O Carrefour, maior varejista de alimentos da Europa, concordou em vender seus negócios deficitários na Itália para a fabricante de alimentos e bebidas NewPrinces Group, como parte de uma revisão estratégica iniciada no início deste ano.
A venda do Carrefour Itália, que opera 1.188 lojas, mas teve um prejuízo operacional de 67 milhões de euros (US$ 78,85 milhões) no ano passado, ajudará a impulsionar o crescimento, a lucratividade e a geração de caixa do Carrefour, afirmou a varejista francesa em um comunicado.
O acordo confere ao Carrefour Itália um valor empresarial de cerca de 1 bilhão de euros, afirmou o NewPrinces Group, com sede na Itália, em um comunicado separado, e deve ser concluído até o final do terceiro trimestre, sujeito à aprovação regulatória.
O Carrefour também relatou vendas mais fortes no segundo trimestre, já que os cortes de preços ajudaram a atrair mais consumidores preocupados com a inflação, especialmente na França, seu maior mercado.
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No geral, as vendas do Carrefour no segundo trimestre cresceram 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionadas pelo crescimento de 2,9% no primeiro trimestre. Na França, as vendas comparáveis voltaram a crescer pela primeira vez desde 2023, com alta de 2,1% em relação ao ano anterior.
“Os volumes caíram a uma taxa histórica após a onda de hiperinflação em 2022 e 2023, mas estamos observando uma recuperação gradual do poder de compra, evidenciada pelo aumento dos volumes [no segundo trimestre]”, disse o diretor financeiro, Matthieu Malige, a jornalistas em uma teleconferência.
O Carrefour planeja continuar reduzindo os preços no segundo semestre, buscando aprimorar sua posição competitiva, acrescentou Malige.
As vendas do grupo no primeiro semestre totalizaram 46,559 bilhões de euros, acima dos 44,863 bilhões de euros do ano anterior.
“Os negócios do Carrefour apresentaram uma clara aceleração no primeiro semestre de 2025, impulsionados pelo impulso em seus três principais países: França, Espanha e Brasil”, afirmou Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, em um comunicado.
No entanto, a lucratividade do Carrefour permaneceu sob pressão, com sua margem operacional no primeiro semestre caindo de 1,8% para 1,6% no ano anterior.
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