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Empresas asiáticas aderem às stablecoins em meio à nova onda global das criptomoedas
Publicado 01/08/2025 • 07:41 | Atualizado há 15 horas
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Publicado 01/08/2025 • 07:41 | Atualizado há 15 horas
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Pixabay
Empresas em toda a Ásia estão adotando cada vez mais as stablecoins para transações internacionais — uma tendência que deve se intensificar com a legalização desses ativos em Hong Kong, segundo especialistas ouvidos pela CNBC.
Agências de turismo online, revendedores de bens de luxo e hotéis de alto padrão já utilizam stablecoins em seus pagamentos. Os motivos citados são a agilidade e o custo reduzido em comparação ao sistema financeiro tradicional.
Stablecoins são criptomoedas geralmente atreladas a moedas fiduciárias ou ao ouro, o que reduz sua volatilidade em relação a outros criptoativos. Uma nova legislação de Hong Kong, que entra em vigor nesta sexta-feira (1º), vai estabelecer as bases legais para emissão e gestão desses ativos por empresas financeiras, em linha com o GENIUS Act nos Estados Unidos.
Plataformas de carteira digital permitem que clientes façam pagamentos em criptomoedas que são convertidas em stablecoins ou em moeda local no momento da compensação, reduzindo o risco de oscilação e facilitando o processo para os comerciantes.
Segundo relatório da empresa de análise de blockchain Artemis, os volumes mensais de transações entre empresas com stablecoins ultrapassaram US$ 3 bilhões no início de 2025, contra menos de US$ 100 milhões no início de 2023. A pesquisa considerou 31 empresas que processam pagamentos com stablecoins em nome de usuários finais em todo o mundo.
Ao contrário das transferências bancárias internacionais, que podem levar dias e cobrar tarifas elevadas, transações com stablecoins são quase imediatas e têm custo reduzido.
“O blockchain permite transações com menor risco de contraparte”, disse Ben El-Baz, diretor da corretora de criptoativos Hashkey Global. Segundo ele, os stablecoins eliminam a necessidade de bancos intermediários, o que agiliza o processo.
Empresas como Visa, Mastercard e Stripe já começaram a integrar suporte a stablecoins em suas infraestruturas. O ritmo ganhou força com a regulamentação recente nos EUA e a abertura de capital da Circle, emissora da USD Coin.
“Stablecoin surgiu como moeda complementar às moedas fiduciárias”, disse Alice Liu, CEO da fintech dtcpay, com sede em Singapura. A empresa atende clientes chineses com operações em Singapura e Hong Kong, convertendo pagamentos com stablecoins em dólar americano, dólar de Singapura ou yuan offshore.
A agência de viagens Wetrip, de Singapura, passou a aceitar pagamentos com stablecoins em junho, via carteiras digitais como a da Coinbase. Segundo o CEO Vincent Xue, os atrasos e taxas elevadas do sistema bancário tradicional geravam dificuldades. Se seus fornecedores também adotarem stablecoins, ele pretende manter toda a operação sobre blockchain.
Segundo a Artemis, o volume global de pagamentos com stablecoins chegou a US$ 94,2 bilhões em dois anos até fevereiro, sendo que um terço foi em transações entre empresas. Os pagamentos diretos de consumidores para empresas também cresceram: passaram de US$ 50 milhões mensais no início de 2023 para mais de US$ 300 milhões no começo de 2025.
Singapura e Hong Kong estão entre os três maiores mercados de stablecoins, atrás apenas dos EUA. O corredor Singapura-China lidera o volume de transações. Os sete corredores seguintes também envolvem os EUA.
Empresas de luxo têm adotado cada vez mais pagamentos via blockchain, com stablecoins sendo usadas em compras de alto valor. O grupo hoteleiro Capella, de Singapura, passou a aceitar criptomoedas em outubro de 2024, citando demanda por formas de pagamento mais seguras e práticas.
A loja Ginza Xiaoma, especializada em bolsas Hermès Birkin, começou a aceitar stablecoins em Singapura após pedidos de clientes. A empresa planeja expandir a opção para suas filiais em Hong Kong e Tóquio. Hoje, 3% das vendas são feitas com stablecoins, mas a expectativa é atingir até 20% até o fim do ano — o equivalente a 500 mil dólares de Singapura (cerca de US$ 387 mil) por mês.
Embora a China continental mantenha restrições rígidas a criptomoedas, o governo de Xangai criou um grupo de trabalho para explorar o uso do blockchain no comércio exterior. Já Hong Kong, como região administrativa especial, se tornou um campo de testes regulatório para Pequim em inovações financeiras.
Várias empresas listadas na China anunciaram iniciativas com stablecoins. A Yusys Technologies, por exemplo, estuda usar stablecoins no varejo. JD.com e Ant Financial planejam lançar stablecoins lastreados no dólar de Hong Kong após a entrada em vigor da nova legislação.
“Com mais clareza regulatória, a chance de as redes de stablecoins substituírem o sistema SWIFT é alta”, afirmou El-Baz, da Hashkey. O SWIFT é o principal sistema de transferências internacionais entre bancos.
“Estamos só no começo dessa transformação”, concluiu.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.