e R$ 225 bilhões em ativos em 5 anos'
Times Square é esvaziada após investigação de pacote suspeito
“Mais três eventos estão confirmados com o Financial Times até 2026”, antecipa VP de marketing do Times | CNBC