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Publicado 24/01/2025 • 14:59
KEY POINTS
O Imposto de Renda 2025 já começa a movimentar a atenção de milhões de brasileiros.
As expectativas de mudanças na tabela não se concretizaram ainda, mas pequenos ajustes podem provocar substancial impacto econômico.
Por isso, é fundamental entender como essas alterações podem afetar tanto o planejamento financeiro individual quanto as contas públicas do país.
Neste guia, explicaremos as principais informações sobre o Imposto de Renda 2025: quem deve declarar, as isenções, os prazos e as expectativas mais relevantes. Além disso, vamos esclarecer algumas das principais dúvidas dos contribuintes sobre o tributo.
Fique atento às regras e aproveite para organizar sua declaração com antecedência, evitando erros e garantindo o cumprimento das suas obrigações fiscais.
A tabela do Imposto de Renda é o principal instrumento para calcular o valor devido de tributos com base nos rendimentos de cada contribuinte.
Para 2025, ela permanece com as mesmas faixas de cálculo e alíquotas já praticadas em anos anteriores, sem correções pela inflação.
Atualmente, estão isentos do pagamento do imposto de renda os contribuintes que possuem rendimentos mensais de até R$ 2.259,20, enquanto as demais faixas seguem escalonadas com alíquotas progressivas.
Confira a tabela completa:
Base de Cálculo Mensal (R$) | Alíquota (%) | Parcela a Deduzir do IR (R$) |
Até R$ 2.259,20 | Isento | 0 |
De R$ 2.259,21 a R$ 2.828,65 | 7,5% | R$ 169,44 |
De 2.826,66 a R$ 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 | 22,5% | R$ 662,77 |
Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% | R$ 896,00 |
Com essas faixas, o imposto de renda continua sendo calculado de forma progressiva, o que significa que o percentual aumenta conforme os rendimentos do contribuinte.
No entanto, a ausência de ajustes pode fazer com que a inflação e o aumento do salário mínimo ampliem a base de contribuintes no orçamento de 2025, afetando principalmente as pessoas de menor renda.
No fim de setembro, o governo encaminhou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 ao Congresso Nacional sem a correção da tabela do imposto de renda, o que deve beneficiar a arrecadação para o ano que vem.
No fim do ano, o salário mínimo de 2025 foi reajustado para R$ 1.518,00, valor R$106,00 maior do que o de 2024, correspondente a um reajuste de 7,5%.
Diante dessas informações, temos:
Na prática, o governo conseguirá aumentar a receita esperada para 2025 com o tributo.
Para o professor Ecio Costa, isso pode ser positivo, já que o governo vem tendo dificuldades com a redução de despesas.
Para ele, se o governo promovesse uma política de redução de gastos, poderia ter atingido o déficit zero ou um superávit e, assim, condições de fazer o reajuste da tabela de imposto de renda e o aumento da faixa de isenção para atender famílias mais pobres.
“O governo não tem conseguido fazer a implantação e muitas vezes nem é desejo mesmo de parte dele seguir adiante com uma política de redução de despesas. Precisa arrecadar cada vez mais e não corrigir a tabela do imposto de renda é uma alternativa para isso”, afirma.
Para Alessandra Brandão, sócia da área tributária do Marcelo Tostes Advogados, esse contexto reflete o dilema de administrar a economia brasileira.
Segundo ela, não corrigir a tabela do imposto de renda é “profundamente injusto”, pois leva pessoas de baixa renda a pagarem um imposto que compromete sua subsistência.
“Do ponto de vista da justiça fiscal, isso é inadmissível, especialmente considerando que essas pessoas enfrentam dificuldades para atender às necessidades básicas.
O equilíbrio entre aliviar a carga tributária dos mais pobres e garantir receitas para custear o gasto público é crucial para que a economia avance de forma justa e eficiente”, diz.
