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Banco central da Índia corta taxa básica para 6% para impulsionar crescimento sinaliza novos cortes

Publicado 09/04/2025 • 09:56 | Atualizado há 1 uma semana

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Banco Central da Índia corta juros para 6% em resposta à desaceleração econômica e sinaliza mais estímulos à frente, com foco em crescimento.
  • Impacto das tarifas dos EUA é considerado limitado por autoridades indianas, mas pode reduzir o PIB em até 0,5 ponto percentual até 2026, segundo o HSBC.
  • Inflação segue controlada, permitindo espaço para política monetária mais acomodatícia — com previsão de 4% ao ano e tendência de queda nos próximos meses.
Placa do Reserve Bank of India (RBI) em Mumbai, Índia, na sexta-feira, 5 de abril de 2024.

Placa do Reserve Bank of India (RBI) em Mumbai, Índia, na sexta-feira, 5 de abril de 2024.

Dhiraj Singh | Bloomberg | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

O banco central da Índia (RBI) reduziu sua taxa básica em 25 pontos-base, para 6%, o menor nível desde setembro de 2022, em meio a crescentes preocupações com o crescimento da quinta maior economia do mundo.

O corte estava dentro das expectativas de analistas consultados pela Reuters e aconteceu no mesmo dia em que entraram em vigor as tarifas recíprocas dos EUA — com um imposto de 26% sobre produtos indianos.

Em sua nota de política monetária, o banco apontou que as tarifas aumentaram as incertezas sobre a economia global, criando novos obstáculos ao crescimento e à inflação.

O presidente do banco, Sanjay Malhotra, disse que a instituição vai adotar uma postura mais acomodatícia para estimular a economia com juros mais baixos. “Obviamente, a tendência será de queda”, afirmou.

Questionado sobre as tarifas dos EUA, Malhotra disse estar “mais preocupado com o crescimento”. Segundo ele, a Índia está em posição melhor que outros países, como a China, por ter superávit comercial menor com os EUA e tarifas recíprocas mais leves.

A decisão do Banco Central da Índia ocorre em meio ao arrefecimento da inflação, mas também diante de uma economia em desaceleração.

O RBI explicou que o corte na taxa se deu por uma “melhora decisiva” nas perspectivas de inflação, acrescentando que há maior confiança de que a inflação se alinhará à meta de 4% nos próximos 12 meses.

“Por outro lado, prejudicado por um ambiente global desafiador, o crescimento ainda está em trajetória de recuperação após um desempenho decepcionante na primeira metade de 2024–25”, disse o comunicado. O primeiro semestre fiscal do banco vai de abril a setembro de 2024.

Mais recentemente, o PIB da Índia cresceu 6,2% no quarto trimestre de 2024, abaixo do esperado, e a economia do país deve crescer 6,5% no ano fiscal até março de 2025 — uma forte desaceleração em relação aos 9,2% do ano anterior.

Uma nota do HSBC, de 7 de abril, previu que as tarifas anunciadas devem reduzir diretamente em 0,5 ponto percentual o crescimento da Índia no ano fiscal que termina em março de 2026, além de haver possíveis impactos indiretos e de segunda ordem, como redução no volume de exportações e enfraquecimento dos fluxos de investimento estrangeiro direto.

Sanjay Mathur, economista-chefe para o Sudeste Asiático e Índia no ANZ, disse à CNBC, em 3 de abril, que há “definitivamente” riscos negativos para o crescimento do PIB da Índia, afirmando que uma taxa abaixo de 6% “não é impossível neste momento, dados os choques no sistema global”.

Mathur também observou que há uma onda de calor na Índia, o que pode prejudicar a produção agrícola do país. A agricultura representa uma parte importante do PIB indiano, correspondendo a 18% da economia.

A inflação ao consumidor recentemente ficou em 3,61% em fevereiro, abaixo do esperado, devido à queda nos preços dos vegetais — sendo o menor nível desde julho de 2024.

O RBI havia estimado uma inflação de 4% para o ano fiscal que termina em março de 2026.

Separadamente, o HSBC estimou que a inflação ficará em torno de 3,5% nos próximos seis meses, puxada pela queda nos preços dos alimentos.

“O núcleo da inflação também deve permanecer moderado, impulsionado pela recente valorização da rúpia, desinflação importada da China, preços do petróleo mais baixos e crescimento doméstico mais fraco”, acrescentou o HSBC.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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