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Às vésperas da COP30, União Europeia consegue acordo sobre suas metas climáticas

Publicado 05/11/2025 • 08:33 | Atualizado há 2 meses

AFP

KEY POINTS

  • Os europeus estão “prontos para Belém!”, celebrou imediatamente a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que acaba de chegar ao Brasil.
  • Para reduzir as emissões em 90%, os europeus poderão adquirir 5% de créditos de carbono internacionais que financiariam projetos fora da Europa, um mecanismo muito criticado pelas organizações ambientais.
  • Estados-membros da UE aprovaram uma cláusula de revisão, que permitiria ajustar a meta de 2040 ao longo do tempo, caso se mostrasse muito difícil de alcançar.

Jonathan Nackstrand / AFP

“Prontos para Belém!”, celebrou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen

Poucas horas antes do início da COP no Brasil, a União Europeia conseguiu na quarta-feira (5/11) um compromisso sobre suas metas climáticas para 2035 e 2040, ao custo de uma série de concessões para conquistar Estados relutantes, com a Itália na liderança. Os 27 países evitaram a catástrofe diplomática que temiam: a Europa não chegará de mãos vazias a esta COP30 em Belém e poderá exibir sua “liderança” em matéria ambiental.

Os europeus estão “prontos para Belém!”, celebrou imediatamente a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que acaba de chegar ao Brasil.

No papel, a União Europeia mantém sua ambição de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 90% até 2040 em relação a 1990 – estava em menos 37% em 2023. Mas as duras negociações, ao longo da noite em Bruxelas, corroeram esse objetivo de fachada. Para convencer a Itália de Giorgia Meloni, um dos países mais relutantes, os 27 aprovaram uma flexibilidade muito maior do que a Comissão Europeia desejava inicialmente.

Para reduzir as emissões em 90%, os europeus poderão adquirir 5% de créditos de carbono internacionais que financiariam projetos fora da Europa, um mecanismo muito criticado pelas organizações ambientais. E o compromisso adotado por maioria qualificada também abre a porta para mais 5% desses créditos em uma próxima revisão desta lei climática.

ONGs irritadas

Os 27 também apoiaram o adiamento de um ano, de 2027 para 2028, da extensão do mercado de carbono para o transporte rodoviário e o aquecimento de edifícios, uma reivindicação regular da Hungria ou da Polônia. Mas um duro golpe para os países mais engajados na causa climática, especialmente os escandinavos.

Os Estados-membros finalmente aprovaram uma cláusula de revisão, que permitiria ajustar a meta de 2040 ao longo do tempo, caso se mostrasse muito difícil de alcançar.

“Houve uma forte pressão italiana” e o “texto foi adotado com um pouco de dor”, reconheceu a ministra francesa da Transição Ecológica, Monique Barbut. A França, no entanto, continua “extremamente satisfeita” com as ambições manifestadas pela Europa na COP. É um “resultado excelente” e “pragmático”, com “flexibilidade”, afirmou por sua vez o comissário europeu para o clima, Wopke Hoekstra.

As ONGs, por sua vez, criticaram as concessões deixadas pelo caminho. “Este acordo tão esperado é muito mais fraco do que o número de 90% faz crer”, reagiu Sven Harmeling, da rede de ONGs CAN Europe.

Mas a pressão da COP era a mais forte, com a chegada de líderes de todo o mundo ao Brasil na quinta e sexta-feira, prelúdio da conferência da ONU sobre o clima em 10/11. Em uma Europa que se inclina para a direita, o braço de ferro é tenso nas questões climáticas, relegadas para segundo plano em relação às questões de defesa e competitividade nos últimos meses. E as negociações continuarão no Parlamento Europeu, que abordará esta lei climática.

Uma liderança “reconhecida”

Na quarta-feira, os países também deram seu aval, por unanimidade, à meta de 2035, aquela que a ONU lhes pedia há meses. Eles já haviam desarmado o terreno em setembro, apresentando uma faixa de redução de emissões entre -66,25% e -72,5% em relação a 1990.

Para evitar negociações intermináveis, eles mantiveram o mesmo objetivo na quarta-feira, embora os países escandinavos, a Alemanha ou a França esperassem mais. No entanto, continua a ser um dos objetivos mais ambiciosos do planeta, juntamente com o Reino Unido e a Noruega, reivindica a União Europeia.

Um diplomata alertou: o compromisso “não será necessariamente muito bonito”, mas “estamos tentando fazer algo bom” no “mundo real e desorganizado como ele é”.

A liderança da Europa em matéria climática é “reconhecida” internacionalmente, enfatizou Wopke Hoekstra, com o objetivo de neutralidade climática da UE em 2050.

Enquanto Donald Trump decidiu retirar os Estados Unidos mais uma vez do Acordo de Paris sobre o clima e boicotará a COP no Brasil. Muito atrás da China, a União Europeia é o quarto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo, depois dos Estados Unidos e da Índia.

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