Esse cenário vem levantando questionamentos sobre a necessidade de reformar as regras do IR.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou recentemente que a reforma do imposto de renda ficará apenas para o ano que vem. Na sua visão, há muitas “distorções” para serem corrigidas.
O tema divide opiniões, e envolve também a questão da reforma tributária, em discussão no Senado Federal.
O Ministério da Fazenda estuda alternativas para cumprir a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e garantir a isenção de tributo para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Além disso, o ministro deixou claro que a reforma tem de ser neutra, do ponto de vista arrecadatório – não pode ter perda ou ganho de arrecadação a fim de resolver um problema de déficit fiscal.
Alessandra Brandão, do Marcelo Tostes Advogados, relembra que o nosso sistema atual traz distorções como as pessoas com maiores rendimentos pagam proporcionalmente menos impostos do que as pessoas que recebem menos.
A especialista explica que isso ocorre porque a progressão das alíquotas atinge uma faixa limitada de rendimentos, e a alíquota máxima de 27,5% é aplicada tanto para quem ganha R$ 10 mil quanto para quem ganha R$ 100 mil reais por mês, por exemplo.
“Contudo, para quem ganha 10 mil, essa porcentagem pesa mais no orçamento do que para quem ganha 100 mil, pois a pessoa de menor renda fica com menos dinheiro disponível após a tributação”, diz.
Ecio Costa, professor titular de Economia da UFPE e consultor de empresas, acredita ser pouco provável que a reforma do IR realmente prossiga no ano que vem – e menos ainda em 2026, que é o ano de eleição.
“Acho que ela impacta não só a população em geral como os próprios membros do Congresso e altos escalões”, afirma.
Para Costa, o Brasil possui atualmente uma carga tributária muito elevada, e que uma reforma do IR é mais provável de acontecer após uma reforma tributária sobre o consumo entrar em vigor.
O próprio ministro Haddad declarou que em 2024, a prioridade do governo ficou para a reforma tributária, que abriu as portas para “corrigir distorções” do imposto sobre o consumo.
“Quando você olha nos rankings feitos para comparar os países, o Brasil é número um em dificuldade e burocracia para se calcular e pagar impostos sobre produção e consumo. Então, é importante essa reforma”, afirma o professor.
O impacto nas contas do governo com o aumento da faixa de isenção deve ser significativo, já que abrange algo em torno de 15,8 milhões de brasileiros, incluindo empregados, autônomos, aposentados e pensionistas, lembram os especialistas.
“Embora o IRPF represente cerca de 10-12% da arrecadação total, uma isenção desse porte ainda teria impacto relevante em um contexto de déficit fiscal persistente, que já se arrasta há mais de uma década.
Qualquer medida que reduza a arrecadação e aumente o déficit pode pressionar a taxa de juros e prejudicar a economia”, afirma Alessandra.
Considerando, portanto, que a reforma nas alíquotas do IR não acontecerão em 2025, será que tivemos mudanças relevantes de um ano para o outro?
Para 2025, as mudanças no Imposto de Renda 2025 refletem somente a continuidade de discussões sobre uma possível reforma tributária, mas sem alterações significativas nas regras vigentes até o momento.
A tabela do IR não foi corrigida para acompanhar a inflação, o que aumenta a pressão sobre contribuintes de menor renda devido ao reajuste do salário mínimo, que passará para R$ 1.509.
Além disso, há expectativa de que novas propostas sejam debatidas no Congresso, especialmente para ampliar a faixa de isenção de imposto de renda em 2026, atualmente limitada a rendimentos mensais de até R$ 2.824,00.
Como apontado anteriormente, embora promessas de campanha apontassem para uma isenção de até R$ 5 mil, essa mudança ainda não foi implementada.
Outra alteração que merece menção é o aumento da fiscalização eletrônica pela Receita Federal, com maior cruzamento de dados para evitar inconsistências nas declarações.
