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Banco central do Canadá mantém taxa básica de juros estável em meio ao caos tarifário

Publicado 16/04/2025 • 14:36 | Atualizado há 2 dias

AFP

KEY POINTS

  • O Banco do Canadá manteve nesta quarta-feira (16) a sua taxa básica de juros em 2,75%, suspendendo uma série de cortes recentes devido à mudança da política comercial e das tarifas dos EUA.
  • “A grande mudança na direção da política comercial dos EUA e a imprevisibilidade das tarifas aumentaram a incerteza, diminuíram as perspectivas de crescimento econômico e aumentaram as expectativas de inflação”, disse o banco central em um comunicado.
  • O banco apresentou um quadro econômico preocupante, incluindo o pior cenário possível de uma guerra comercial prolongada com os Estados Unidos - o maior parceiro comercial do Canadá - que desencadearia uma recessão e dispararia os preços.

Tiff Macklem, governador do Banco do Canadá, durante uma conferência de imprensa em Ottawa, Ontário, Canadá, na quarta-feira, 4 de setembro de 2024.

David Kawai | Bloomberg | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

O Banco do Canadá manteve nesta quarta-feira (16) a sua taxa básica de juros em 2,75%, suspendendo uma série de cortes recentes devido à mudança da política comercial e das tarifas dos EUA.

“A grande mudança na direção da política comercial dos EUA e a imprevisibilidade das tarifas aumentaram a incerteza, diminuíram as perspectivas de crescimento econômico e aumentaram as expectativas de inflação”, disse o banco central em um comunicado.

A pausa no aumento das taxas de juros sucedeu sete cortes consecutivos desde o verão passado, que reduziram consideravelmente os custos dos empréstimos.

O país entrou em 2025 com uma base sólida, após ter terminado o ano anterior com um forte crescimento e a inflação pró do objetivo de 2,0% fixado pelo banco.

Mas os anúncios de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, os retrocessos erráticos e as ameaças de agravamento abalaram a economia mundial.

O Canadá evitou o último lote de tarifas divulgado em 2 de abril, mas foi atingido por outras taxas sobre bens que não cumprem um pacto de comércio livre da América do Norte, como também sobre aço e alumínio e alguns automóveis.

Trump também ameaçou impor tarifas sobre a madeira, semicondutores e produtos farmacêuticos.

“Muita coisa aconteceu desde a nossa decisão de março, há cinco semanas. Mas o futuro não está mais claro”, disse o governador do Banco do Canadá, Tiff Macklem.

“Ainda não sabemos que tarifas serão impostas, se serão reduzidas ou aumentadas, ou quanto tempo tudo isto irá durar”, disse numa conferência de imprensa, acrescentando que eram necessárias mais informações antes de tomar a próxima medida do banco em junho.

Um quadro econômico desfavorável

Avery Shenfeld, da CIBC Economics, disse que, se a economia do Canadá mostrar sinais de redução nos próximos meses, o Banco do Canadá “sentirá mais pressão para responder com um corte nas taxas nessa altura”.

Royce Mendes, analista da Desjardins, também espera um corte em junho, mas foi mais otimista em relação ao comércio, dizendo acreditar que “existe algum impulso para melhorar as relações entre os EUA e o Canadá”.

Em uma declaração, o banco apresentou um quadro econômico preocupante, incluindo o pior cenário possível de uma guerra comercial prolongada com os Estados Unidos — o maior parceiro comercial do Canadá — que desencadearia uma recessão e dispararia os preços.

O Banco Central também apontou que os mercados financeiros estão em crise, os preços do petróleo caíram e o dólar canadense se valorizou devido a uma ampla desvalorização do dólar americano.

Os anúncios de tarifas e a incerteza reduziram a confiança dos consumidores e das empresas, levando a uma diminuição do consumo e das despesas empresariais, acompanhado por um declínio da empregabilidade e por uma contratação mais lenta, segundo o banco.

A curto prazo, o banco disse esperar que os preços subam como resultado do conflito comercial e das interrupções na cadeia de fornecimento.

No entanto, afirmou que iria “proceder com cuidado” e continuar a avaliar “as pressões negativas sobre a inflação resultantes de uma economia mais fraca e as pressões positivas sobre a inflação resultantes de custos mais elevados”.

“A política monetária não pode resolver a incerteza comercial ou compensar os impactos de uma guerra comercial”, acrescentou. “O que pode e deve fazer é manter a estabilidade dos preços para os canadenses”.

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