China chama primeiras discussões comerciais com EUA de ‘passo importante’ para resolver tarifas
Publicado 10/05/2025 • 15:56 | Atualizado há 4 horas
Como a Amazon planeja alcançar Google e Microsoft na corrida pela computação quântica
Bill Gates pretende doar quase toda sua fortuna e encerrar a Fundação Gates até 2045
Livros autografados por Warren Buffett alcançam até US$ 100 mil em leilão durante encontro da Berkshire
Agenda cripto de Trump está sendo ameaçada por busca por lucros pessoais
Google concorda em pagar multa de US$ 1,4 bilhão por violação de privacidade de dados no Texas
Publicado 10/05/2025 • 15:56 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
A China está pedindo a Trump que suspenda as tarifas recíprocas de 145% sobre o país.
Dado Ruvic | Reuters (Reprodução CNBC Internacional)
A China classificou neste sábado (10) como um “passo importante” as primeiras conversas comerciais com os Estados Unidos desde o início da guerra tarifária do presidente Donald Trump, que ocorrem neste fim de semana em Genebra, na Suíça. Do lado americano, participam o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer.
Leia mais:
Tarifaço China-EUA já encarece produtos e freia importações
A China é representada pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng. “O contato estabelecido na Suíça é um passo importante para promover a resolução do problema”, disse um comentário publicado pela agência de notícias oficial Xinhua, sem dar detalhes sobre o progresso das negociações. A delegação dos EUA também não fez comentários.
As discussões começaram neste sábado em uma luxuosa vila do Representante Permanente da Suíça nas Nações Unidas em Genebra e devem continuar amanhã (11). Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu reduzir as tarifas sobre os produtos chineses para 80%.
“O presidente gostaria de resolver o problema com a China. Como ele disse, ele gostaria de neutralizar a situação”, disse o secretário de Comércio, Howard Lutnick, ontem, na Fox News.
A redução anunciada por Trump permanece simbólica porque, nesse nível, as tarifas continuam a ter um grande impacto sobre as exportações chinesas para os Estados Unidos. Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, Trump transformou as tarifas em uma arma política e inicialmente anunciou tarifas de 145% sobre a China, somando-se às que já estavam em vigor.
Pequim prometeu lutar “até o fim” e respondeu com tarifas de 125% sobre os produtos americanos. Como resultado, o comércio bilateral entre as duas maiores economias do mundo estagnou e os mercados estão em turbulência.
As discussões em Genebra são “um passo positivo e construtivo para a redução da escalada”, disse o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala.
Em meados de abril, Okonjo-Iweala disse estar “muito preocupada” e estimou que, mesmo que o comércio entre a China e os EUA “represente apenas cerca de 3% do comércio mundial de mercadorias, uma dissociação” das duas principais economias “poderia ter consequências consideráveis”.
A presidente suíça, Karin Keller-Sutter, associou a eleição do Papa Leão XIV às negociações. “O Espírito Santo estava em Roma. Devemos esperar que ele venha a Genebra no fim de semana”, disse ela ontem.
O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, compareceu às negociações com a boa notícia de que as exportações da China aumentaram 8,1% em abril, um número quatro vezes maior do que o esperado pelos analistas. Ao mesmo tempo, as exportações para os Estados Unidos caíram quase 18%. Apesar disso, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, alertou que Trump “não vai reduzir unilateralmente as tarifas sobre a China” e pediu “concessões”.
De acordo com Bonnie Glaser, diretora do programa Indo-Pacífico do think tank German Marshall Fund, “um possível resultado das discussões na Suíça seria um acordo para suspender a maioria, se não todas, as tarifas impostas este ano enquanto durarem as negociações bilaterais”.
Lizzi Lee, especialista em economia chinesa do Asia Society Policy Institute, espera um “gesto simbólico e temporário”, que poderia “aliviar as tensões, mas não resolver as divergências fundamentais”.
Xu Bin, professor da China Europe International Business School (CEIBS), em Xangai, teme que as tarifas não retornem a um “nível razoável”. “Mesmo que elas caiam”, observa ele, ‘provavelmente será pela metade e, mais uma vez, serão altas demais para que haja um comércio normal’.
–
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, TCL Channels, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
Mais lidas
EUA e China iniciam negociações para tentar "acalmar" a guerra comercial
China chama primeiras discussões comerciais com EUA de 'passo importante' para resolver tarifas
Menções a "tarifas" ultrapassa "IA" em reuniões de resultados, à medida que a luta comercial de Trump altera as perspectivas
Agenda cripto de Trump está sendo ameaçada por busca por lucros pessoais
Mesmo com juros elevados, maiores bancos privados expandem carteira de crédito em 10,5% sobre 2024