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Bolsas caem enquanto investidores avaliam impacto de tarifas em meio à temporada de balanços
Publicado 22/07/2025 • 14:08 | Atualizado há 10 horas
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Publicado 22/07/2025 • 14:08 | Atualizado há 10 horas
KEY POINTS
EUGENE HOSHIKO/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Pedestres passam diante de um painel eletrônico de ações exibindo o índice Nikkei do Japão em uma corretora de valores mobiliários na capital Tóquio, nesta sexta-feira, 20 de junho de 2025, em Tóquio.
As principais bolsas de valores fecharam em queda nesta terça-feira (22) após Nova York recuar dos recordes históricos, enquanto as praças europeias ficaram apreensivas com o prazo de 1º de agosto para a União Europeia tentar evitar tarifas pesadas impostas pelo presidente Donald Trump.
Os balanços das empresas americanas divulgados até agora mostram que a economia dos EUA segue resistente, mas alguns setores — principalmente o automotivo — já começam a sentir os efeitos das tarifas de Trump sobre os principais parceiros comerciais.
Os índices S&P 500, que reúne as maiores empresas, e o Nasdaq, focado em tecnologia, caíram após atingirem recordes na segunda-feira (21), enquanto o tradicional Dow Jones também teve dificuldades.
Na Europa, apenas Londres conseguiu fechar o dia no azul. Paris e Frankfurt terminaram com perdas consideráveis.
“Os mercados europeus estão cada vez mais nervosos com a proximidade do prazo de 1º de agosto”, afirmou David Morrison, analista sênior da Trade Nation. “Com poucos sinais de avanço até agora, os investidores já se preparam para uma possível retaliação tarifária da União Europeia.”
Enquanto isso, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que vai se reunir com representantes chineses em Estocolmo na próxima semana para discutir tarifas, já que um outro prazo, em meados de agosto, pode fazer com que as tarifas americanas sobre a China aumentem ainda mais.
O mercado acompanha de perto os resultados de gigantes como Tesla, Alphabet (dona do Google), Intel e Coca-Cola, que serão divulgados em breve.
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A General Motors, grande montadora americana, divulgou nesta terça-feira (22) uma queda de 35% no lucro do segundo trimestre, após registrar um impacto de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) devido às tarifas dos EUA, mas manteve a previsão para o ano.
As ações da empresa despencaram 7%.
Em outras áreas, “a expectativa para a temporada de balanços é de aceleração no crescimento dos lucros das grandes empresas de tecnologia americanas na segunda metade do ano”, afirmou Jochen Stanzl, analista chefe da CMC Markets.
A AstraZeneca, gigante farmacêutica britânica, anunciou nesta terça-feira (22) que pretende investir US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 270 bilhões) nos Estados Unidos até 2030, mesmo diante das ameaças de Trump de impor tarifas ao setor.
O dólar continuou em queda — movimento que acaba impulsionando os lucros das multinacionais americanas que faturam em outras moedas, mas divulgam seus resultados em dólares.
Segundo Stephen Innes, sócio da SPI Asset Management, a desvalorização do dólar está sendo “um verdadeiro combustível” para essas empresas.
Já Christopher Dembik, consultor de investimentos da Pictet Asset Management, avaliou que as empresas europeias que vão divulgar resultados nos próximos dias devem ser prejudicadas pela valorização do euro.
Os preços do petróleo também recuaram diante das preocupações com a desaceleração da economia global.
Mais cedo, na Ásia, Hong Kong fechou no maior patamar desde o final de 2021. O índice local já subiu cerca de 25% em 2025 graças à alta das empresas de tecnologia chinesas e ao fluxo de capital vindo da China continental.
Tóquio registrou leve queda após uma alta no início do dia, depois que a coalizão governista perdeu a maioria no Senado, o que deixou analistas em alerta para a fragilidade do governo.
Os investidores também aguardam um discurso ainda nesta terça-feira (22) do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, antes da reunião de política monetária marcada para os dias 29 e 30 de julho.
Powell tem sido pressionado por Trump para deixar o cargo, já que o presidente americano se irritou com o banco central por não reduzir os juros diante das recentes turbulências — mas a expectativa do mercado é que o Fed só mexa nos juros em setembro.
Bessent afirmou nesta terça-feira (22) que, por enquanto, não vê motivo para Powell renunciar “neste momento”.
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