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Banco do Japão mantém juros e alerta para ‘incertezas’ no comércio
Publicado 31/07/2025 • 07:22 | Atualizado há 20 horas
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Publicado 31/07/2025 • 07:22 | Atualizado há 20 horas
KEY POINTS
Banco do Japão é a principal autoridade monetária do país.
Wikimedia Commons
O Banco do Japão (BoJ) manteve sua principal taxa de juros inalterada nesta quinta-feira (31), elevou suas previsões de inflação e crescimento e destacou “altas incertezas” decorrentes das políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A taxa básica foi mantida em 0,5%, como esperado, enquanto a projeção de inflação (excluindo alimentos frescos) para este ano subiu de 2,3% para 2,8%. A previsão de crescimento econômico também foi elevada, de 0,5% para 0,6%.
Em comunicado, o banco afirmou que o crescimento “tende a desacelerar, à medida que políticas comerciais e outras medidas adotadas por diferentes jurisdições levam a uma retração nas economias estrangeiras e à queda dos lucros corporativos domésticos, entre outros fatores”.
Ainda assim, acrescentou que “fatores como condições financeiras acomodatícias devem oferecer suporte”.
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“Posteriormente, a taxa de crescimento da economia japonesa tende a se recuperar, com as economias externas voltando a uma trajetória de crescimento moderado”, declarou o banco.
A instituição destacou “desenvolvimentos positivos” no comércio global, mencionando o recente acordo firmado por Trump com o Japão, anunciado na semana passada.
“No entanto, persistem altas incertezas”, advertiu o BoJ, acrescentando que “as políticas comerciais anunciadas até agora devem impactar negativamente as economias doméstica e internacional por diversos canais”.
Enquanto outros bancos centrais vêm adotando posturas mais rígidas nos últimos anos, o Banco do Japão permaneceu como exceção. Ele elevou sua taxa de juros acima de zero apenas em março de 2024, sinalizando o fim das chamadas “décadas perdidas” do Japão — marcadas por estagnação e preços estáticos ou em queda.
Desde então, os juros subiram novamente, com o último aumento ocorrido em janeiro, levando o custo de financiamento ao maior nível em 17 anos (0,5%). Desde então, porém, as taxas estão congeladas, em meio à turbulência causada pelas políticas comerciais de Trump.
Na quarta-feira, o Federal Reserve dos EUA resistiu à pressão de Trump e também manteve sua taxa básica inalterada.
Na semana passada, Tóquio e Washington anunciaram um acordo que impõe tarifa de 15% sobre exportações japonesas para os Estados Unidos — com exceção de aço e alumínio. Outros acordos também foram firmados, incluindo com Reino Unido, Vietnã, União Europeia e, mais recentemente, Coreia do Sul.
Trump anunciou na quarta-feira que as importações da Índia enfrentarão uma tarifa de 25% e que a guerra comercial com a China será retomada em 12 de agosto, caso não haja um novo acordo até lá.
A inflação no Japão está acima da meta de 2% do BoJ há cerca de três anos, mas a instituição considera que isso se deve a fatores temporários, como o alto preço do arroz.
Marcel Thieliant, da Capital Economics, observou que o Banco do Japão demonstrou estar “um pouco mais otimista”, reforçando a expectativa de que retomará o ciclo de alta dos juros em outubro.
“Acreditamos que uma nova revisão para cima nas previsões de inflação do banco, em sua reunião de outubro, virá acompanhada de mais um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros”, disse Thieliant em nota.
A incerteza pode vir do fato de que a coalizão do primeiro-ministro Shigeru Ishiba está em minoria nas duas casas do Parlamento e enfrenta pressão da oposição para cortar impostos.
“Mesmo que os partidos de oposição ganhem mais influência sobre a formulação das políticas, o Banco do Japão dificilmente mudará sua postura em relação ao aperto monetário”, afirmou Takahide Kiuchi, do Nomura Research Institute.
“No entanto, o ritmo de alta dos juros pode desacelerar”, completou Kiuchi, em nota divulgada antes da decisão desta quinta-feira.
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