Ausência de Putin em negociações indicaria que Moscou não busca a paz, diz Ucrânia
Publicado 13/05/2025 • 10:28 | Atualizado há 6 horas
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Publicado 13/05/2025 • 10:28 | Atualizado há 6 horas
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O presidente russo Vladimir Putin.
Foto: Vyacheslav PROKOFYEV / POOL / AFP
A Ucrânia afirmou nesta terça-feira (13) que, se Vladimir Putin não comparecer às negociações na Turquia, isso será um “sinal claro” para o mundo de que o líder russo não está comprometido com a paz e que o Ocidente deve responder com um reforço no apoio militar a Kyiv.
O encontro, marcado para quinta-feira em Istambul, seria a primeira rodada de negociações diretas entre autoridades ucranianas e russas desde os primeiros meses da invasão de Moscou, em 2022.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu que Putin participe pessoalmente da reunião, proposta pelo próprio Kremlin, mas Moscou, pelo segundo dia consecutivo, se recusou nesta terça a responder ao convite.
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“Se Vladimir Putin se recusar a ir à Turquia, será o sinal definitivo de que a Rússia não quer encerrar esta guerra, de que a Rússia não está disposta nem preparada para qualquer negociação”, declarou o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, em comunicado divulgado pela presidência ucraniana.
Na segunda-feira (12), o presidente dos EUA Donald Trump incentivou ambos os líderes a participarem das negociações e disse estar “pensando” em comparecer também.
Mas o porta-voz de Putin se recusou nesta terça a informar quem representará a Rússia em Istambul.
“A Rússia continua se preparando para as conversas marcadas para quinta-feira. É tudo o que podemos dizer por enquanto. Não pretendemos comentar mais neste momento”, declarou Dmitry Peskov a jornalistas.
Questionado se poderia revelar os nomes da delegação russa, Peskov respondeu: “Não… assim que o presidente considerar necessário, nós anunciaremos”.
Putin propôs as negociações em uma declaração feita no fim de semana, como contraproposta ao apelo de Kyiv e de países europeus para que Moscou aceitasse um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias, com início na segunda-feira.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, dezenas de milhares de pessoas morreram e milhões foram forçadas a deixar suas casas. Atualmente, o exército russo controla cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014.
A Rússia não respondeu oficialmente ao apelo da Ucrânia e dos líderes da França, Reino Unido, Alemanha e Polônia por um cessar-fogo de 30 dias, mas o Kremlin criticou o que chamou de “ultimatos” europeus, em uma aparente rejeição à proposta.
Diante da possibilidade de Putin recusar o encontro com Zelensky em Istambul, Kyiv voltou a pedir apoio aos aliados ocidentais nesta terça-feira.
“Se a Rússia se recusar a negociar, deve haver uma resposta firme dos Estados Unidos e do mundo inteiro: novas sanções contra a Rússia e aumento da ajuda militar à Ucrânia.”
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou estar pronto para sediar as conversas e, na segunda-feira, exortou ambos os lados a aproveitarem a “janela de oportunidade” para alcançar um acordo de paz.
Trump disse a jornalistas que compareceria às negociações se acreditasse que isso seria útil.
“Estava pensando seriamente em voar até lá. Existe essa possibilidade, imagino, se eu achar que algo pode acontecer”, declarou a repórteres na Casa Branca antes de partir para uma viagem ao Oriente Médio.
Putin afirmou que qualquer conversa direta com a Ucrânia deve focar nas “causas profundas” do conflito, e não descartou um possível cessar-fogo resultante das negociações em Istambul.
Quando Moscou menciona as “causas profundas” do conflito, geralmente se refere a queixas contra Kyiv e o Ocidente que utiliza como justificativa para a invasão, como a promessa de “desnazificação” e desmilitarização da Ucrânia, a proteção de falantes de russo no leste do país e a oposição à expansão da OTAN.
Tanto Kyiv quanto os países ocidentais rejeitam essas alegações, argumentando que a invasão russa nada mais é do que uma tentativa imperialista de conquista territorial.
Representantes da Rússia e da Ucrânia já haviam se reunido em Istambul, em março de 2022, em negociações que buscavam encerrar o conflito, mas não houve acordo.
Desde então, os contatos entre os dois lados têm sido extremamente limitados, restritos principalmente a questões humanitárias, como trocas de prisioneiros de guerra e a repatriação de corpos de soldados mortos.
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