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CNBC Bill Gates afirma que cortes de Trump na USAID são devastadores: “Ainda dá tempo de reverter”

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Bill Gates afirma que cortes de Trump na USAID são devastadores: “Ainda dá tempo de reverter”

Publicado 13/07/2025 • 09:47 | Atualizado há 8 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O filantropo e cofundador da Microsoft, Bill Gates, afirmou na sexta-feira (11) que ainda é possível restabelecer o financiamento à ajuda internacional que o presidente Donald Trump cortou.
  • A administração Trump colocou funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) em licença administrativa em fevereiro.
  • O último dia de funcionamento da agência independente foi em 30 de junho.

Michael Buholzer / World Economic Forum

O filantropo e cofundador da Microsoft, Bill Gates, afirmou na sexta-feira (11) que ainda é possível restabelecer o financiamento à ajuda internacional que o presidente Donald Trump cortou.

A administração Trump colocou funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) em licença administrativa em fevereiro. O último dia de funcionamento da agência independente foi em 30 de junho.

“Os efeitos devastadores desses cortes são totalmente evitáveis — e ainda dá tempo de revertê-los”, escreveu Gates em uma publicação na rede social X.

Gates comentou um post de Sam Stein, editor-gerente do site de notícias políticas The Bulwark e colaborador da MSNBC, que incluía declarações de um trabalhador humanitário não identificado atuando na África.

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Segundo esse profissional, remessas de medicamentos para HIV voltados a crianças não chegaram havia meses, e os estoques existentes vão vencer nas próximas semanas. Ele também relatou falta de tubos de oxigênio para recém-nascidos e escassez de remédios para doenças sexualmente transmissíveis.

Na semana passada, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que, “de agora em diante, nossa assistência será direcionada e com prazo determinado”. A USAID foi incorporada ao Departamento de Estado.

Em junho, um porta-voz do Departamento de Estado disse à NPR que está em curso uma revisão do financiamento do Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da AIDS, conhecido como PEPFAR.

As declarações de Gates ocorrem uma semana após ele afirmar que os cortes na ajuda já provocaram mortes. O presidente da Fundação Gates falou sobre o tema durante um discurso na Etiópia, em junho.

“Muitos cortes estão sendo feitos nos programas de ajuda externa”, afirmou na visita, segundo a transcrição de sua fala. “Alguns desses cortes estão sendo feitos de forma tão abrupta que há interrupções completas em ensaios clínicos, ou os medicamentos ficam parados em depósitos e não são disponibilizados. E esses cortes são, na minha opinião, um erro enorme.”

A Fundação Gates colabora com a USAID há anos, tendo destinado bilhões ao desenvolvimento global e à saúde pública, com milhares de doações realizadas.

Quando a fundação anunciou, em maio, que Gates pretende doar quase todo o seu patrimônio nas próximas duas décadas, alertou que “governos ao redor do mundo anunciaram dezenas de bilhões de dólares em cortes no financiamento à ajuda internacional”.

Além da redução nos compromissos com o PEPFAR e a USAID, o governo Trump também sinalizou que encerrará o apoio ao consórcio de vacinas Gavi, criado com o auxílio da Fundação Gates em 1999 e que continua recebendo apoio da entidade.

No outono passado, Gates doou US$ 50 milhões para a campanha da candidata democrata à presidência, Kamala Harris.

No fim de dezembro, Gates jantou com Trump no resort Mar-a-Lago, na Flórida. Desde que assumiu o cargo de secretário de Estado em janeiro, Rubio se recusou a se encontrar com Gates, segundo o New York Times.

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