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Abu Dhabi lança modelo de IA de baixo custo para desafiar OpenAI e DeepSeek
Publicado 09/09/2025 • 19:41 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 09/09/2025 • 19:41 | Atualizado há 5 horas
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Divulgação
Um novo competidor entrou na disputa global pela inteligência artificial.
A Universidade Mohamed bin Zayed de Inteligência Artificial (MBZUAI), criada pelos Emirados Árabes Unidos e voltada para pesquisas em IA, anunciou nesta terça-feira (9) o lançamento de um novo modelo de raciocínio de baixo custo, para enfrentar OpenAI e DeepSeek.
O anúncio ocorre após o laboratório chinês DeepSeek surpreender o mundo no início deste ano ao lançar o modelo de raciocínio R1, que, segundo a empresa, supera o desempenho da OpenAI, mas custa muito menos para treinar.
Com apenas 32 bilhões de parâmetros, o K2 Think da MBZUAI é bem menor do que os sistemas concorrentes da OpenAI e da DeepSeek. Ele foi desenvolvido a partir do modelo open source Qwen 2.5, da Alibaba, e roda em equipamentos fornecidos pela fabricante de chips de IA Cerebas.
Para efeito de comparação, o R1 da DeepSeek possui 671 bilhões de parâmetros — basicamente, variáveis que um modelo de linguagem de IA aprende para entender e gerar textos. A OpenAI não divulga quantos parâmetros seus modelos utilizam.
O K2 Think foi criado em parceria com a G42, empresa de IA dos Emirados Árabes que conta com o apoio da Microsoft. Os pesquisadores garantem que o modelo entrega desempenho tão bom quanto os principais sistemas de raciocínio da OpenAI e da DeepSeek — mesmo ocupando bem menos espaço.
Entre os testes citados estão os benchmarks AIME24, AIME25, HMMT25 e OMNI-Math-HARD (focados em matemática), o LiveCodeBenchv5 (para programação) e o GPQA-Diamond (para ciência).
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Hector Liu, diretor do Instituto de Modelos Fundamentais da MBZUAI, explicou à CNBC que a equipe do K2 Think alcançou alto desempenho utilizando diversas estratégias.
Entre elas estão o ajuste supervisionado com raciocínio em cadeia — método que ensina o modelo a pensar passo a passo — e o chamado “test-time scaling”, que melhora o desempenho ao destinar mais recursos computacionais na hora de colocar o modelo para funcionar com dados inéditos.
“O diferencial do nosso modelo é que tratamos ele mais como um sistema do que apenas como um modelo”, disse Liu à CNBC. “Ao contrário dos modelos open source normais, que a gente só libera e pronto, nós realmente colocamos o modelo para rodar e buscamos formas de aprimorá-lo ao longo do tempo.”
“Se você me perguntar qual dessas etapas é a mais importante, é difícil dizer. É um trabalho de sistema, onde a combinação de todas essas técnicas juntas levou ao resultado final”, completou.
No cenário global, dois países se destacam como líderes na corrida pela IA: Estados Unidos e China.
As gigantes americanas e startups como a OpenAI deram o pontapé inicial, com modelos fundamentais treinados em grandes quantidades de dados para realizar diversas tarefas. O avanço da DeepSeek com o R1, neste ano, reforçou o peso da China como potência em inteligência artificial.
Mais recentemente, os Emirados Árabes Unidos vêm se posicionando para liderar a IA no mundo, de olho em aumentar seu peso político e reduzir a dependência do petróleo.
Um exemplo desse avanço é a G42, empresa de IA da região. Porém, a concorrência é pesada: a vizinha Arábia Saudita também aposta alto, buscando desenvolver IA completa com a empresa Humain, lançada em maio pelo Fundo de Investimento Público saudita.
Além disso, há questões geopolíticas que rondam as ambições dos Emirados na área de IA. O investimento e a parceria da Microsoft com a G42, firmados no ano passado, levantaram discussões nos Estados Unidos, por conta dos laços da empresa com a China.
No geral, a indústria de IA dos Emirados ainda tem um longo caminho até alcançar o tamanho dos Estados Unidos e da China. A OpenAI e as gigantes de tecnologia saíram na frente com seus modelos fundamentais, enquanto Pequim já trata a IA como prioridade estratégica há bastante tempo.
Apesar de o K2 Think mostrar desempenho comparável à OpenAI, seus desenvolvedores afirmam que não pretendem criar um chatbot como o ChatGPT. Richard Morton, diretor-geral do Instituto de Modelos Fundamentais da MBZUAI, explica que o modelo foi pensado para usos específicos em áreas como matemática e ciência.
“A verdade é que o raciocínio fundamental do cérebro humano é a base de todo o pensamento”, disse Morton à CNBC.
“Com essa aplicação, em vez de precisar de mil, dois mil especialistas analisando uma questão por cinco anos, ou passando por etapas demoradas como testes clínicos, o modelo reduz esse tempo drasticamente.”
O K2 Think também pode ampliar o acesso à IA avançada em regiões que não contam com o capital e a infraestrutura das empresas americanas.
“O que estamos percebendo é que dá para fazer muito mais com menos”, reforçou Morton.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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