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Saúde

‘Transferir a produção farmacêutica para os EUA levaria de 8 a 10 anos’, diz especialista

Publicado 09/05/2025 • 12:43 | Atualizado há 9 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • De acordo com Raimundo, caso as tarifas se mantenham, o Brasil pode se beneficiar como uma ponte comercial entre grandes produtores de insumos e os mercados sul-americanos.
  • Segundo ele, a intenção dos Estados Unidos parece ser atrair novamente a indústria farmacêutica para dentro do país. No entanto, Raimundo afirma que esse tipo de mudança não acontece rapidamente.
  • Sobre a dependência brasileira de insumos, Raimundo ressaltou que o país ainda é bastante vulnerável:

Cerca de 90% dos ingredientes ativos usados na produção de medicamentos, especialmente genéricos, vêm da China e da Índia

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Os Estados Unidos impuseram tarifas sobre medicamentos importados, incluindo genéricos produzidos com insumos farmacêuticos da China e da Índia. A medida pode afetar o Brasil, já que o país é altamente dependente dessas importações para a produção de remédios.

Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, nesta sexta-feira (9), Matheus Raimundo, Head de Inteligência de Mercado do Grupo AMR Saúde, comentou os possíveis impactos da decisão americana.

Segundo ele, a intenção dos Estados Unidos parece ser atrair novamente a indústria farmacêutica para dentro do país. No entanto, Raimundo afirma que esse tipo de mudança não acontece rapidamente.

“Quando falamos desse tipo de transição, é necessário entender que o processo é muito mais complexo do que parece. Levar toda essa cadeia de produção de insumos farmacêuticos para os EUA pode levar de oito a dez anos. Claro que alguns efeitos são sentidos antes, mas a real transição leva tempo”, explicou.

Ele também comentou sobre as possíveis consequências para o Brasil. De acordo com Raimundo, caso as tarifas se mantenham, o Brasil pode se beneficiar como uma ponte comercial entre grandes produtores de insumos e os mercados sul-americanos.

Leia também: O remédio vai ficar mais caro hoje? Entenda o reajuste e quais medicamentos ficam de fora

“Existe uma expectativa de que o Brasil possa se beneficiar dessa mudança. O país mantém boas relações com China e Índia, e isso pode posicioná-lo como um hub de distribuição na América do Sul. Poderíamos ampliar as exportações para países como Argentina e Paraguai. Por outro lado, isso também pode enfraquecer as indústrias farmacêuticas nacionais, caso não haja investimentos locais”, disse.

Sobre a dependência brasileira de insumos, Raimundo ressaltou que o país ainda é bastante vulnerável.

“O Brasil é altamente dependente da importação de insumos farmacêuticos. Cerca de 90% dos ingredientes ativos usados na produção de medicamentos, especialmente genéricos, vêm da China e da Índia. Isso reforça a necessidade de investimentos em produção nacional, algo que pode atrair o olhar de investidores nos próximos anos”, avaliou.

Ele também afirmou que o Brasil importa medicamentos dos Estados Unidos, mas em proporção muito menor que os volumes vindos da Ásia.

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