Chefes de finanças do G7 pressionam por consenso apesar das tarifas de Trump
Publicado 22/05/2025 • 16:55 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 22/05/2025 • 16:55 | Atualizado há 4 horas
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Líderes dos países do G7, durante a Cúpula de 2017.
Wikipédia Commons
Líderes financeiros do G7 minimizaram suas diferenças nesta quinta-feira (22), apesar da turbulência causada pelas tarifas abrangentes do presidente dos EUA, Donald Trump, e buscaram um consenso sobre a Ucrânia enquanto as negociações no Canadá se aproximavam das horas finais.
As economias avançadas do G7 devem emitir uma declaração conjunta ao final de sua reunião de três dias, disse uma fonte diplomática à AFP, mas todos os olhares estão voltados para a capacidade de superar as tensões desencadeadas pelas guerras comerciais do presidente Donald Trump.
“O clima nas reuniões foi positivo e construtivo”, disse o chefe da economia da UE, Valdis Dombrovskis, à AFP na manhã desta quinta-feira (22).
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Chefes de finanças do G7 iniciam negociações sob pressão das tarifas de Trump
Dombrovskis disse que as autoridades fizeram progressos em muitas questões, incluindo a economia global, no combate aos desequilíbrios, mas também em relação à resposta à agressão da Rússia contra a Ucrânia.
“No geral, estamos progredindo bem”, acrescentou o comissário da União Europeia para a economia.
Os líderes abriram a última manhã de negociações na manhã de quinta-feira, com sessões sobre crimes financeiros e inteligência artificial na pauta da sessão, realizada no espetacular Parque Nacional de Banff, no oeste do Canadá.
Mas as tensões entre os ministros das finanças e os presidentes dos bancos centrais da Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos permaneceram.
“Em relação às tarifas, isso obviamente continua sendo uma preocupação”, disse Dombrovskis, acrescentando que os parceiros do G7 estavam trabalhando juntos, bem como bilateralmente com Washington, “para resolver a situação das tarifas e encontrar uma solução negociada”.
O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, disse a repórteres na quinta-feira que era crucial “resolver as atuais disputas comerciais o mais rápido possível”.
Ele enfatizou que tarifas mais altas representam “um pesado fardo para a economia global, desestabilizam os mercados financeiros e, em última análise, reduzem a prosperidade global”, acrescentando que isso “não pode ser do interesse do G7”.
“Nossa mão está estendida”, acrescentou Klingbeil, observando que as tarifas americanas ameaçam empregos e a força econômica em ambos os lados do Atlântico.
Uma autoridade europeia disse à AFP que, embora a questão comercial não seja resolvida com as negociações desta semana, “vemos o lado positivo”.
“Tudo ficou mais caloroso, como se, de repente, estivéssemos entre amigos e aliados novamente”, acrescentou a autoridade.
Na quinta-feira (22), Klingbeil acrescentou que teve uma “discussão intensa e construtiva” com o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, com quem planeja se encontrar novamente em Washington.
Um dia antes, o Ministro das Finanças italiano, Giancarlo Giorgetti, disse que houve “algumas dificuldades” no início das negociações, mas que o grupo conseguiu superar essas diferenças.
Bessent deve enfrentar resistência em relação às políticas, embora tenha dito a repórteres que as negociações de quarta-feira foram “muito produtivas”.
As reuniões desta semana antecedem a Cúpula do G7 no próximo mês e são vistas como um teste decisivo de como a reunião de líderes — da qual Trump deve participar — ocorrerá.
Um tópico em que o consenso pode ser mais fácil de alcançar é a China, com o G7 amplamente alinhado em abordar as práticas comerciais de Pequim.
O ministro das Finanças ucraniano, Sergii Marchenko, participou das negociações em Banff e instou o G7 a manter a pressão sobre a Rússia.
A sessão de quarta-feira (21) sobre a Ucrânia foi presidida pela ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, que afirmou que “a pressão sobre a máquina de guerra russa é mais necessária agora do que nunca”, segundo um comunicado do governo.
Reeves acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de “não se envolver de boa-fé com as propostas” e de tentar negociar um cessar-fogo em sua “guerra ilegal e brutal”.
A ministra também manifestou a ambição de agir rapidamente para reduzir o teto de US$ 60 para o preço do petróleo bruto russo, segundo o comunicado do Reino Unido.
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