Por isso, é importante acompanhar as atualizações e revisar todos os dados antes de enviar sua declaração.
O Imposto de Renda 2025 deve ser pago por contribuintes que atingem critérios definidos pela Receita Federal em relação a rendimentos, bens e atividades econômicas. Confira as principais situações:
É essencial verificar se você se enquadra em alguma dessas situações para evitar multas e manter-se em dia com suas obrigações fiscais.
A isenção de imposto de renda em 2025 é aplicável a contribuintes que se enquadrem em condições específicas. Entre os casos mais comuns de isenção estão:
Apesar da isenção, contribuintes que se enquadram em outras hipóteses, como a realização de operações na Bolsa de Valores, podem ser obrigados a declarar. Por isso, é essencial verificar as regras antes de assumir que está isento.
No Imposto de Renda 2025, incluir dependentes na declaração pode trazer deduções importantes, reduzindo a base de cálculo e o imposto devido. A Receita Federal estabelece critérios claros sobre quem pode ser considerado dependente:
É fundamental reunir documentos que comprovem as condições de dependência para evitar inconsistências na declaração.
A declaração do Imposto de Renda 2025 deve ser enviada entre 15 de março e 31 de maio de 2025. É crucial respeitar esse período para evitar multas, que começam em R$ 165,74 e podem chegar a 20% do imposto devido.
Preparar-se com antecedência é fundamental.
Organize documentos como informes de rendimentos, recibos de despesas dedutíveis (educação, saúde, etc.), além de informações sobre bens e direitos.
Contribuintes que não enviarem a declaração no prazo podem ficar com o CPF irregular, impedindo operações como empréstimos, abertura de contas e até viagens internacionais.
Por isso, monitore o calendário, reúna os documentos necessários e, se necessário, conte com o auxílio de um contador para garantir uma declaração sem erros.
O Imposto de Renda 2025 levanta diversas dúvidas entre os contribuintes, especialmente com mudanças nas regras e expectativas de reforma tributária.
Questões como a obrigatoriedade de declarar, os valores que precisam ser pagos e as condições de isenção são comuns durante o período de declaração.
A seguir, respondemos a algumas das perguntas mais frequentes para ajudar você a entender melhor suas obrigações fiscais.
Você não precisa declarar se teve rendimentos tributáveis abaixo de R$ 30.639,90 no ano-base 2024 ou caso se enquadre em outra condição de isenção.
Sim, quem recebe 2 salários mínimos (R$ 3.036,00) ultrapassa o limite de isenção atual, que é de R$ 2.824,00, e estará sujeito à tributação em 2025, se as regras não forem alteradas.
Com base na tabela vigente, quem ganha R$ 6.000 mensais têm a incidência da alíquota de 27,5%. Para realizar o cálculo, é preciso considerar eventuais dependentes e deduções, não sendo possível precisar o valor devido a título do tributo.
Suponha que o contribuinte não conta com deduções, como dependentes ou pensões. A parcela a deduzir, conforme a tabela, é de R$ 896,00 (desconto simplificado).
Assim, basta calcular o imposto devido em relação à alíquota de 27,50%. Confira:
Remuneração mensal: R$ 6.000,00;
Desconto: R$ 896,00;
Base para cálculo: R$ 6.000,00 x 27,5% = R$ 1.650,00
Valor do imposto de renda mensal devido (R$ 1.650,00 – R$ 896): R$ 754,00
O Imposto de Renda 2025 exige atenção especial por parte dos contribuintes, já que mudanças na tabela e nas regras de isenção podem impactar diretamente o planejamento financeiro.
Entender quem precisa declarar, como calcular os valores e os prazos para envio são passos fundamentais para evitar multas e inconsistências fiscais.
Com possíveis alterações previstas para os próximos anos, acompanhar as atualizações e buscar orientação adequada pode fazer toda a diferença.
O Times Brasil está aqui para ajudar você a navegar por esse tema com clareza e segurança.
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